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"Os EUA treinaram líderes militares golpistas na África"



As notícias sobre a África, sempre tão maltratadas pela mídia, monopolizam as manchetes nos dias de hoje. Acontece que o general Michael Langley, chefe do Comando dos Estados Unidos na África (Africom), reconheceu que militares treinados por Washington lideraram golpes contra governos daquele continente.


Os militares de alto escalão, em uma aparição perante o Comitê de Serviços Armados da Câmara, respondendo aos legisladores na audiência sobre a postura militar dos EUA e os desafios de segurança nacional no grande Oriente Médio e na África, admitiram que o Exército dos EUA treinou e equipou cerca de 50 mil homens na África nos últimos dez anos.


Segundo o general Langley, pessoal treinado pelas Forças Armadas dos EUA participou da derrubada de líderes políticos na África, acrescentando que acredita que Washington compartilha “valores fundamentais” com essas pessoas, informa o Russia Today.


Tal “revelação” feita pelo chefe da Africom pode parecer uma novidade para alguns; no entanto, há uma longa história de interferência da Casa Branca nos assuntos africanos. A lista de crimes cometidos, que inclui assassinatos de líderes políticos, golpes de estado e treinamento de forças mercenárias é extensa.


Recordemos o assassinato de Patrice Lumumba, anticolonialista e líder nacionalista congolês em 1961; Thomas Sankara teve o mesmo destino, vítima de um golpe que culminou com sua morte em 1987; Amílcar Cabral, fundador do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde, assassinado em 1973, e o líder líbio Muammar el Gadhafi, morto em 2011.


Gana foi vítima de tais intrigas em 1964: especialistas do Departamento de Estado da África Ocidental enviaram um memorando a G. Mennen Williams, chefe do departamento de assuntos africanos, intitulado Proposed Program of Action for Ghana.


O documento afirma que “esforços intensos” devem começar a diminuir o apoio a Kwame Nkrumah dentro de Gana e alimentar a convicção entre o povo de que o bem-estar e a independência de seu país exigem sua remoção. Nkrumah foi um dos líderes políticos da independência daquela nação, além de filósofo e proeminente pan-africanista.


É notório o apoio de Washington ao regime do apartheid na África do Sul, desde que atendesse aos seus interesses, bem como a sua ingerência em Angola e outras nações da região.


Por outro lado, Boutros Boutros Ghali, ex-Secretário-Geral da ONU, reiterou em diversas ocasiões que o genocídio em Ruanda, em 1994, foi de responsabilidade dos Estados Unidos.


Nada de novo sob o sol, o papel do Pentágono, da Africom e da CIA na preservação do controle do império sobre os recursos na África, é, mais uma vez, exposto à opinião pública internacional. Sabemos que para atingir esse objetivo eles são capazes de tudo, por mais impiedoso que pareça.


Do Granma

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