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A velha hipocrisia da "democracia" capitalista


Em junho pudemos acompanhar mais uma movimentação do imperialismo ianque que demonstra abertamente a sua natureza e escancara como a chamada Justiça na sociedade burguesa não passa de mais uma dessas palavras bonitas vendidas aos povos, mas que serve necessariamente aos interesses dos de sempre.


O Reino Unido, por meio do seu sistema jurídico, cumpriu a ordem do Departamento de Estado para facilitar a extradição do jornalista australiano Julian Assange, que foi preso na Inglaterra em 2019, após ter ficado exilado na Embaixada do Equador. A motivação dos imperialistas nesta cruzada para condenar uma pessoa que tão somente disse a verdade é óbvia: sabem que precisam calar e agredir aqueles que denunciam os seus crimes.


Desde 2010, Assange por meio do seu site WikiLeaks, publicou uma série de informações e documentos do Governo dos Estados Unidos, nos quais ficam escancarados a série de crimes e violações do imperialismo e suas forças armadas nas guerras impostas a outros países, como o Iraque e o Afeganistão. Com a ajuda de Chelsea Manning, que diante dos fatos, auxiliou a divulgação desses dados de departamentos e agências estadunidenses, o WikiLeaks publicizou algo em torno de 90 mil relatórios de atividades relacionadas à guerra no Afeganistão, 400 mil relacionados à guerra no Iraque, 800 resumos de avaliações de detentos de Guantánamo e 250 mil telegramas secretos de órgãos do Estado dos EUA. Dentre esse material, haviam vídeos que comprovavam o modus operandi das forças armadas dos EUA, como o que demonstrava o ataque de um helicóptero “Apache”, no qual foram chacinados o jornalista Namir Noor-Eldeen, seu motorista, Saeed Chmagh e várias outras pessoas em uma praça pública em Bagdá.


Diante da comprovação dos crimes do governo norte-americano em suas ações no Oriente Médio, o imperialismo leva a cabo uma campanha cínica e covarde contra Julian Assange, por este ter cumprido o seu papel na defesa dos direitos dos povos vítimas das invasões bárbaras ianques.


A perseguição do imperialismo estadunidense e seus lacaios ocidentais a Julian Assange e Chelsea Manning, e a outras pessoas como Edward Snowden, que denunciou o esquema de vigilância global da Agência de Segurança Nacional do Governo dos Estados Unidos, demonstra a real face do capitalismo e sua real intenção. A alegação de espionagem e de ameaça à Segurança Nacional, nada mais é do que justificativas para calar aqueles que denunciaram todos os seus crimes contra os povos e uma tentativa de que tudo possa permanecer como está.


Os clamores por democracia, liberdade de imprensa e de expressão, que volta e meia surgem na boca da grande imprensa ocidental (inclusive do Brasil) para difamar os povos que seguiram seu próprio caminho e avançaram para o Socialismo, como o caso de Cuba e Coreia Popular, não são nada além de hipocrisia. São justamente os tais países democráticos do Ocidente, com os Estados Unidos da América à frente, que mantém uma falsa democracia, que nega direitos básicos a maioria do seu povo, e perseguem aqueles que usam a dita liberdade de imprensa para denunciar os crimes da burguesia.


Na sociedade capitalista, o que é apresentado como valores universais para todos, não passam de palavras vazias para esconder a real condição dessa sociedade apodrecida. Nos vendem uma sociedade democrática, onde a vontade de todos deveria definir os rumos, mas quem vive a realidade, sabe que tudo é decidido para poucos e para os interesses de ainda mais poucos. Fala-se em votar, mas os eleitos cumprem as ordens dos de patrões de sempre, enquanto administram seus orçamentos secretos; falam em igualdade para a mulher, mas a misoginia, a violência, a desigualdade nos empregos seguem as mesmas; falam em igualdade de raça, mas os negros seguem sendo tratados como pessoas de segunda classe; falam em liberdade de imprensa, mas poucas famílias controlam todos os meios de comunicação de massas; falam em oportunidades para todos, mas a maioria sequer consegue ter o mínimo para comer...


A crise capitalista mundial e a decadência de sua principal potência imperialista vão destruindo cada vez mais os véus que escondiam essa realidade incontestável. Por isso é necessário que prossigamos destruindo todas as ilusões com a democracia burguesa e suas promessas não cumpridas (e que nunca serão) e que todos os trabalhadores e trabalhadoras tomem consciência de que o caminho para uma nova vida deve necessariamente passar pela destruição do capitalismo. E nesse processo, os povos do mundo devem seguir a resistência contra o imperialismo e as burguesias dos seus países. E nessa luta geral, o trabalho corajoso de jornalistas como Assange presta uma grande contribuição para o objetivo final da humanidade progressista. Por isso devemos prestar solidariedade a Julian Assange e todos aqueles que, como Dom Phillips, assassinado ao lado do indigenista Bruno Pereira, trabalham para denunciar todos os crimes cometidos contra os povos em nome dos interesses do capital.




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