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Israel: mudar para seguir tudo como está



No início do mês de junho Naftali Bennett venceu as eleições para o cargo de primeiro ministro de Israel, substituindo Benjamin Netanyahu que governava o país desde 2009. O novo dirigente do Estado Sionista e genocida nasceu na cidade de Haifa em 1972, filho de imigrantes vindos dos Estados Unidos.


Bennett serviu em uma unidade de comando militar de elite no exército israelense. Após a passagem pelo exército entrou para o ramo empresarial e acumulou fortuna no setor de segurança cibernética, sendo um dos fundadores da Cyota, empresa que foi vendida posteriormente para a RSA Security LLC. Em 2006 ingressou na política se filiando ao Partido Likud (Consolidação) de Netanyahu.


O sionista fervoroso serviu como chefe de gabinete do primeiro-ministro Netanyahu, o seu atual adversário político. Ao decorrer de sua vida política desempenhou várias funções incluindo ministro de assuntos religiosos, ministro da educação e, por um breve período, ministro da defesa.


Posteriormente, Bennet rompe com o Likud e suas lideranças para capitanear o Conselho de Yesha, que se trata do principal grupo que atua em defesa de milhares de colonos israelenses na porção territorial ocupada da Cisjordânia. Fato que já nos fornece uma noção do caráter escancaradamente anti-palestino que o governo Bennett irá assumir. No início da década passada, Bennett funda junto de seu aliado Ayelet Shaked o “My Israel” (Meu Israel), movimento extraparlamentar e ultrarreacionário que caça nas redes sociais e Wikipedia posicionamentos antissionistas, além de organizar manifestações com o mesmo propósito.


Engatou na carreira política no “Bait Yehudi” (Lar Judaico), se tornando líder do partido de latente caráter nacionalista em 2015. Nos últimos anos, para se adequar à agenda imperialista ianque do Partido Democrata, o Lar Judaico adotou posições moderadas sobre a questão dos costumes como a defesa do pluralismo e o respeito aos direitos dos homossexuais.


Atualmente Bennett lidera a coligação Yamina que conseguiu aglutinar políticos da oposição em uma ampla aliança com intuito de encerrar os 15 anos do governo Netanyahu. Na corrida pelo poder, Bennett defendeu ideias à direita de seu oponente Netanyahu e agora irá ocupar o lugar de primeiro ministro pelos próximos 18 meses na estrutura de uma "coalizão de mudança".


O Yamina adota em sua agenda econômica a expressão mais pura do neoliberalismo além de ter, no plano internacional, posições belicistas contra Palestina e Irã. Contudo, o novo governo é composto por uma miscelânea de partidos de diversas posições nas mais variadas agendas, que se aliaram com o único objetivo: derrotar Netanyahu. Em relação à população, o seu discurso sionista e anti-palestino, pró-anexação da Cisjordânia foi um dos fatores que o fizeram angariar apoio por parte dos colonos israelenses além de amplos setores reacionários da sociedade israelense.


Sobre a Palestina, Bennett já deu várias declarações como bom genocida que é, enfatizando que não existe ocupação israelense na Cisjordânia pois nunca houve um estado Palestino. Em outra ocasião criticou a Autoridade Palestina, que segundo as suas palavras se trata “do maior organismo terrorista do mundo”. Além do mais, ainda teve a audácia de dizer que não vê problemas nos árabes que matou durante a sua época no exército e que os palestinos prisioneiros não devem ser soltos, e sim mortos.


Bennett mantém a sua verborragia genocida quando o assunto é o Irã - a principal ameaça à hegemonia israelense na região. O vencedor das eleições israelenses prometeu fazer da República islâmica um “Vietnã” se acaso o governo iraniano manter os seus soldados na vizinha Síria. Além do mais faz coro com as posições do ex-governo Trump ao chamar o acordo nuclear com o Irã de “desastre absoluto”.


A matança dos palestinos e a pilhagem de seu território tende a escalar no governo Bennett, que terá como resposta natural a própria resistência do povo Palestinos que sofre com o genocídio perpetrado pelo Estado Sionista de Israel desde a sua criação em 1948.


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