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Mao: "Corrigir os Erros de 'Esquerda' na Propaganda da Reforma Agrária"



1. Em vez de fazerem propaganda da linha que consiste em apoiar-se nos camponeses pobres e nos assalariados agrícolas e unir-se firmemente aos camponeses médios a fim de liquidar o sistema feudal, difundiram unilateralmente a linha camponeses pobres/assalariados agrícolas. Em vez de fazerem propaganda da ideia de que o proletariado deve unir-se a todos os trabalhadores e a todos os oprimidos — burguesia nacional, intelectuais e outros patriotas (incluídos os nobres esclarecidos que não são contra a reforma agrária) — a fim de derrubar o jugo do imperialismo, do feudalismo e do capitalismo burocrático e estabelecer uma República Popular da China e um governo democrático popular, propagaram unilateralmente o ponto de vista de que são os camponeses pobres e os assalariados agrícolas que conquistam e dirigem o país, ou que o governo democrático deve ser apenas um governo de camponeses, ou que o governo democrático deve atender apenas aos operários, camponeses pobres e assalariados agrícolas, não mencionando de modo algum os camponeses médios, os artesãos independentes, a burguesia nacional e os intelectuais. Trata-se dum grave erro de princípio. Não obstante, reportagens desse tipo têm sido difundidas pela nossa agência de notícias, pelos nossos jornais e emissoras. E os departamentos de propaganda dos Comitês do Partido de várias regiões não comunicaram tais erros aos organismos superiores. Nos últimos meses, semelhante propaganda, embora não tivesse sido muito difundida, foi, no entanto, bastante frequente e criou uma atmosfera em que se crê, equivocadamente, que isso pode traduzir ideias corretas da direção. Em resultado da transmissão de informações incorretas pela Rádio do Norte do Xensi, até houve quem acreditasse, equivocadamente, que tais pontos de vista tinham a aprovação do Comitê Central.


2. Sobre a questão da consolidação do Partido, em algumas regiões não foi feita ainda uma propaganda suficientemente vigorosa, quer contra a não consideração da origem de classe quer contra a consideração exclusiva da origem de classe, tendo-se mesmo feito uma propaganda errada que defende a consideração exclusiva da origem de classe.


3. Sobre a questão da reforma agrária, em algumas regiões tomou-se bem nas mãos a propaganda contra a hesitação e a precipitação; mas, em muitas regiões, a precipitação foi encorajada e chegou-se a publicar artigos em que se faz o respectivo elogio. Sobre a questão das relações entre os dirigentes e as massas, atendeu-se em certas regiões à propaganda contra o autoritarismo e o seguidismo, mas, em muitas regiões, enfatizou-se erradamente o “fazer tudo como querem as massas” e condescendeu-se com as ideias erradas existentes entre as massas. E foi-se até ao ponto de aceitar sem críticas as ideias erradas, sustentadas não pelas massas, mas apenas por alguns indivíduos. Isto nega o papel dirigente do Partido e estimula o seguidismo.


4. Sobre a política relativa à indústria, ao comércio e ao movimento da classe operária, graves desvios de esquerda, existentes em certas regiões libertadas, foram ou louvados ou ignorados.


Resumindo, nos últimos meses, o nosso trabalho de propaganda refletiu e guiou corretamente as grandes lutas — a guerra, a reforma agrária, a consolidação do Partido, a produção e o apoio à frente — e contribuiu para os seus grandes êxitos; este é o aspecto principal do nosso trabalho de propaganda e devemos reconhecê-lo primeiro que tudo. Contudo, há que reconhecer alguns erros e insuficiências. Eles são até de caráter “ultra-esquerdista” e alguns chegam a ser totalmente contrários aos princípios e posições do Marxismo-Leninismo e afastam-se totalmente da linha do Comitê Central. Nós esperamos que os birôs e subbirôs do Comitê Central, os seus departamentos de propaganda, a Agência Hsinghua e respectivos birôs regionais e os camaradas que trabalham nos diversos jornais examinem o trabalho de propaganda destes últimos meses na base dos princípios marxistas-leninistas e da linha do Comitê Central, ampliem as suas realizações, corrijam os seus erros e procedam de maneira que o seu trabalho ajude a assegurar a vitória nessas grandes lutas — a guerra, a reforma agrária, a consolidação do Partido e o movimento da classe operária — e a assegurar a vitória, no seu conjunto, da revolução anti-imperialista e antifeudal. Os departamentos de propaganda dos Comitês do Partido em todas as regiões e a repartição central da Agência Hsinghua devem assumir a responsabilidade principal desse exame e apresentar, em seu próprio nome, relatórios políticos sobre os resultados obtidos ao Departamento de Propaganda do Comitê Central.


Obras Escolhidas de Mao Tsé-tung, Pequim, 1976, Tomo IV, pág. 141-143

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