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Trabalhadores ferroviários paulistas se organizam para greve



Trabalhadores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), em assembleia no último dia 12, decidiram por se colocarem em estado de greve e, consequentemente, deflagrar greve no próximo dia 27 de abril. Entre as reivindicações está o pagamento do Programa de Participação nos Resultados (PPR) de 2020, que teria que ser efetivado pela companhia no dia 31 de março de 2021. Somado ao não cumprimento do acordo do PPR, há a questão do reajuste salarial, que não acontece desde 2020.


Como, para o Estado de São Paulo e para CPTM, desgraça pouca é bobagem, aos ferroviários não é garantida a mínima condição sanitária para o trabalho. Segundo o Diário dos Trilhos (Mortes de funcionários da CPTM mais que triplicam em um ano de pandemia (diariodostrilhos.com), a CPTM comete arbitrariedades como entregar álcool em gel 70% vencido ou não entregar, não fazer testes PCR de maneira regular, não auferir a temperatura de seus funcionários, entre outras medidas que colocam esses trabalhadores em condições de trabalho, no mínimo, insalubres.


O ofício ferroviário, em um contexto onde não se tem o menor controle do avanço da pandemia em território brasileiro, envolve riscos. Com isso, era de se esperar que uma companhia do porte da CPTM fizesse o mínimo para salvaguardar seus trabalhadores. No entanto, não podemos subestimar a omissão cada vez maior das instituições ligadas ao Estado burguês-latifundiário brasileiro; isso porque, longe de cairmos na ideia de que o governo João Dória promova um combate consequente à pandemia da Covid-19. Ainda que, sobretudo, trata-se de tentativas constantes de nos colocar uma narrativa falsificadora que emprega ao seu governo uma posição de respeito à vanguarda científica e, em “oposição” ao pária do Bolsonaro, se estabeleça uma condução exemplar no desenvolvimento e efetivação de políticas anti-coronavírus. O que não é verdade!


Assim como Bolsonaro, Dória é inimigo da nação e aliado ao velho Estado burguês-latifundiário. O caso da CPTM demonstra justamente esse alinhamento à política genocida do Estado, em seu caso específico, aplicado aos trabalhadores. Conforme constatado pelo já citado Diário dos Trilhos, houve um aumento de 325% de mortes entre março de 2020 e março de 2021, quando comparado aos meses passados entre março de 2019 e março de 2020. A base de cálculo foi - a partir da não verificação ou não exposição de dados da CPTM em relação às mortes específicas por covid-19 em seu quadro de funcionários - a emissão de condolências por parte da companhia. Ainda que seja negado aos trabalhadores da companhia e suas famílias os dados sobre a disseminação do Covid-19 entre os ferroviários e as consequentes responsabilidades da CPTM e do Governo de São Paulo, o aumento exponencial de emissão de condolências evidencia - em um contexto de avanço da pandemia no Brasil - o descaso e o abandono, por parte do governo Dória, da categoria a sua própria sorte.


A integração dos ferroviários ao grupo prioritário para vacinação é um direito da categoria, visto o nível de exposição cotidiana ao vírus; uma vez que diariamente se registram aglomerações nas estações e trens da CPTM, com a massa de trabalhadores que se deslocam para seus empregos e trabalhos informais, transformando o sistema de transporte ferroviário um perigo constante de contaminação dos passageiros e trabalhadores.


Neste contexto de deterioração das condições de trabalho e a negação explícita do direito à saúde aos trabalhadores, denunciamos as arbitrariedades do governo do Estado de São Paulo e nos solidarizamos ao estado de greve dos ferroviários da CPTM.

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