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6 anos da resistência houthi no Iêmen



No ano de 2011, diversas mobilizações populares eclodiram em diversas partes do mundo. Nesse contexto, o fato mais destacado foi a chamada Primavera Árabe onde, como em um efeito dominó, uma série de eventos desencadearam a deposição de governos e mergulharam países em guerras de agressão. Países do Oriente Médio, Golfo Pérsico e Norte da África como Tunísia, Egito, Líbia, Argélia, Iêmen e Síria foram tomados por uma imensa onda de protestos, sendo que os dois últimos citados resistem bravamente até os dias atuais contra as agressões dos imperialistas e das potências regionais.


O Iêmen, pequeno país do Golfo Pérsico de localização estratégica, possui acesso ao Mar Vermelho e, consequentemente, ao Canal de Suez. Essa rota marítima é fundamental para o escoamento de petróleo e outros mantimentos importantes produzidos no Golfo. Desde o final de 2014 e início de 2015, o Iêmen vem sendo completamente destruído devido à intervenção imperialista e de seu parceiro na região, o governo medieval e ultrarreacionário da Arábia Saudita.


O conflito que se estende coloca, de um lado, as forças lideradas pelo ex-presidente iemenita Abd-Rabbu Mansour Hadi, garoto de recados da coalizão sunita liderada pela monarquia Saudita e apoiada pelo imperialismo estadunidense. Do outro, está a milícia patriota Houthi, de xiitas, que controla a capital Sanaa, possui apoio do Irã e almeja um país independente sem a ingerência saudita. Em 2014, os Houthis passaram a controlar o país e, em março de 2015, iniciam-se as agressões de árabes e imperialistas – incluso Inglaterra e França – com o intuído de reinstaurar o governo fantoche anterior. Devemos destacar que os nanicos locais Emirados Árabes e Bahrein, funcionam como bases de apoio aos ataques das potências belicistas.


Como saldo do conflito, até o momento estima-se que mais de 100 mil pessoas morreram e 22 milhões se encontram em situação de vulnerabilidade. A destruição da infraestrutura pelos ataques aéreos da coalização saudita ocasionou no país a falta de itens básicos como remédio e combustível. Os hospitais foram destruídos, a epidemia de cólera se espalhou com velocidade, isso tudo sem falar da fome generalizada e escassez de água. Em 2020, esse cenário calamitoso foi agravado pela crise mundial de Covid-19. O caso do Iêmen se compara ao dos países mais desamparados do continente africano.


Em meio a esse cenário, nos últimos dias de fevereiro milhares de iemenitas se reuniram em diversas cidades do país para saudar o sexto aniversário da sua heroica resistência contra os ataques e o cerco capitaneado pelos bandidos sauditas. Na gigantesca manifestação, realizada na província de Saada, no noroeste do país, reivindicaram o fim do cerco e das medidas coercitivas tanto da Arábia Saudita quanto de seus aliados igualmente genocidas. Os manifestantes da província de Dhamar, que mostravam ao mundo cartazes com mensagens contra os EUA e seus serviçais na região, marcharam rumo ao escritório da ONU denunciando as vistas grossas da instituição imperialista. No mês de março, em Adén, centenas de pessoas invadiram o palácio presidencial e clamaram por melhores condições de vida.


Em resumo, o Iêmen é um país cercado por inimigos e, devido a isso, cabe aos proletários do mundo prestar grande solidariedade a esse país assolado pelas guerras do Império do Caos.







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