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ILPS: "De 19 de junho até agora: organizar-se para a libertação negra!"


No dia 19 de junho deste ano, o ILPS EUA comemora a luta dos africanos escravizados pela liberdade dentro dos Estados Unidos - uma luta que se desenrola até hoje. Condenamos ao máximo o Estado imperialista norte-americano que continua a oprimir e reprimir o povo negro através da criminalização, do encarceramento em massa e do racismo sistêmico que empobrece e marginaliza as comunidades negras. Condenamos especialmente o vil comício da campanha pública de Trump em Tulsa, Oklahoma, o local de um dos mais brutais assassinatos raciais da história dos EUA. Uma manifestação tão pomposa e racista, realizada em 19 de junho, feriado nacional que celebra a luta dos negros pela emancipação, prova a brutalidade e a insensibilidade do Estado imperialista norte-americano contra a luta do povo negro pela autodeterminação. Mais importante ainda, a ILPS EUA marcha em sintonia com as massas dos Estados Unidos, que hoje em dia tomam medidas e lutam ativamente contra a brutalidade policial e a repressão estatal racista, e se levantam a favor da autodeterminação e libertação do povo negro.

O dia 19 de junho, também conhecido como Dia da Emancipação, remete a mesma data de 1865, que foi o dia em que aproximadamente 250 mil escravos texanos receberam alforria e do fim da Guerra Civil, embora sua liberdade já tivesse sido anunciada na Proclamação de Emancipação dois anos antes. Hoje reconhecemos que a abolição da escravidão foi alcançada através da luta dos africanos escravizados, não através da boa vontade moral de colonizadores brancos como Abraham Lincoln. Recordamos os legados de líderes abolicionistas negros, como Frederick Douglass e Harriett Tubman, ao lado das massas que pegaram em armas e se rebelaram contra seus senhores ao longo deste período na história dos Estados Unidos.

A força dos Estados Unidos como uma superpotência econômica e política só foi possível através de gerações de exploração das massas. A riqueza acumulada do império foi construída nas costas dos africanos escravizados, que geraram a força de trabalho necessária para construir os alicerces da economia deste país. A abolição da escravidão no final da Guerra Civil não foi um resultado da humanidade da classe dominante branca, mas uma consequência material de um modo de produção cada vez mais obsoleta dependente da escravidão.

Hoje estamos vendo, mais uma vez, que um sistema caduco contribui para um panorama revolucionário. Crises econômicas somadas com a violência e o terror racial implacáveis do Estado imperialista norte-americano, especialmente contra o povo negro, são o contexto das revoltas de hoje, que foram desencadeadas pelo assassinato de George Floyd em Minneapolis e muitos outros. O neoliberalismo falhou tão descaradamente em responder às necessidades do povo e as massas estão a reagir.

Neste contexto de ampla luta de classe, celebramos e nos inspiramos na luta de libertação negra que o dia 19 de junho representa, desde as primeiras revoltas de escravos até o movimento Black Power, do qual o próprio Black Lives Matter inspirou-se.

Estamos ao lado dos trabalhadores negros e das nações oprimidas que estão marcando o passo da revolução nos EUA. Resistimos às tentativas liberais, corporativas e reformistas de cooptar a luta das massas e aliviar a confrontação contra o Estado. Apoiamos os apelos populares para que se corte o financiamento e tome o controle comunitário da polícia em direção a uma nova sociedade em que a burguesia não estaria mais no poder, descartando a necessidade da polícia como guardiã do status quo e defensora da classe dominante.

A ILPS saúda as milhares de pessoas que saíram hoje às ruas para tomar ação. Entre eles está o Sindicato Internacional dos Trabalhadores Costais que fechou os portos em toda a costa oeste, um poderoso ato de solidariedade dos trabalhadores organizados com grande impacto sobre o sistema capitalista mundial. Saudamos e nos comprometemos a organizar ao lado de movimentos negros e anti-imperialistas, como a Aliança Nacional Contra o Racismo e a Repressão Política, que estão organizando e mobilizando as massas para uma mudança sistêmica de longo prazo.

Vidas negras importam! Levantem-se pela libertação e autodeterminação negra!

Pelo fim da repressão estatal racista e do terror policial! Pelo fim do imperialismo dos EUA!

Viva a solidariedade internacional!

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