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Povo venezuelano derrota tentativa de incursão mercenária e agressora


“Eles são Rambos, nós somos um povo humilde”, foi com tal frase que a população de Chuao, povoado camponês e pescador localizado no litoral do estado de Aragua, norte da Venezuela, contou com orgulho sua participação na derrota de uma incursão mercenária naval na manhã de 3 de maio, que, a partir da Colômbia, tentou invadir a Venezuela Bolivariana, promover caos e confusão na população, desestabilizar o país e facilitar a derrubada do governo nacionalista bolivariano conduzido pelo presidente Nicolás Maduro.

Muitos dias antes, o pequeno povoado chavista e as forças armadas bolivarianas locais já haviam sido alertados sobre uma possível incursão naval mercenária e golpista pela Inteligência venezuelana. Durante a ação conjunta entre o povo, o exército e as milícias populares, foram presos os mercenários, tendo sido executados cerca de oito num confronto armado. Foram apreendidos fuzis, munições, granadas, veículos e uma lancha.

Numa conjuntura internacional como a presente, certamente não há quem pense que se trata de um mero ato isolado cometido por uma oposição obstinada e antidemocrática contra o governo bolivariano. Trata-se de mais uma dentre a longa sequência de ações agressoras cometidas pelas classes reacionárias em conluio com o imperialismo ianque para restaurar a dominação imperialista na Venezuela, escravizar e colonizar seu povo por interesses estrangeiros. Em meio em plena pandemia, quanto o capitalismo se encontra afundado numa crise semelhante ou pior àquela diante da qual se via há quase cem anos, certamente a saída militarista e agressora é aquela perseguida pelos conglomerados mundiais para recuperarem seus lucros. Vejamos. Persistem as sanções criminosas contra a Venezuela, dificultando grandemente o acesso a divisas para manter a importação de produtos básicos por meio da exportação do petróleo (praticamente o único produto exportado pelo país). Recentemente, os Estados Unidos forneceram uma chamada “recompensa” de 15 milhões de dólares pela captura de Nicolás Maduro, a quem acusam de “narcotráfico”. Ademais, o imperialismo norte-americano tem ampliado a militarização da Colômbia e expandido suas frotas navais na região para pressionar o país e se preparar para uma eventual invasão. Neste exato momento, enquanto as presentes linhas são escritas (06/05/2020), o sistema elétrico da Venezuela está sendo alvo de sabotagens que, até então, mantêm dezenove estados sob apagão. Quanto todos estes acontecimentos se passam num período tão curto, é impossível imaginar que a recente incursão mercenária tenha sido um caso isolado e sem ligação com as ações do imperialismo norte-americano e das classes reacionárias venezuelanas.

Desde o dia 3, quando foi derrotada a incursão, as autoridades bolivarianas têm conduzido investigações que, até então, comprovam a ingerência direta do governo dos Estados Unidos e do governo fantoche colombiano em sua preparação e execução.

Tratou-se da tentativa de se conduzir a chamada “Operação Gedeón”. A partir da cidade Rio Hacha, localizada na Colômbia e exatamente na fronteira com a Venezuela, concentram-se acampamentos para o treinamento de grupos mercenários bancados por dinheiro estadunidense e do governo colombiano. Vejamos. Dentre os mercenários presos após a fracassada tentativa de incursão, encontram-se não só colombianos e venezuelanos traidores, desertores das forças armadas bolivarianas, mas também os norte-americanos Luke Denman e Airan Seth, membros das forças armadas norte-americanas. Em uma entrevista feita recentemente e exibida na rede nacional venezuelana, Luke Denman confessou ter sido contatado em dezembro de 2019 por Jordan Grodeau, chefe da companhia de “segurança” norte-americana Silvercorp USA para um “trabalho” na Venezuela, para o qual não dera muitos detalhes. Luke Denman viajara dos Estados Unidos para a Colômbia em janeiro de 2020 para executar o então “trabalho” ao qual se referia, treinando primeiramente mercenários colombianos e traidores venezuelanos nos acampamentos localizados na fronteira com a Venezuela para então partir para o início “Operação Gedeón”, que teria como objetivo, segundo ele, sequestrar Nicolás Maduro e leva-lo num avião para os Estados Unidos.

À medida que se aprofundam as investigações, novos fatos surgem à tona. A companhia Silvercorp USA esteve à frente da segurança pessoal de Donald Trump durante as eleições de 2018. Grodeau já participara, com a Silvercorp USA, de missões mercenárias em países como Iraque e Afeganistão. Cinicamente, Trump vem a público recentemente dizer que nada sabia do ocorrido e que o governo bolivariano tem espalhado “desinformações”. Mike Pompeo, menos cuidadoso, fala que o governo norte-americano não teve qualquer participação direta (seria então indireta?) na incursão mercenária.

Recentemente, a jornalista Patricia Poleo publicou provas de que, em contato direto com o golpista Juan Guaidó (aclamado como suposto “presidente” da Venezuela), Jordan Grodeau, representando a Silvercorp USA, assinou um contrato de 212 milhões de dólares para que fosse conduzida a “Operação Gedeón”, em mais uma amostra das sérias violações não só à soberania venezuelana como à segurança regional latino-americano pelo imperialismo ianque em conluio com a reação local.

Atualmente, as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas conduzem “Operação Negro Primeiro” para golpear remanescentes da incursão mercenária e investigar demais envolvidos na tentativa de agressão imperialista contra o povo venezuelano.

Ainda que os ataques contra o povo venezuelano e a América Latina por parte do imperialismo ianque tenha se intensificado neste ano de 2020, particularmente após o início da pandemia, já não é de agora que as ações agressoras estejam mais escancaradas. Desde o início de 2019 quando, em conjunto com os regimes fantoches da Colômbia, Peru e Brasil (com a ascensão do outro títere Jair Bolsonaro), os ultrajes do imperialismo ianque chegaram ao ponto de quase desatar uma guerra aberta de agressão imperialista, a NOVACULTURA.info tem acompanhado mais atentamente e denunciado as tentativas de acelerar a colonização de nosso continente pelas grandes potências. Instigando um golpe de Estado fascista, o imperialismo norte-americano trouxe para sua esfera de influência política também a Bolívia, empoderando milicianos e todo tipo de maus elementos.

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