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2017, O ano da nova geração dos continuadores da Revolução


Sobre a nova geração dos jovens comunistas do ano de 2017 recai uma enorme responsabilidade histórica.

Estamos no ano do centenário da Revolução Socialista de Outubro de 1917, e como comunistas assumimos o compromisso de honrar o legado da Revolução e seguir seu caminho, o caminho da conquista do poder pela classe operária e a edificação da sociedade comunista.

Somos militantes comunistas num contexto histórico extremamente desfavorável. Ainda sofremos das feridas abertas da derrota histórica que foi a queda da União Soviética e dos países da Europa Oriental, e a propaganda anticomunista que lhe seguiu. O fascismo, considerado até então como morto, volta a bater suas asas e tem se manifestado sob a forma do populismo reacionário, do chauvinismo, racismo e obscurantismo medievalesco. Ainda que desmoralizados, o revisionismo e o oportunismo social-democratas mantêm sua hegemonia no movimento popular. Em nosso país, o Golpe de Estado fascista e entreguista que caminha a passos largos para transformar o Brasil numa colônia dos Estados Unidos, marcha para assumir a forma de golpe militar encabeçado pelo que há de mais reacionário no seio do Exército burguês. Sofremos ainda da debilidade de uma geração de comunistas que se educou politicamente num contexto de desenvolvimento pacífico da luta de classes, em que ilusões em torno do oportunismo eleitoreiro e do caráter "democrático" do Estado burguês tornaram-se generalizadas e que, reconheçamos, mesmo após o início do Golpe de Estado ainda seguem entravando o fortalecimento das forças revolucionárias. Portanto, diante de um contexto no qual as forças revolucionárias da nova geração são ainda pequenas, débeis e parcamente organizadas, e têm de enfrentar inimigos tão poderosos como o imperialismo norte-americano e as classes dominantes fascistas brasileiras, devemos redobrar nosso senso de disciplina, nosso compromisso com a causa da Revolução Proletária e honrarmos o título de continuadores da causa da Revolução Socialista de Outubro, a causa de Lênin e Stálin. Somente assim as forças revolucionárias, de débeis e pouco organizadas, poderão se tornar fortes e duramente organizadas, suficientemente capacitadas para conduzir a classe operária e o povo trabalhador ao assalto e à derrocada do poder político das classes dominantes burguesas e latifundiárias, e à edificação do novo poder democrático e popular com a perspectiva da construção da sociedade socialista e comunista.

A despeito das condições desfavoráveis dentro das quais militamos, onde as ameaças de golpe militar se combinam com inexperiência no terreno organizacional por parte das forças revolucionárias, é completamente possível dizer que o imobilismo político no seio da juventude brasileira é derrocado a cada dia que passa. O interesse pelos assuntos políticos são despertados em amplas camadas da população e, particularmente no seio da juventude, uma parte toma o lado da submissão nacional e do imperialismo, outra toma o lado do povo. E a parcela da juventude que se coloca ao lado do povo, das grandes massas populares, contra o entreguismo, o fascismo e a reação, aumenta a cada dia que passa. É dever imperioso dos comunistas da nova geração de 2017 a expansão das fileiras revolucionárias ainda pequenas, atraindo para as mesmas o conjunto da juventude democrática e patriótica, fazendo-a compreender a ciência do proletariado, o Marxismo-Leninismo-Pensamento Mao Tsé-Tung, e por conseguinte as leis que regem a sociedade e a revolução; o caráter semicolonial e semifeudal da sociedade brasileira; e a necessidade de se mobilizar as amplas do operariado e do campesinato para levar a cabo uma revolução de caráter democrático-nacional, libertando a nação brasileira da exploração imperialista e latifundiária, e tendo a perspectiva da construção do socialismo.

O fato de a imensa maioria dos comunistas e patriotas brasileiros sair das fileiras da juventude gera grande otimismo, é algo que dá visão e perspectiva ao futuro da causa comunista, não importando o quão difícil e longa seja a trajetória a se trilhar pelos próximos anos! Em todos os processos revolucionários nos quais a classe operária tomou o poder político e o consolidou, marchando para a construção do socialismo, foi a juventude, com seu sangue borbulhante e obstinado, que conduziu as grandes e memoráveis vitórias. Na própria Rússia, já na década de 1870, antes mesmo de o Marxismo ser capaz de vencer as principais polêmicas e se consolidar como principal força do movimento revolucionário russo, a juventude "vestia a roupa camponesa" (nas palavras de Stálin) e, integrando-se à organização revolucionária Vontade do Povo (Narodnaia Volia), organizava as massas do campesinato e se lançava à heroica luta armada contra o czarismo. Seria um jovem de 26 anos, Plekhanov, quem fundaria o histórico grupo Emancipação do Trabalho, abrindo caminho para a difusão do Marxismo no seio do movimento revolucionário e derrotando as concepções equivocadas do grupo Vontade do Povo. Lênin, com apenas 17 anos, seria expulso da Universidade de Kazan por desenvolver o trabalho revolucionário entre o movimento estudantil e, com apenas 25 anos, fundaria a União de Luta pela Emancipação da Classe Operária, primeiro embrião para a fundação do Partido Comunista na Rússia. Kim Il Sung, grande líder da Revolução Coreana e fundador da Coreia Socialista, fundou com apenas 14 anos de idade a União para Derrotar o Imperialismo, primeira organização genuinamente Marxista-Leninista da Coreia, que conduziu a luta libertadora contra o imperialismo japonês e expulsou os invasores imperialistas de seu país. Em nosso país, também os jovens estiveram à frente da luta revolucionária e libertadora. João Amazonas e Pedro Pomar, com respectivamente 23 e 22 anos de idade, participaram da organização da Aliança Nacional Libertadora no norte do país e se tornariam líderes históricos do movimento comunista brasileiro. Por conseguinte, para que a jovem geração de comunistas de 2017 tenha êxitos em seu trabalho pela retomada da Revolução Brasileira, continuando o legado da grande Revolução Socialista de Outubro, é necessário inspirar-se no exemplo e na experiência dos jovens comunistas das gerações passadas, que muito têm a nos ensinar.

A nova geração dos comunistas de 2017, para abrir caminho em sua luta revolucionária, deve combater não apenas as classes dominantes reacionárias de grandes capitalistas e latifundiários, mas também este inimigo que é o revisionismo contemporâneo. No Brasil, os principais nomes do revisionismo contemporâneo são o "Partido Comunista do Brasil" (PCdoB) e o "Partido Comunista Brasileiro" (PCB). Muito embora se apresentem falsamente como sendo o mesmo Partido Comunista do Brasil fundado em 1922, não passam de agentes da política burguesa no seio do movimento popular e capituladores. O primeiro, PCdoB, renega de forma aberta o caminho da Revolução Proletária e a derrocada do poder das classes dominantes. Segundo este, o "socialismo" será construído pacificamente, sem a tomada do poder político pelas massas, mediante um demagógico "Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento" que "desenvolverá a economia nacional", retomaria a capacidade de financiamento dos bancos estatais e, mediante o desenvolvimento, chegar-se-ia ao socialismo. A despeito de todo alarde acerca do "desenvolvimento", é bastante curioso que o PCdoB tenha sido uma das primeiras organizações a adotar a palavra de ordem das "Eleições Diretas já", capitulando abertamente diante do Golpe de Estado conduzido pelas classes dominantes que passam mais longe do tal "desenvolvimento" que o Sol passa de Plutão; e, para completar, apoiando o entusiasmado entreguista e pró-imperialista Rodrigo Maia (para quem a "Justiça do Trabalho" deveria acabar) para a eleição para a Câmara dos Deputados do Estado reacionário. O PCB, essa agremiação eclética semi-trotskista, embora em palavras não se diga contra a Revolução Proletária e a conquista do poder pelas massas trabalhadoras, renega abertamente necessidade da direção do Partido no decurso da Revolução, direção do Partido Comunista esta substituída por um confuso "bloco histórico proletariado" que incluiria em sua composição até mesmo organizações pró-imperialistas como PSTU e liberais como PSOL, admitindo-se todo tipo de programas e concepções oportunistas que, caso aplicadas, não teriam como consequência inevitável senão mais uma série de derrotas para os comunistas brasileiros. O PCB e sua direção oportunista, embora apresentando-se como o genuíno Partido de 1922, na prática representam um arremedo ainda mais politicamente degenerado que o revisionista Partido Comunista Brasileiro de 1961. Enganam a juventude colocando-se como sendo o partido de velhos militantes como Carlos Marighella, Astrogildo Pereira e Luís Carlos Prestes, mentindo abertamente sobre a história do movimento comunista brasileiro e espalhando todo tipo de confusões em torno do caráter da revolução e da sociedade brasileiras, que seriam respectivamente "socialista" e "imperialista", caracterizações estas particularmente divertidas quando nosso país atravessa um contexto de brutal ofensiva colonial por parte das grandes potências. É um grande dever da jovem geração de comunistas de 2017, para prosseguir o legado da Revolução Socialista de Outubro, desmascarar o revisionismo contemporâneo, representado no Brasil principalmente pelo PCdoB e PCB.

Por fim, é pertinente questionar: diante de tantas tarefas, como executá-las? Evidentemente, não de forma individual, isolada, mas de forma coletiva, organizada. Mas dentre as diversas formas possíveis existentes de organização, qual tipo de organização é necessária para a derrocada do poder das classes dominantes e a instauração da ditadura do proletariado, tendo em vistas a construção do socialismo e o comunismo? A classe operária já possui por si só diferentes tipos de organização, através das quais luta contra o capital e em defesa de seus direitos elementares, como os sindicatos, cooperativas, grupos econômicos de ajuda mútua, organizações de autodefesa, etc. Porém, apenas o Partido Comunista - não apenas uma das várias formas de organização da classe operária, mas a forma superior de organização desta -, por estar munido com o conhecimento das leis gerais do desenvolvimento histórico, é capaz de organizar as amplas massas trabalhadoras sob uma férrea disciplina para a conquista do poder. Logo, se se reconhece que em nosso país - em que pese a existência, de fato, de organizações e grupos que se reivindicam socialistas ou comunistas - o Partido Comunista fora destruído pela repressão fascista e pela ação do revisionismo, logicamente há que se reconstruí-lo, como condição básica e indispensável para retomar a Revolução Brasileira. Apoiando-se nessa compreensão, uma parcela de jovens fundou, no ano de 2013, a União Reconstrução Comunista, que visa ser um polo aglutinador dos setores insatisfeitos com o movimento comunista e popular brasileiro para, sob o consenso acerca da necessidade de se executar as tarefas citadas, reconstruir o Partido Comunista do Brasil.

Para honrar e prosseguir o legado da Revolução Socialista de Outubro de 1917, a nova geração de comunistas de 2017 deve reconstruir o Partido Comunista do Brasil.

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