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Explosão na siderúrgica Gerdau deixa mais uma operária morta


A operária Elicleia de Aquino da Silva morreu no dia 8 deste mês devido a um acidente de trabalho que sofrera em agosto, na explosão ocorrida na Coqueria 2 da fábrica siderúrgica da Gerdau na cidade de Ouro Branco, em Minas Gerais. Não resistiu aos graves ferimentos após permanecer 56 dias internada no Hospital Evangélico de Belo Horizonte desde o dia do acidente de trabalho. Não por coincidência, Elicleia era uma soldadora terceirizada, contratada de forma precária pela empresa terceirizada Convaço, "prestadora de serviços" da fábrica siderúrgica da Gerdau em Ouro Branco. Elicleia foi a quinta operária a morrer em decorrência da explosão na Coqueria 2 da fábrica siderúrgica. Junto com ela, morreram também na explosão os operários Fernando Peixoto, Cristiano Marcelino, Sandro Barbosa e Levindo Costa.


É preciso denunciar em alto e bom tom: a direção da Gerdau está promovendo uma chacina sobre os operários da fábrica de Ouro Branco! Em novembro do ano passado, os operários Douglas Eduardo, Allan Roger e José Cezar morreram enquanto faziam manutenção numa torre de gás da fábrica, que subitamente explodiu, martirizando os trabalhadores. Apenas um mês depois, em dezembro do ano passado, o operário Leandro Rodrigues também morreu num acidente de trabalho no alto-forno 2 da fábrica.


Em menos de um ano, nove operários mortos por acidentes na empresa! A fábrica siderúrgica Gerdau de Ouro Branco já é a campeã em acidentes de trabalho no mundo inteiro! Chama atenção o fato deplorável que, dos nove mortos, cinco eram terceirizados. Os operários terceirizados são as principais vítimas de mortes em acidentes de trabalho da fábrica, ainda que estes sejam uma minoria dentre os 3 mil operários que nela trabalham!


Essas mortes não são mero acaso ou falta de sorte. Não apenas os trabalhadores terceirizados, como também os efetivos, não recebem da fábrica mesmo os mais elementares Equipamentos de Proteção Individual. Os operários e sindicalistas da empresa denunciam que a empresa não tem realizado minimamente trabalhos de manutenção preventiva nas instalações da fábrica para evitar estes acidentes fatais. E não poderia ser diferente: de toda e qualquer maneira, os capitalistas se esforçam para economizar o máximo que possam na melhoria das instalações das fábricas, obrigam os operários a trabalhar sob as mais insalubres condições possíveis, em galpões escuros e sem ventilação, pois sabem que o investimento na melhoria das condições de trabalho dos operários significa a redução dos lucros privados.


O Brasil já é o quarto país do mundo com o maior número de acidentes de trabalho. Todos os dias, operários e camponeses morrem ou são mutilados em decorrência das insalubres condições de trabalho nas empresas e grandes plantações. E para completar, a quadrilha fascista de bandidos encabeçada por Temer enfia ainda goela abaixo do proletariado e do povo a famigerada Lei da Terceirização que permite aos grandes capitalistas terceirizar até mesmo a contratação de trabalhadores que executam a atividade-fim das empresas, preparando terreno para uma onda de demissões, redução brutal da massa salarial e aumento exponencial dos acidentes de trabalho num país em que a classe operária já é das mais miseráveis do mundo.


Certamente não demorará muito para que nosso país alcance o tenebroso título de primeiro do ranking mundial em acidentes de trabalho.


J. R. P. Guimarães

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HISTÓRIA DAS
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