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Núcleo Marxista-leninista da USP retoma atividades


Cerca de 20 estudantes de diversas instituições de ensino médio e superior paulistas compareceram a uma atividade realizada pelo Núcleo Marxista-Leninista da USP na última quarta-feira (10), que marcou a retomada da atuação do coletivo estudantil no ano de 2015. O Núcleo, na perspectiva de propagandear entre os estudantes as lutas libertadoras dos povos do mundo contra o imperialismo, propôs o estudo de um documento sobre a história do Partido Comunista da China e da Revolução Chinesa. Os estudantes leram e debateram o artigo "A Revolução Chinesa e o Partido Comunista da China", escrito por Mao Tsé-tung no ano de 1939.


Neste artigo, Mao aborda a trajetória de formação da sociedade chinesa, desde o período das comunidades primitivas tribais, o aparecimento da sociedade de classes com o advento da escravidão, o longo período feudal de mais de três mil anos, até o advento da sociedade semicolonial e semifeudal a partir de 1840 e da sociedade colonial, semicolonial e semifeudal a partir dos anos 1930 com a invasão do imperialismo japonês. O autor do artigo atesta que a Revolução Chinesa, que então se encontrava sob a direção da classe operária organizada no Partido Comunista, nada mais era do que uma continuação da Revolução democrático-burguesa de 1911 (que derrubou a dinastia dos Qing), que, contudo, não realizou ou concluiu as medidas democráticas a que se propunha. E que, na época do imperialismo e das revoluções proletárias, a Revolução democrático-burguesa chinesa diferenciava-se das velhas revoluções democrático-burguesas europeias pelo fato de ser dirigida pela classe operária, não pela burguesia; por ter como fim realizar as tarefas democráticas pendentes (leia-se: a liquidação do Antigo Regime, a libertação nacional da dominação imperialista estrangeira e o desenvolvimento da industrialização independente e autônoma) não para estabelecer uma ditadura burguesa, mas uma ditadura proletária tendo como meta final o comunismo; e pelo fato de a revolução democrático-burguesa chinesa, uma revolução democrática de novo tipo, estar inserida internacionalmente como parte da revolução socialista-proletária mundial.

Após o fim da leitura e do debate, foram realizadas discussões sobre as perspectivas de novas atividades a serem realizadas por parte do coletivo estudantil, visando englobar também demais pautas democráticas do povo brasileiro, como a luta contra a redução da maioridade penal, as denúncias contra a violência policial contra moradores de bairros pobres e periféricos, etc. Acompanhe as informações e atividades do Núcleo em sua página do Facebook.


Leia o manifesto de lançamento do Núcleo em 2015:


O Núcleo Marxista-Leninista da USP reinicia suas atividades em 2015. Trata-se de um núcleo estudantil que organizará estudos e atividades na universidade. Integrando os princípios teóricos de Marx, Engels, Lenin, Stálin e outros dirigentes destacados do movimento comunista internacional, divulgaremos e organizaremos o estudo do socialismo científico, do marxismo-leninismo e da realidade dos países socialistas.


No âmbito acadêmico, o estudo do marxismo-leninismo foi quase abandonado em nosso país devido a circunstâncias tanto nacionais quanto internacionais. No século passado, o Brasil passou por longos períodos de perseguições políticas, particularmente sobre revolucionários e comunistas, pelo Estado Novo e pelo regime militar de 1964. A ideologia comunista foi fortemente perseguida e coibida nas universidades. Internacionalmente, o revisionismo moderno de Kruschov após o XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, em 1956, gerou toda uma confusão ideológica e prejudicou o desenvolvimento do movimento proletário e comunista.


Soma-se a isso o esgotamento da política revisionista da URSS e dos países de democracia popular no Leste Europeu que engendrou a restauração capitalista completa. Este contexto foi uma verdadeira frustração a todo o movimento comunista a partir da década de 1990. Mesmo alguns partidos que ainda reivindicam o marxismo-leninismo o substituem pelo ecletismo. Substituem a dialética e a disciplina revolucionária pela política eclética — estranha ao marxismo-leninismo —, dado a confusão que o movimento comunista ainda se encontra. Assim, é de suma importância que resgatemos o espírito revolucionário do socialismo científico e incentivemos os estudantes progressistas e avançados a estudarem a linha política correta do marxismo-leninismo, para assim, e somente assim, terem uma prática política consequente e proletária.


Aqui, em nosso país, do movimento estudantil surgiram quadros históricos da luta contra a ditadura militar pós-1964, como Manoel Lisboa, Antônio Ribas, Helenira Rezende, Honestino Guimarães, etc; na Rússia, foi também do movimento estudantil de onde saíram os principais dirigentes da futura Revolução Socialista de Outubro, como Lenin e Stálin; as grandes revoluções no Terceiro Mundo pela libertação nacional e a democracia, como na Coreia e na China, tiveram no Movimento Primeiro de Março e no Movimento Quatro de Maio de 1919 seus grandes estopins, respectivamente. Os mesmos foram levantes predominantemente estudantis, que mais tarde se integraram às lutas das massas trabalhadoras e exploradas.


Reafirmamos nosso propósito de levar ao meio universitário o estudo teórico do Marxismo-Leninismo — de Marx, Engels, Lenin, Stálin e outros revolucionários —, além da difusão da história do movimento comunista assim como a realidade dos países socialistas; combater o revisionismo, o reformismo e o oportunismo, e assim contribuir para que sejam cumpridas as tarefas históricas que se colocam diante de nós na luta pelo socialismo.

por Alexandre Rosendo

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