"Crianças cubanas sob o cerco dos Estados Unidos"
- NOVACULTURA.info
- há 1 dia
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Com a proximidade do Dia Internacional da Criança, em muitos países os pequenos fazem pedidos e recebem muitos presentes que, frequentemente, vêm de outras partes do mundo. Em Cuba, no entanto, alguns desejos infantis não podem ser realizados devido ao embargo imposto pelos Estados Unidos, algo que me enche de tristeza.
Cerca de 90% da população de Cuba nasceu e viveu sob a estrutura de sanções que representa o bloqueio aplicado pelos Estados Unidos contra a ilha caribenha há mais de seis décadas.
É claro que, se você é cubano, não importa em que data tenha nascido para sofrer os efeitos desse bloqueio, mas as crianças talvez sejam as mais afetadas desde que o governo de John F. Kennedy declarou um embargo total ao comércio com Cuba em fevereiro de 1962.
Com o passar dos anos, a Casa Branca foi reforçando essa medida inicial para apertar o cerco em torno da ilha com a intenção de “provocar fome, desespero e a derrubada do governo”, como proclamava o memorando elaborado em 1960 pelo então subsecretário assistente de Estado para Assuntos Interamericanos, Lester D. Mallory.
Para se ter uma ideia, basta saber que, segundo o Ministério das Relações Exteriores de Cuba, o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decretou 243 novas medidas para endurecer o bloqueio a Cuba apenas durante seu primeiro mandato (2017–2021). Todas essas sanções continuam vigentes atualmente.
As crianças, que junto com os idosos são os mais vulneráveis de uma sociedade e, portanto, os mais protegidos, sofrem as mesmas vicissitudes cotidianas que seus pais, às quais se somam problemas como a falta de materiais didáticos ou dificuldades para adquirir seus uniformes escolares.
Mas a situação se agrava nas aproximadamente 350 escolas que atendem e educam mais de 35.600 crianças com necessidades especiais, que recebem uma atenção diferenciada por parte do governo.
Do Granma
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