"O Materialismo Dialético, concepção do mundo do Partido Marxista-leninista"

Segundo a definição do camarada Stalin, o marxismo é
"a ciência das leis do desenvolvimento da natureza e da sociedade, a ciência da revolução das massas oprimidas e exploradas, a ciência da vitória do socialismo em todos os países, a ciência da construção da sociedade comunista.”(1)
Orientando-se por essa grande ciência revolucionária, o Partido de Lenin e Stalin definiu com clareza os caminhos a percorrer na luta dos trabalhadores pela libertação do jugo dos latifundiários e dos capitalistas, levou os operários e os camponeses à vitória sobre os exploradores, conduziu o povo soviético pela estrada ampla e clara do comunismo, tornou o país soviético poderoso e invencível, transformando-o no baluarte mundial da paz, da democracia e do socialismo.
O materialismo dialético é a única concepção científica do mundo e constitui o alicerce teórico do comunismo.
No trabalho Sobre o Materialismo Dialético e o Materialismo Histórico, o camarada Stalin dá a segunda definição do materialismo dialético:
"O materialismo dialético é a concepção do mundo do Partido marxista-leninista. Chama-se materialismo dialético porque seu modo de abordar os fenômenos da natureza, seu método de estudar esses fenômenos e de conhecê-los é dialético, e sua interpretação, sua compreensão dos fenômenos da natureza, sua teoria é materialista."(2)
A criação, por Marx e Engels, do materialismo dialético foi um grande feito científico. Marx e Engels generalizaram e reelaboraram criticamente as conquistas do pensamento filosófico, generalizaram e reinterpretaram criadoramente as conquistas das ciências naturais e sociais, bem como toda a experiência da luta das massas trabalhadoras contra a exploração e a opressão.
Utilizando tudo aquilo que de melhor havia sido acumulado pela humanidade durante os milênios anteriores, Marx e Engels realizaram uma reviravolta revolucionária na filosofia, criaram uma filosofia qualitativamente nova.
A essência da reviravolta revolucionária realizada na filosofia pelos fundadores do marxismo reside em que a filosofia se tornou, pela primeira vez na história da humanidade, uma ciência que arma os homens com o conhecimento das leis do desenvolvimento da natureza e da sociedade e que serve de instrumento de luta pela vitória do comunismo. Os sistemas filosóficos do passado se caracterizavam pelo fato de que seus criadores, incapazes de elaborar um quadro único e harmonioso do mundo, amontoavam indistintamente os mais variados fatos, conclusões, hipóteses e simples fantasias, pretendiam conhecer em última instância a verdade absoluta e limitavam assim, na sua essência, o vivo processo de conhecimento, pelo homem, das leis da natureza e da sociedade.
A descoberta feita por Marx e Engels assinalou o fim da velha filosofia, que ainda não se podia chamar de científica, e o começo do período novo, científico, da história da filosofia. A filosofia marxista não é uma ciência acima das outras ciências.
O materialismo dialético é um instrumento de pesquisa, um método que penetra todas as ciências da natureza e da sociedade e, por sua vez, constantemente se enriquece com as novas conquistas das ciências e da atividade prática de construção do socialismo e do comunismo.
O marxismo marca também uma etapa qualitativamente nova na evolução do pensamento filosófico, no sentido de que somente com o marxismo a filosofia se tornou uma bandeira das massas.
J. V. Stalin ensina que o marxismo
"não representa simplesmente uma doutrina filosófica. É a doutrina das massas proletárias, sua bandeira; os proletários de todo o mundo a veneram e se 'inclinam' diante dela. Por conseguinte, Marx e Engels não são simplesmente fundadores de uma ‘escola' filosófica qualquer: são os chefes vivos do movimento proletário vivo, que cresce e se fortalece dia a dia”.(3)
Foi por isso que A. A. Zhdanov, criticando, no debate sobre filosofia, a errônea interpretação da história da filosofia como simples substituição de uma escola filosófica por outra, observou que
"com o aparecimento do marxismo como concepção científica do mundo, própria do proletariado, termina o velho período da história da filosofia, o período em que a filosofia era uma ocupação de indivíduos isolados, um patrimônio de escolas filosóficas compostas de pequeno número de filósofos e seus discípulos, encerrados em si mesmos, desligados da vida e do povo, estranhos ao povo.
O marxismo não é uma escola filosófica desse tipo. Ao contrário, é a superação da velha filosofia, que era patrimônio de uns poucos eleitos — da aristocracia do espírito — e o começo de um período inteiramente novo na história da filosofia, em que essa se torna uma arma científica nas mãos das massas proletárias que lutam pela sua libertação do capitalismo?(4)
Ao ganhar as massas, as ideias da filosofia marxista se tornam uma força material. As doutrinas filosóficas anteriores ao marxismo não tinham e não podiam ter essa força.
A profunda diferença dos princípios entre o materialismo dialético como filosofia marxista e os sistemas filosóficos anteriores reside em que o materialismo dialético serve de poderoso instrumento de influência prática sobre o mundo, instrumento de conhecimento e de transformação do mundo.
Marx afirmou, já no começo de sua atividade revolucionária, que se nos velhos tempos tomavam os filósofos por tarefa apenas explicar o mundo desta ou daquela maneira, deve a filosofia nova, revolucionária, transformá-lo. Sob a bandeira do marxismo-leninismo, o Partido Comunista da União Soviética e o povo soviético modificaram radicalmente a fisionomia da velha Rússia. O materialismo dialético, criado por Marx e Engels e desenvolvido por Lenin e Stalin, é uma poderosa arma teórica nas mãos da classe operária que luta contra o capitalismo, pelo socialismo e pelo comunismo.
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Uma concepção do mundo é um sistema de ideias sobre o mundo em seu todo, são os princípios básicos segundo os quais os homens abordam e explicam a realidade que os cerca e pelos quais se orientam em sua atividade prática.