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8 de Março, dia internacional da grande luta das mulheres trabalhadoras!



O Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, data mundial em que celebramos a resistência e a luta das mulheres de todos os povos, teve como preâmbulo o processo da primeira revolução na Rússia do século XX, em 1905. A data proposta por Clara Zetkin, dirigente comunista alemã, na II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, realizada em Copenhague, em 1910, é um ponto importante para reafirmar a necessidade da luta contra a desigualdade de gênero, machismo e todo o sistema capitalista que condena a mulher a uma posição de inferioridade em nossa sociedade.


No primeiro Congresso de Mulheres de toda a Rússia, em 1908, Alexandra Kollontai apontou que o Partido revolucionário dos trabalhadores exige: a suspensão das leis que subordinam a mulher ao homem; o direito ao voto feminino; leis de proteção ao trabalho, como proibição de mulheres nos setores que utilizam mercúrio, fósforo e chumbo; melhor higiene no trabalho; proteção à maternidade e à amamentação; combater a prostituição. Esses são apenas alguns exemplos de pautas democráticas e progressistas apontadas no Congresso, alguns anos depois, com a vitória da revolução proletária, tornaram-se direitos.


Com a Grande Revolução Proletária de Outubro de 1917, junto ao aumento de mulheres trabalhadoras na Europa, o cotidiano da família se alterou e as mulheres no ocidente passaram a se inspirar nas revolucionárias russas. Por mais que isso seja ocultado pela ideologia dominante, que atribui a origem dessa data tão importante para as mulheres trabalhadoras aos movimentos sufragistas, principalmente da Inglaterra e dos EUA, nossa reivindicação se dá por milhares de heroínas anônimas, que caminharam ao lado de operários e camponeses pela construção do socialismo. Podemos citar muitos exemplos, como Elizaveta Drabkina, combatente bolchevique, participou da tomada do Palácio de Inverno em 1917; Dolores Ibárruri, grande líder comunista espanhola, lutou bravamente contra o fascismo e pelo internacionalismo proletário; Shila Marandi, integrante do Comitê Central do Partido Comunista da Índia (Maoista) e uma das responsáveis pela organização das mulheres camponesas e adivasis em seu país; Josina Machel, revolucionária moçambicana, lutou pela independência de sua nação e pelos direitos das mulheres moçambicanas. Sem elas, o que seria da revolução mundial proletária? Temos muitas mulheres importantes na história da humanidade que foram silenciadas, esquecidas, inclusive pelo fato de serem socialistas.


Vemos que o Brasil, mais de um século depois, não foi capaz de realizar as tarefas democráticas necessárias para a emancipação das mulheres, com a perda dos parcos direitos trabalhistas – que permitem à mulher trabalhadora do campo receber como salário o usufruto da terra e comida e à mulher trabalhadora da cidade ser obrigada a se aventurar no mercado informal – demonstrando o caráter semicolonial e semifeudal de nosso país e a impossibilidade do Estado burguês-latifundiário em abolir todas as abjetas leis que limitam os direitos da mulher. Não aceitaremos nenhuma dessas regressões históricas!


Devemos nos inspirar nos acertos das revoluções passadas para construir uma Frente de Mulheres que seja parte integrante de uma frente ampla – popular, democrática e anti-imperialista –; reconstruir o Partido Comunista, para que possamos ter os meios de lutar ombro a ombro com todos os trabalhadores; para conscientizar os camaradas e eliminar qualquer desvio burguês que apareça em nosso meio; e marchar rumo ao Comunismo, passando por todas as etapas necessárias. Só assim, como afirma Kollontai, “ao invés do matrimônio indissolúvel, baseado na servidão da mulher, veremos nascer a união livre fortalecida pelo amor e o respeito mútuo dos membros do Estado Operário (...). Ao invés da família de tipo individual e egoísta, se levantará uma grande família universal de trabalhadores, na qual todos eles, homens e mulheres, serão, antes de tudo, trabalhadores e camaradas. (…) Esta é a consigna da Sociedade Comunista”.


A LIBERTAÇÃO DA MULHER É PARTE INTEGRANTE E INDISPENSÁVEL PARA A REVOLUÇÃO PROLETÁRIA!

AS MULHERES NÃO ACEITARÃO ESCOLHER ENTRE TER TRABALHO E TER DIREITOS!

VIVA O 8 DE MARÇO!



Artigo publicado originalmente na edição #00 do jornal Rumos da Luta

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HISTÓRIA DAS
REVOLUÇÕES

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