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"Tentativas de difamação da RPDC com comparações com Bolsonaro na pandemia"


O Brasil está se tornando uma Coreia do Norte em relação ao Coronavírus? Bolsonaro está imitando Kim Jong Un?

Nas últimas horas, têm circulado em páginas da internet, tanto de esquerda quanto de direita, algumas "opiniões" totalmente fantasiosas sobre a nova decisão do governo brasileiro de Jair Bolsonaro de restringir a contagem numérica de contaminados e mortos pela Covid-19. Algumas dessas opiniões chegam a comparar Bolsonaro a Kim Jong Un, dizendo que na Coreia do Norte também houve censura sobre os dados reais de contaminados pelo Coronavírus.

Mas os fatos mostram que isso se trata de um completo devaneio.

A Coreia do Norte não tem nenhum caso de Coronavírus até hoje. E isso não é resultado de uma ocultação de dados pelo governo norte-coreano ou por alguma política de "executar os contaminados". Trata-se de um sucesso de um governo responsável e de um sistema público de saúde centralizado e altamente mobilizado que soube lidar muito bem com a crise.

A palavra de ordem da Coreia do Norte contra o Coronavírus não foi "achatar a curva" ou "barrar o alastramento": foi impedir completamente a entrada do vírus no país. Enquanto no Brasil trabalhamos arduamente até agora, 3 meses após os primeiros casos, para diminuir o número de pessoas que estão se contaminando, a Coreia do Norte trabalhou na precaução adiantada para o vírus sequer entrar em seu território.

Ainda em fins de janeiro, antes mesmo da própria cidade chinesa de Wuhan, o Ministério da Saúde Popular da Coreia do Norte tomou medidas de fechamento total das fronteiras, lockdown nas províncias fronteiriças com a China, fechamento de escolas e serviços não essenciais, além de quarentena para todos que tinham viajado ao exterior, preparação médica nacional e forte campanha educacional.

Tachadas de "autoritárias" e "típicas de ditaduras como a da Coreia do Norte", hoje vemos que tais medidas se mostraram extremamente eficazes e a República Popular Democrática da Coreia não registrou nenhum caso de Covid-19, dado esse que não só é do governo coreano, mas também admitido pela Organização Mundial da Saúde e por autoridades estrangeiras, como o corpo diplomático russo em Pyongyang, capital do país.

Kim Jong Un tratou de dar poderes a um comitê emergencial anti-epidemia que coordenou um esforço coletivo por todo o país para conscientizar a população do perigo do novo vírus e tomar ações práticas que colocaram milhares de norte-coreanos em quarentena e tornou as máscaras faciais uma peça do vestuário comum de todos os cidadãos. Além disso, destacaram-se também os "batalhões desinfectantes": grupos de pessoas que borrifaram soluções químicas antissépticas em superfícies do transporte público e locais de acesso numeroso. O Brasil, ao mesmo tempo, sofria com divergências entre as esferas do governo federal, estadual e municipal, com um intenso embate de ordens e contra-ordens que confundiu a população.

E além disso, aqui no Brasil fomos num sentido oposto: a liderança máxima do país, desde o início da crise até hoje - quando já estamos chegando a 40 mil mortos - tratou de ignorar o perigo, menosprezando o seu potencial, além de tomar decisões anti-científicas e arbitrárias que afastaram funcionários que trabalhavam em cargos importantes no combate ao vírus por questões políticas e pessoais. O comércio praticamente não foi parado e os trabalhadores foram submetidos ao perigo máximo ao não serem liberados nem mesmo de serviços não essenciais, sendo obrigados a tomarem transportes públicos lotados em todo o país. Os índices de aderência às medidas de isolamento social estão até hoje muito abaixo do recomendado e não foi levada a cabo uma verdadeira campanha de conscientização das massas sobre a importância de se proteger contra a Covid-19.

Enquanto empilhamos corpos e mais corpos e sistemas públicos entram em colapso por todo o país, exibindo à luz do sol a falta de compromisso de Bolsonaro e sua trupe com as vidas humanas dos trabalhadores brasileiros, a esquerda liberal reage comparando as medidas doentias desse gângster às medidas revolucionárias e corretas que o dirigente coreano Kim Jong Un tomou, mostrando total desconhecimento sobre a Coreia e também uma falta de seriedade em seus debates. Comparações como essas são imprudentes e mostram que parte das pessoas de esquerda está com a cabeça nas nuvens; ao invés de olhar para a nossa realidade brasileira e se esforçar para não só compreendê-la e transformá-la, move suas energias para fazer coro à figuras patéticas da decadente direita, como Guga Chacra.

Que a direita tente abandonar o barco em naufrágio que é o governo Bolsonaro, comparando-o à Kim Jong Un ou Maduro, usando o velho fantoche das "ditaduras comunistas", é até compreensível - já que métodos baixos e risíveis são comuns a essa gente - mas a esquerda fazer isso só revela que a visão imperialista e anti-comunista que ataca verdadeiras experiências revolucionárias, como a coreana, ainda permeia, e muito, as mentes dessas pessoas que se consideram "diferentes" e "avançadas".

Listamos aqui uma série de artigos do Centro de Estudos da Política Songun - Brasil sobre o assunto (Coreia do Norte não tem nenhum caso de Coronavírus, Coreia do Norte: país livre de Coronavírus e Mais esforços direcionados à prevenção do COVID-19 na Coreia do Norte) e também uma excelente tabela, cheia de fontes, feita pela KFA - Brasil - Associação de Amizade com a Coreia:

por Lucas Rubio, Presidente do CEPS-BR

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