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Sobre os acontecimentos do selo Edições Nova Cultura


Recentemente anunciamos em nossos canais de comunicação o rompimento da União Reconstrução Comunista com a Editora Raízes da América em decorrência da postura adotada por esta na condução da parceria e sua concepção equivocada quanto ao caráter do trabalho de divulgação do marxismo-leninismo que iniciamos em 2015, além das condutas inapropriadas do nosso ex-militante até então à frente disto.


Iniciamos o projeto do selo Edições Nova Cultura com o intuito de dar mais um passo no trabalho de divulgação da teoria marxista-leninista e do pensamento Mao Tsé-tung que já desenvolvemos desde o início da URC, com a revista Nova Cultura e o site NOVACULTURA.info, e que nos propusemos desde os primórdios, ainda como Coletivo Bandeira Vermelha. Assim, dada a oportunidade surgida, conseguimos viabilizar a publicação dos livros a partir do esforço militante dos nossos camaradas de organização. E assim se deu desde a publicação da primeira edição até os últimos tempos.


Por isso, nos soou de maneira oportunista-burguesa a postura do ex-militante e sua editora ao se colocar como detentor da “propriedade intelectual” das obras que o selo Edições Nova Cultura publicou até aqui e ao afirmar que não poderíamos mais trabalhar com este material, que fora produzido de forma coletiva, com traduções, revisões, diagramações, capa, etc., por nossos militantes. Este registrou, sem nossa anuência e sequer ter consultado à URC, o selo em seu nome e ainda mais, fez ameaças de se utilizar da justiça burguesa do Estado reacionário brasileiro caso fizéssemos uso do material que produzimos, expondo assim sua concepção de mundo pequeno-burguesa.


Pois vejamos alguns pontos que evidenciam o caráter oportunista adotado até aqui.


Quando surgiu a ideia de publicar a obra do camarada Stalin, logo no começo, isso partiu de um dos nossos militantes que possuía os cinco volumes lançados em nosso país há algumas décadas. A partir disto, iniciamos um preparo para conseguir fazer este trabalho de reedição, e como as próprias apresentações dos livros escritas pela URC destacam, o objetivo era dar continuidade a este importante projeto iniciado pelo PCB na década de 50, mas que fora interrompido devido as influências revisionistas oriundas do XX Congresso do PCUS. Portanto, não se tratava aqui de um trabalho com interesses individuais ou mesmo de um grupo, mas sim de retomar uma tarefa iniciada pelo Partido Comunista em nosso país, de editar um patrimônio não só do movimento comunista brasileiro mas de todo o conjunto do movimento comunista mundial e dos povos progressistas que lutam pelo socialismo. Tratar a obra de uma das figuras mais importantes da história do socialismo como propriedade privada, inclusive de um trabalho iniciado por outra geração de comunistas brasileiros.


E este tipo de processo foi comum no selo Edições Nova Cultura. Selecionamos e editamos materiais importantes da teoria marxista-leninista e da história da construção do socialismo no século XX que há décadas não eram mais publicados. Obras como os Escritos de Ho Chi Minh da antiga editora portuguesa Maria da Fonte (que fora complementada com a tradução de alguns documentos e discursos que não constavam no original) ou como A Luta de Classes da África de Kwame Nkrumah cuja última edição datava de 1970, foram republicadas a partir das traduções já existentes, não como forma de se apoderar de direitos autorais, mas como uma ação para oferecer novamente ao público brasileiro o acesso a estes títulos.


E os casos de obras das quais nossos militantes fizeram a tradução dos textos, seja o bastante procurado livro de Anuradha Gandhi sobre as correntes filosóficas dentro do movimento feminista, seja a biografia soviética de Karl Marx e Friedrich Engels escrita por David Riazanov, ou ainda a coletânea inédita de artigos, discursos e documentos do Partido dos Panteras Negras, seguiram o mesmo propósito, de oferecer aos leitores interessados um material até então inédito em língua portuguesa. Felizmente, já fomos informados em algumas ocasiões, de grupos de estudos que utilizam estas e outras obras, fazendo-se assim cumprir o objetivo primordial de nosso trabalho com o selo.


A postura a qual aqui denunciamos se torna ainda mais grave quando tomamos como exemplo outros títulos. Veja o caso da obra “Filipinas: Sociedade e Revolução” do professor Jose Maria Sison; nós da URC desenvolvemos um trabalho de solidariedade e divulgação da Guerra Popular em curso nas Filipinas sob direção do Partido Comunista das Filipinas há alguns anos, com traduções, artigos, notícias e seminários, e a publicação do livro, autorizada pessoalmente pelo camarada Sison à organização, foi mais uma tarefa cumprida nesse sentido. Portanto, é risível a tentativa de tomar como “propriedade intelectual” de uma empresa essa obra seminal que se tornou um clássico da aplicação do marxismo-leninismo e do Pensamento Mao Tsé-tung à uma realidade concreta, que tornou-se um documento fundamental para quem quer estudar como se dá um processo revolucionário em um país semicolonial e semifeudal.


Não menos absurdo é a mesma tentativa em torno das obras publicadas de Kim Jong Il. Todos sabem da seriedade que são tratadas as publicações da obra de Kim Il Sung e Kim Jong Il pelos camaradas da República Popular Democrática da Coreia. Este trabalho do selo foi viabilizado pelo longo trabalho já desenvolvido por nós junto ao Centro de Estudos da Ideia Juche – Brasil e de solidariedade ao povo coreano em sua construção do socialismo e na sua condição de bastião da luta anti-imperialista. Já foram inúmeras palestras, seminários, exposições, artigos, enfim, um trabalho consolidado de apoio à Coreia Socialista, do qual os livros são parte integrante, e não será uma empresa privada que o desautorizará por se achar dona de fundamentais textos do Grande Dirigente Kim Jong Il.


Há ainda a revista Mundo socialista, um projeto nascido na esteira dos trabalhos de solidariedade aos países socialistas e da necessidade de divulgação da rica experiência de construção socialista no século XX. A URC criou este material, emprestando o título de uma antiga coleção da editora Estampa, para dar prosseguimento a este tipo de trabalho, fundamental diante da pouca informação existente sobre as experiências socialistas. Para tanto, usamos materiais inéditos, de camaradas que estudaram os processos revolucionários e estiveram nos países, para editar os volumes sobre a Coreia Popular e Cuba. Nesse sentido, se evidencia o que significa um militante tentar se arvorar de direitos sobre um trabalho desenvolvido por uma organização, um completo disparate.


Poderíamos desenvolver ainda mais exemplos, mas acreditamos que os citados já são mais do que suficiente para que seja exposto o nível do oportunismo que se chegou neste caso por parte dos nossos ex-parceiros.


Acreditamos que seja nossa obrigação esclarecer todos os nossos leitores, que mais do que uma mera relação de cliente em compra de livros, são companheiros que acompanham nosso trabalho com interesse pelo marxismo-leninismo, Pensamento Mao Tsé-tung e as lutas dos povos por sua libertação e pelo socialismo, sobre a situação envolvendo o selo Edições Nova Cultura e o mais fundamental, o caráter político em torno da questão.


Acreditamos também ser nossa obrigação publicitar a nossa autocrítica quanto a esta questão, aos erros cometidos de permitir que o trabalho pudesse tomar este caminho equivocado, de não ter tratado as contradições existentes da forma correta.


Retificaremos os erros que permitiram que este tipo de problema se desenvolvessem no seio do trabalho e retomaremos nossa tarefa de divulgação da teoria, um dos pontos necessários para o processo de reconstrução do movimento comunista brasileiro, uma vez que é preciso uma sólida formação marxista-leninista para a compreensão das tarefas que se impõem aos comunistas brasileiros e para sua execução efetiva junto as massas populares.


Para nós, as obras clássicas do marxismo que foram lançadas até agora pela Edições Nova Cultura, não são e nunca serão propriedade de aventureiros de qualquer espécie, muito menos de um elemento que se utilizou de nossa estrutura e do esforço de nossos militantes para conseguir benefícios pessoais. Em nossa opinião, todas as organizações e grupos que se colocam ao lado das massas populares brasileiras em sua luta contra a opressão e a exploração não só podem, como também devem divulgar materiais com esse conteúdo. Dessa forma, tomaremos as medidas necessárias para disponibilizarmos de maneira mais ampla todo o material que publicamos nas mais diversas mídias até hoje. Os únicos e verdadeiros proprietários das obras clássicas do marxismo-leninismo são os milhões de operários, camponeses e lutadores sociais, que diariamente combatem o Estado reacionário brasileiro e o imperialismo.


E por fim comunicamos a todos que o elemento que antes se pronunciava em nome do selo Edições Nova Cultura foi expulso da União Reconstrução Comunista, por sua postura frente ao selo, o uso deste para interesses estritamente pessoais, além das ameaças de levar questões da organização à justiça burguesa, revelando acentuado desvio oportunista de direita, comportamento típico de delatores e provocadores, que também se expressava na forma como o ex-membro sempre quis tratar os problemas em relação aos títulos publicados. Portanto, nada mais o liga à nossa organização, a não ser a condição de renegado e traidor.


UNIÃO RECONSTRUÇÃO COMUNISTA

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