top of page

Sobre o recrudescimento da repressão e a necessidade de uma nova tática nas manifestações

  • Foto do escritor: NOVACULTURA.info
    NOVACULTURA.info
  • 1 de dez. de 2016
  • 3 min de leitura

No último dia 29 de novembro, como é de conhecimento da maioria, houve uma brutal repressão a um ato pacífico contra a PEC 55, a PEC da morte. Para muitos dos presentes, entre famílias de trabalhadores, estudantes universitários e secundaristas e servidores públicos presentes no ato, foi a primeira vez que presenciaram e sofreram tal tipo de repressão perpetrada por parte do Estado.

A brutal violência policial ocorreu sem que os manifestantes tivessem atacado aos policiais, o que demonstra que ordens para acabar com a manifestação pacífica foram dadas e, posteriormente, ministros do governo e o próprio presidente (ilegítimo) aprovaram a repressão.

A violência generalizada iniciada pelos policiais nos demonstra coisas: 1) O discurso pequeno-burguês pacifista de certas organizações é obsoleto na prática, pois mesmo recorrer aos meios jurídicos é inútil, uma vez que todo o aparato do Estado está a serviço do golpe, apesar das contradições internas nas classes dominantes; 2) Se os manifestantes estivessem preparados, não teríamos sido massacrados, mas ao contrário, teríamos ocupado o Congresso Nacional e, até mesmo, adiado a votação. Apenas uma pequena parcela estava preparada para resistir à repressão, um número ínfimo se comparado ao número de manifestantes presentes.

Quanto ao primeiro ponto, o discurso de “não violência” de certas organizações é inútil pelos motivos já expostos. Tais organizações são idealistas ao ponto de acreditarem que o aparato repressivo do Estado se juntará à manifestação e se revoltará contra o Estado. O discurso até faz sentido, uma vez que os policiais são trabalhadores e também serão afetados com a aprovação da PEC, entretanto, a polícia é o aparelho repressivo do Estado e é uma instituição criada com o intuito de proteger os interesses do Estado e das classes dominantes que o gerem, eliminando ou reprimindo qualquer elemento que seja desviante das leis e práticas escolhidas, aprovadas e sancionadas pelos patrões.

Quanto ao segundo ponto, todos que estavam lá viram a enorme quantidade de manifestantes e, inicialmente, o ínfimo número de policiais. Se estivéssemos preparados para responder aos ataques da polícia, teríamos ao menos entrado no Congresso Nacional. Não estou aqui fazendo qualquer apologia à violência ou à depredação do patrimônio público, apenas estou clamando e reivindicando nosso direito de nos defendermos! Trata-se de estarmos preparados com máscaras de gás e escudos para autodefesa.

Os que são adeptos a não violência e a entregar flores para a polícia estão desligados da realidade, estão com um certo espírito de mártir, espírito que jamais venceu batalha alguma. Os adeptos ao “pacifismo a qualquer custo” logram a revolução pela via institucional, iludem-se com as eleições e com o governismo de coalizão. Acreditam que apenas as armas morais (que possuímos, afinal, estamos defendendo a saúde e a educação pública) são o suficiente para vencer a luta de classes que se agudiza cada dia mais, abrindo mão das demais armas.

A luta de classes se agudiza e a tendência é que a repressão do Estado aumente e seja mais brutal. Os cães estão com as coleiras soltas pois serão blindados pela mídia, pelo judiciário, pelo executivo e pelo legislativo. Essa escalada repressiva violenta nos dá a tarefa de estarmos preparados para os próximos atos.

Não nos iludamos mais! Temos o direito de nos defendermos de nossos agressores! Nossos algozes jamais serão nossos aliados. Ou nos defendemos ou seremos massacrados mais inúmeras vezes!

por Rodrigo Ortega

Comments


NC10ANOS (Facebook) GIF.gif
GIF HISTÓRIA DAS 3 INTERNACIONAIS (stories).gif
  • TikTok
  • Instagram
  • Facebook
  • Twitter
  • Telegram
  • Whatsapp
capa35 miniatura.jpg
PROMOÇÃO-MENSALmai25.png
GIF Clube do Livro (1080 x 1080).gif
JORNAL-BANNER.png
WHATSAPP-CANAL.png
TELEGRAM-CANAL.png
bottom of page