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"Celia: bússola na tempestade e degrau rumo ao futuro"

  • Foto do escritor: NOVACULTURA.info
    NOVACULTURA.info
  • há 3 dias
  • 2 min de leitura

 

Celia foi uma daquelas mulheres que não aceitou ser um enfeite em um salão de sombras. Enquanto os homens discutiam táticas, ela plantou um jardim de guerrilheiras.

 

Combatente e mãe na insurreição, transformou sua vida em uma ponte entre a épica e o cotidiano, tecida com fios de ternura e pólvora.

 

Aos 26 anos, sob os pseudônimos de Norma ou Aly, já articulava conspirações no Movimento 26 de Julho, junto com Frank País García. Foi ela quem, com a precisão de uma cartógrafa, desenhou a logística para o desembarque do Granma em 1956.

 

Na Serra Maestra, “dizer algo a ela, era dizê-lo a ele”, afirmavam os camponeses.

 

Seu quarto, no Comando de La Plata, era um gabinete de maravilhas: tanto abrigava rolos de pergaminho com estratégias militares quanto frascos de tinta feita com carvão; e sempre, um ramo de mariposas brancas, flor que mais tarde se tornaria seu símbolo.

 

Celia foi uma daquelas mulheres que não aceitaram ser um enfeite em um salão de sombras. Enquanto os homens discutiam táticas, ela plantou um jardim de guerrilheiras: Las Marianas, demonstrando que as mulheres eram torrentes, não córregos; e que eram capazes de detonar, com seu caráter, montanhas de preconceitos.

 

Curava feridas com ervas e transcrevia discursos de Fidel com uma caligrafia rebelde como um furacão.

 

Quando a Revolução desceu da serra, Celia tornou-se companheira imprescindível: secretária da Presidência, diplomata, mãe de órfãos de guerra... Em seu escritório em Havana, misturava documentos oficiais com brinquedos infantis. Recebia 300 cartas por dia: “Companheira Celia, não tenho sapatos para meu filho”; “Celia, meu esposo desapareceu em Girón”.

 

Sobre ela, Fidel disse: “Era a qualidade humana, a preocupação com as pessoas. Na guerra e depois dela, nunca esqueceu ninguém: era a madrinha de todos os velhos guerrilheiros”. “A guerra é também memória”, dizia ela.

 

Hoje, a 105 anos daquele nascimento, Celia não é passado. Seu nome, como estandarte das novas gerações, continua sendo bússola na tempestade e degrau rumo ao futuro.

 

Do Granma

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