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"Minha música é uma cadeia sem começo nem fim"


De origem camponesa, filho de lavrador e cantor popular, Víctor Jara se tornaria uma das principais referências da música chilena e um testemunho vivo da criação artística popular. Depois de vagar por Chillán Viejo e Lonquén, em 1944 ele chegou em Santiago com sua família. Sua juventude foi marcada por seus estudos contábeis, sua admissão ao Seminário da Ordem dos Redentores de San Bernardo e seu cumprimento do serviço militar obrigatório. Entrou para o coral da Universidade do Chile em 1953, quando iniciou formalmente sua incursão na música que já havia sido motivada pelo trabalho de interpretação e coleção folclórica de sua mãe, Amanda Martinez. No entanto, sua primeira opção acadêmica foi o teatro. Estudou, entre 1959 e 1961, atuação e direção na Escola de Teatro da Universidade do Chile. Ao longo da década de 1960, consolidou-se como um dos melhores diretores do cenário chileno, obtendo inúmeros prêmios e reconhecimentos da crítica pública e especializada. Ele foi, assim, um dos mais importantes diretores de teatro de sua época. Enquanto isso, seu trabalho na música popular foi construído a partir de sua participação no grupo Cuncumén, com o qual trabalhou entre 1957 e 1962. Sua criação musical tendia para o resgate da tradição popular e demandas sociais da classe baixa do país. Neste contexto, ele era diretor artístico do conjunto Quilapayún (entre 1966 e 1969), colaborou com o grupo Inti Illimani e foi integrante de reconhecido Peña de los Parra. Ele teve uma carreira de sucesso como solista e compositor. Sua discografia é uma das mais ricas e interessantes de seu tempo. Em 1969 obteve o triunfo no Primeiro Festival da Nova Canção Chilena, com a sua composição "Pragaria a un labrador", que ele tocou acompanhado do conjunto de Quilapayún. Tornou-se, assim, um dos principais símbolos deste movimento musical. Desde 1970, assumiu um forte compromisso político ao participar ativamente das campanhas eleitorais da Unidade Popular e do governo de Salvador Allende. Em 1971 ele se juntou ao corpo de artistas ​​da Vice-Federação de Extensão e Comunicações da Universidade Técnica do Estado. Em 11 de setembro de 1973, ele foi para exercer suas funções na referida universidade, onde foi preso pelas tropas do Exército do Chile, sendo brutalmente torturado e morto no Estádio do Chile. Hoje, esse estádio leva seu nome.

Do Memória Chilena

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