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Kim Il Sung: "Para estabelecer um genuíno governo do povo"

Camaradas: A fim de lograr a plena soberania e independência do país e levar a feliz término a revolução coreana urge solucionar a questão do Poder. Mesmo que agora os comitês populares estejam organizados e trabalhem em todas regiões, não foi criado ainda um organismo central do poder. Todas as classes e estratos do povo, que amam o país e a nação, desejam com fervor estabelecer o quanto antes um governo central e construir um Estado democrático, soberano e independente. Devemos impulsionar o trabalho de seu estabelecimento organizando e mobilizando com acerto as amplas massas que ardem de entusiasmo para construir o país. Mas, não devemos formar sem razão um governo qualquer alegando que é necessário resolver prontamente a questão do Poder. Lutar por uma acertada solução deste problema é um dever sagrado que nós, os comunistas, temos. O tipo de Poder que se estabeleça em nosso país, emancipado da dominação colonialista do imperialismo japonês, é um problema muito importante de que depende o destino futuro do país e da nação. Se estabelece-se na Coreia um governo antipopular como o que propõem os elementos pró-japoneses e os traidores da nação, não só não será possível lograr a prosperidade do país e da nação, como também nossa pátria se verá convertida de novo em uma colônia do imperialismo. Todo o povo coreano, que depois da libertação empreendeu o caminho da edificação de uma nova pátria, reclama o estabelecimento de um genuíno governo do povo, capaz de lograr a prosperidade e o desenvolvimento da pátria e assegurar-lhe uma vida ditosa. É uma demanda legítima do povo coreano que esteve por longo tempo privado de seu Estado e submetido à uma cruel opressão e exploração por parte dos agressores imperialistas japoneses. Devemos realizar todos os preparativos para estabelecer um governo democrático que concorde com a vontade de todo o povo. Porém, desprezando a vontade das massas populares, alguns tratam de formar um governo antipopular. Agora, certos indivíduos sustentam que há que reconhecer a chamada “República Popular” constituída em Seul por uns tantos sujeitos, porém nós não podemos de nenhuma maneira reconhecer tal “governo”. Nos opomos a esta “República Popular” porque não pode ser um governo que lute pelos interesses do povo coreano. A “República Popular” está composta por pessoas que não contam com o apoio de nosso povo. Liderada por Syngman Rhee, um sujeito anticomunista e pró-ianque, está composta por pró-japoneses, traidores da nação e faccionalistas pseudo-revolucionários, deixando marginados os verdadeiros comunistas, autênticos patriotas. É claro que um “governo” assim não pode ser um poder que defenda os interesses das massas populares. Em poucas palavras, só podemos reconhecer a “República Popular” como um poder burguês antipopular a serviço das minorias das classes privilegiadas. Como vamos nós, os comunistas, apoiar um “governo” desses? Não podemos reconhecer a “República Popular” como poder de nosso povo nem somos obrigados a fazê-lo. A insistência em que é necessário prestar apoio à “República Popular” é, no fim das contas, um ato direitista de capitulação tendente a renunciar à direção do poder, a arma principal da revolução, pelo Partido, e cedê-lo aos reacionários, e é ademais um ato antipopular para impedir que se estabeleça um genuíno governo do povo. Não devemos morder a isca das intrigas dos imperialistas, relativas ao estabelecimento do poder. Agora, estes, com todo tipo de artimanhas, tratam de estabelecer com seus lacaios um governo reacionário em nosso país, e assim converter de novo nosso povo em seu escravo colonial. Se nestas condições aprovamos um governo anticomunista e antipopular, isso não só será trair as aspirações nacionais do povo coreano, mas também ajudar os imperialistas em sua política de escravização colonial. Na questão relacionada com o estabelecimento do poder devemos rejeitar de maneira resoluta a tendência direitista, antipopular, e redobrar a vigilância contra as maquinações dos imperialistas e seus lacaios. Ademais, há que combater também as pretensões dos oportunistas de esquerda. Agora, estes vociferam ruidosamente que há que estabelecer em nosso país o quanto antes o poder da ditadura do proletariado e realizar a revolução socialista. Isso, como ato ultra-esquerdista, que não leva em consideração nem a demanda objetiva do desenvolvimento social de nosso país nem o grau de preparação das massas populares, é uma tentativa muito perigosa que isolará nosso Partido das massas e minará a coesão nacional. O Partido Comunista deve opor-se de forma tangente aos pontos de vista e atitudes errôneos, tanto de esquerda como de direita, que existem na questão do estabelecimento do poder, e empreender, baseando-se em sua linha política, uma luta para solucionar acertadamente o problema do poder. Nosso Partido já apresentou a orientação de fundar uma República Popular Democrática que se ajuste à realidade concreta de nosso país e responda à demanda das massas populares. Devemos realizar os máximos esforços para criar uma República Popular Democrática, poder genuíno do povo. O governo da República Popular Democrática deve estar constituído por representantes do Partido Comunista, de outros partidos progressistas e patrióticos, e de todas classes e estratos do povo, exceto os elementos pró-japoneses e traidores da nação. Devem integrá-lo pessoas competentes e prestigiosas entre as massas, que possam trabalhar com probidade pelo bem do país e do povo e defender com lealdade os interesses deste. Só um poder assim poderá ser um instrumento poderoso da revolução para construir um Estado soberano e independente, rico e potente e ser um poder patriótico e popular que lute pelos interesses das amplas massas do povo. Para estabelecer uma República Popular Democrática há que começar por agrupar as massas. Embora o mesmo ocorra com todos os trabalho, o da construção do Poder popular, em particular, não pode ser realizado com êxito, sem ganhar as massas. A “República Popular”, que sustentam hoje alguns, foi fabricada por umas tantas pessoas da noite para o dia sem contar com nenhuma base de massas. Como um “poder” tal que tratam de estabelecer sem formar uma correta frente unida nacional nem ter uma base de massas poderá ser um poder de nosso povo? Depois de haver ganho as amplas massas devemos convocar uma reunião consultiva da frente unida nacional, dirigida por nosso Partido, e integrado pelos partidos políticos democráticos e organizações de massas: de trabalhadores, camponeses, jovens, mulheres, etc., para debater o assunto da constituição de um organismo central do poder. Deste modo, devemos procurar que nosso Poder esteja baseado firmemente na frente unida nacional formada com todos os partidos políticos e organizações sociais de caráter democrático. Somente um poder constituído sobre a base da frente unida nacional, composto pelas mais amplas forças patrióticas e democráticas de todas as classes e estratos da população poderá contar com o apoio e aprovação absolutos de todo o povo coreano e com o respaldo internacional, e cumprir corretamente sua missão histórica. Se constitui-se um governo sem uma base de massas, será igual a um castelo de areia e não poderá gozar do apoio das massas populares. Por isso, a orientação de nosso Partido é preparar uma base de massas do Poder popular formando uma sólida frente unida nacional democrática antes de formar o governo. Antes de tudo, devemos orientar nossa força principal a ganhar as massas. Todo o Partido, mobilizado, deve desenvolver energicamente o trabalho de agrupar as amplas massas de todas classes e estratos e esforçar-se para ganhar o maior número de pessoas que queira contribuir ao trabalho de construção do país. Assim, deve aglutinar solidamente na frente unida nacional não só os trabalhadores, camponeses e intelectuais, mas incluso os capitalistas nacionais honestos. Quando formemos uma sólida frente unida nacional democrática e ganhemos de verdade as amplas massas, poderemos frustrar todas as maquinações dos reacionários, constituir um genuíno governo do povo coreano e construir com êxito um Estado democrático, soberano e independente, rico e poderoso. Devemos formar essa frente, principalmente, com as organizações patrióticas e democráticas que lutam pelos interesses do país e da nação. Em nossa frente unida poderá aderir somente o partido mais revolucionário que representa, de verdade, os interesses nacionais do povo coreano, outros partidos políticos e organizações sociais de caráter nacional e democrático que se oponham de forma consequente ao imperialismo, à forças remanescentes do imperialismo japonês, e que desejam participar de maneira ativa nos trabalhos para cumprir as tarefas da revolução democrática de libertação nacional. Podemos formar uma frente unida nacional democrática com partidos como o Democrático. Enfatizo que, no seio dos partidos amigos, em parte, aparece os casos de vacilação no movimento revolucionário, assim como opiniões, amiúde, opostas. Porém, com vista à frente unida, devemos realizar nosso trabalho com os partidos amigos seguindo o principio de criticar e nos unir com eles. Se queremos ganhar as amplas massas e formar uma sólida frente unida nacional democrática, devemos criar prontamente diversas organizações de massas que compreendam as de todas as classes e estratos. Agora em todas regiões há diversas organizações de massas, porém carecem todavia de órgãos de direção centrais. Enquanto consolidemos os sindicatos operários e constituídos nas fábricas e empresas, devemos organizar o quanto antes seu órgão de direção central. Ademais, devemos fundar prontamente uma organização camponesa central que tenha um sistema estrutural unitário, assim como um agrupamento feminino unificado. Em particular, devemos impulsionar ativamente o trabalho de transformar a União da Juventude Comunista na União da Juventude Democrática, uma organização juvenil de caráter mais massivo. Essa transformação vem a ser uma medida muito importante para agrupar as amplas massas juvenis e ampliar e fortalecer ao máximo seu movimento. Se na complexa situação política que hoje impera em nosso país conservamos a UJC, uma organização juvenil limitada, isto pode impedir o movimento juvenil da Coreia e incluso fragmentá-lo. Se o orientamos através da UJC, os jovens trabalhadores podem dividir-se em vários grupos. Portanto, devemos criar uma organização juvenil democrática, capaz de reunir as amplas massas juvenis. Quase todos os jovens da Coreia são filhos e filhas do povo trabalhador, principalmente de operários e camponeses, os quais no passado, sob a dominação colonialista do imperialismo japonês, estiveram submetidos à uma cruel exploração e opressão sem desfrutar de liberdade nem direito algum. Consequentemente é possível aceitar na organização juvenil democrática unificada todos os jovens, rapazes e moças, salvo um escasso número de reacionários, e organizá-los e mobilizá-los para realizar a revolução democrática e a construção do país. Enquanto criamos as organizações de massas, devemos fortalecer a direção do Partido sobre elas. Especialmente, devemos prestar profunda atenção à direção sobre as organizações femininas. No momento nosso Partido deve orientá-las de forma acertada para que sejam apontadas principalmente a tarefa da alfabetização das mulheres, a erradicação dos caducos costumes feudais e a melhora de sua vida, assim como sua incorporação ativa na construção do país e empreendam uma luta enérgica por sua realização. Deve despertar e forjar as mulheres no curso desta luta. Criando as organizações de massas e fortalecendo a orientação delas, devemos agrupar firmemente em torno de nosso Partido as amplas massas de distintos estratos: trabalhadores, camponeses, jovens estudantes mulheres, etc.e assentar sólidas bases da frente unida nacional. Para formar uma sólida frente unida nacional democrática há que elevar o papel do Partido Comunista. No seio da frente unida, o Partido Comunista tem que desempenhar um papel ativo mantendo sua independência e assegurar firmemente sua direção sobre as massas. A este propósito há que reforçar as organizações do Partido e ampliar e fortalecer continuamente seu poderio. Ademais, devemos fazer com que todos militantes do Partido, com clara consciência da política da frente unida de nosso Partido, guiem ativamente as massas de todas as classes e estratos. Que realizem antes de tudo um bom trabalho com os partidos amigos, bem conscientes da política de nosso Partido com respeito a estes. Hoje, a formação da frente unida nacional em nosso país é uma tarefa apremiante que não se pode adiar nem um só momento. Devemos impulsionar com firmeza a luta para formá-la com solidez o quanto antes. Assim, sobre a base de uma compacta união das vastas forças patrióticas e democráticas, instauraremos uma República Popular Democrática, o genuíno poder tão desejado pelo povo. Para construir com êxito um poder democrático unificado é necessário acelerar os trabalhos preparatórios começando pela Coreia do Norte, onde foram criadas condições favoráveis para a construção de uma nova pátria. Devemos formar na Coreia do Norte uma frente unida nacional democrática, que abarque as grandes forças patrióticas e democráticas de distintas classes e estratos e criar sobre esta base um órgão do poder central, de caráter provisório, que possa representar os interesses do povo. Este poder provisório terá que atrair com segurança para o lado da revolução as amplas massas populares e assentar sólidas bases para fundar um governo central unificado ao por em prática diversas medidas populares e democráticas como a solução correta do problema da terra, o restabelecimento e desenvolvimento das indústrias, a estabilização e a melhora da vida do povo, o estabelecimento da ordem pública, por em vigência um sistema eleitoral democrático, etc. Como trabalho preparatório para fundar o órgãos central do poder provisório na Coreia do Norte, tomamos uma medida concreta para organizar os departamentos administrativos, enquanto criávamos os comitês populares em todas as regiões. Os departamentos administrativos que serão organizados, deverão dirigir os ramos econômicos respectivos, estabelecer os vínculos entre todas as províncias da Coreia do Norte e por fim à ordem caótica reinante. No futuro, baseados nos consolidados órgãos locais do Poder popular e departamentos administrativos, devemos fundar um órgãos central do poder, de caráter provisório, como possa ser o Comitê Popular Provisório da Coreia do Norte, e assentar os firmes cimentos para fundar um governo central unificado. Para terminar, gostaria de referir-me, laconicamente, ao problema da terra apresentado na sessão de hoje. A solução do problema da terra é tarefa primordial na revolução democrática anti-imperialista e antifeudal. Só se resolvido com acerto este problema será possível tirar as massas camponesas do atraso e miséria seculares, liquidando as relações feudais de produção que são manilhas ao desenvolvimento de nossa sociedade, e construir uma nova Coreia democrática. Por isso, nosso Partido deve aplicar grande força a solucionar o problema da terra. Pensamos em confiscar no futuro as terras dos latifundiários e reparti-las entre os peões rurais e camponeses pobres. No que diz respeito a estas terras, devemos outorgar aos camponeses só o direito a cultivá-las, mas não o de vender ou comprar. Só assim poderemos impedir o ressurgimento do sistema de exploração no campo e realizar o desejo secular de nossos camponeses de tornarem-se donos da terra. Para uma correta solução do problema da terra é preciso preparar bem, politicamente, os camponeses Desenvolvendo no campo a luta pela implantação do sistema de pagamento do arrendamento de 30% da colheita devemos despertar os camponeses para que eles mesmos demandem com veemência a terra. Mediante seu órgão de imprensa e seus militantes, nosso Partido deverá intensificar o trabalho propagandístico para que os camponeses se incorporem ativamente à luta para obter a terra. Devemos admitir no Partido um grande número de peões agrícolas e camponeses pobres, provados e forjados no curso da luta para resolver o problema da terra, ampliar e consolidar as organizações camponesas. Camaradas Nosso Partido carrega sob seus ombros a pesa da responsabilidade de dirigir a revolução coreana, e os destinos da pátria e do povo dependem de sua atividade. Também, ou êxito ou não da causa da construção do país que afrontamos hoje em dia, depende de como nosso Partido luta. Profundamente conscientes desta tarefa histórica que o Partido tem ante de si, devemos promover com afinco a luta para vencer todos os obstáculos e dificuldades que surjam no caminho da construção do país, e esforçar-nos todas as energias para cumprir as honrosas tarefas revolucionárias assumidas para edificar uma nova pátria.

Camaradas: A fim de lograr a plena soberania e independência do país e levar a feliz término a revolução coreana urge solucionar a questão do Poder. Mesmo que agora os comitês populares estejam organizados e trabalhem em todas regiões, não foi criado ainda um organismo central do poder. Todas as classes e estratos do povo, que amam o país e a nação, desejam com fervor estabelecer o quanto antes um governo central e construir um Estado democrático, soberano e independente. Devemos impulsionar o trabalho de seu estabelecimento organizando e mobilizando com acerto as amplas massas que ardem de entusiasmo para construir o país. Mas, não debemos formar sem razão um governo qualquer alegando que é necessário resolver prontamente a questão do Poder. Lutar por uma acertada solução deste problema é um dever sagrado que nós, os comunistas, temos. O tipo de Poder que se estabeleça em nosso país, emancipado da dominação colonialista do imperialismo japonês, é um problema muito importante de que depende o destino futuro do país e da nação. Se estabelece-se na Coreia um governo antipopular como o que propõem os elementos pró-japoneses e os traidores da nação, não só não será possível lograr a prosperidade do país e da nação, como também nossa pátria se verá convertida de novo em uma colônia do imperialismo. Todo o povo coreano, que depois da libertação empreendeu o caminho da edificação de uma nova pátria, reclama o estabelecimento de um genuíno governo do povo, capaz de lograr a prosperidade e o desenvolvimento da pátria e assegurar-lhe uma vida ditosa. É uma demanda legítima do povo coreano que esteve por longo tempo privado de seu Estado e submetido à uma cruel opressão e exploração por parte dos agressores imperialistas japoneses. Devemos realizar todos os preparativos para estabelecer um governo democrático que concorde com a vontade de todo o povo. Porém, desprezando a vontade das massas populares, alguns tratam de formar um governo antipopular. Agora, certos indivíduos sustentam que há que reconhecer a chamada “República Popular” constituída em Seul por uns tantos sujeitos, porém nós não podemos de nenhuma maneira reconhecer tal “governo”. Nos opomos a esta “República Popular” porque não pode ser um governo que lute pelos interesses do povo coreano. A “República Popular” está composta por pessoas que não contam com o apoio de nosso povo. Liderada por Syngman Rhee, um sujeito anticomunista e pró-ianque, está composta por pró-japoneses, traidores da nação e faccionalistas pseudo-revolucionários, deixando marginados os verdadeiros comunistas, autênticos patriotas. É claro que um “governo” assim não pode ser um poder que defenda os interesses das massas populares. Em poucas palavras, só podemos reconhecer a “República Popular” como um poder burguês antipopular a serviço das minorias das classes privilegiadas. Como vamos nós, os comunistas, apoiar um “governo” desses? Não podemos reconhecer a “República Popular” como poder de nosso povo nem somos obrigados a fazê-lo. A insistência em que é necessário prestar apoio à “República Popular” é, no fim das contas, um ato direitista de capitulação tendente a renunciar à direção do poder, a arma principal da revolução, pelo Partido, e cedê-lo aos reacionários, e é ademais um ato antipopular para impedir que se estabeleça um genuíno governo do povo. Não devemos morder a isca das intrigas dos imperialistas, relativas ao estabelecimento do poder. Agora, estes, com todo tipo de artimanhas, tratam de estabelecer com seus lacaios um governo reacionário em nosso país, e assim converter de novo nosso povo em seu escravo colonial. Se nestas condições aprovamos um governo anticomunista e antipopular, isso não só será trair as aspirações nacionais do povo coreano, mas também ajudar os imperialistas em sua política de escravização colonial. Na questão relacionada com o estabelecimento do poder devemos rejeitar de maneira resoluta a tendência direitista, antipopular, e redobrar a vigilância contra as maquinações dos imperialistas e seus lacaios. Ademais, há que combater também as pretensões dos oportunistas de esquerda. Agora, estes vociferam ruidosamente que há que estabelecer em nosso país o quanto antes o poder da ditadura do proletariado e realizar a revolução socialista. Isso, como ato ultra-esquerdista, que não leva em consideração nem a demanda objetiva do desenvolvimento social de nosso país nem o grau de preparação das massas populares, é uma tentativa muito perigosa que isolará nosso Partido das massas e minará a coesão nacional. O Partido Comunista deve opor-se de forma tangente aos pontos de vista e atitudes errôneos, tanto de esquerda como de direita, que existem na questão do estabelecimento do poder, e empreender, baseando-se em sua linha política, uma luta para solucionar acertadamente o problema do poder. Nosso Partido já apresentou a orientação de fundar uma República Popular Democrática que se ajuste à realidade concreta de nosso país e responda à demanda das massas populares. Devemos realizar os máximos esforços para criar uma República Popular Democrática, poder genuíno do povo. O governo da República Popular Democrática deve estar constituído por representantes do Partido Comunista, de outros partidos progressistas e patrióticos, e de todas classes e estratos do povo, exceto os elementos pró-japoneses e traidores da nação. Devem integrá-lo pessoas competentes e prestigiosas entre as massas, que possam trabalhar com probidade pelo bem do país e do povo e defender com lealdade os interesses deste. Só um poder assim poderá ser um instrumento poderoso da revolução para construir um Estado soberano e independente, rico e potente e ser um poder patriótico e popular que lute pelos interesses das amplas massas do povo. Para estabelecer uma República Popular Democrática há que começar por agrupar as massas. Embora o mesmo ocorra com todos os trabalho, o da construção do Poder popular, em particular, não pode ser realizado com êxito, sem ganhar as massas. A “República Popular”, que sustentam hoje alguns, foi fabricada por umas tantas pessoas da noite para o dia sem contar com nenhuma base de massas. Como um “poder” tal que tratam de estabelecer sem formar uma correta frente unida nacional nem ter uma base de massas poderá ser um poder de nosso povo? Depois de haver ganho as amplas massas devemos convocar uma reunião consultiva da frente unida nacional, dirigida por nosso Partido, e integrado pelos partidos políticos democráticos e organizações de massas: de trabalhadores, camponeses, jovens, mulheres, etc., para debater o assunto da constituição de um organismo central do poder. Deste modo, devemos procurar que nosso Poder esteja baseado firmemente na frente unida nacional formada com todos os partidos políticos e organizações sociais de caráter democrático. Somente um poder constituído sobre a base da frente unida nacional, composto pelas mais amplas forças patrióticas e democráticas de todas as classes e estratos da população poderá contar com o apoio e aprovação absolutos de todo o povo coreano e com o respaldo internacional, e cumprir corretamente sua missão histórica. Se constitui-se um governo sem uma base de massas, será igual a um castelo de areia e não poderá gozar do apoio das massas populares. Por isso, a orientação de nosso Partido é preparar uma base de massas do Poder popular formando uma sólida frente unida nacional democrática antes de formar o governo. Antes de tudo, devemos orientar nossa força principal a ganhar as massas. Todo o Partido, mobilizado, deve desenvolver energicamente o trabalho de agrupar as amplas massas de todas classes e estratos e esforçar-se para ganhar o maior número de pessoas que queira contribuir ao trabalho de construção do país. Assim, deve aglutinar solidamente na frente unida nacional não só os trabalhadores, camponeses e intelectuais, mas incluso os capitalistas nacionais honestos. Quando formemos uma sólida frente unida nacional democrática e ganhemos de verdade as amplas massas, poderemos frustrar todas as maquinações dos reacionários, constituir um genuíno governo do povo coreano e construir com êxito um Estado democrático, soberano e independente, rico e poderoso. Devemos formar essa frente, principalmente, com as organizações patrióticas e democráticas que lutam pelos interesses do país e da nação. Em nossa frente unida poderá aderir somente o partido mais revolucionário que representa, de verdade, os interesses nacionais do povo coreano, outros partidos políticos e organizações sociais de caráter nacional e democrático que se oponham de forma consequente ao imperialismo, à forças remanescentes do imperialismo japonês, e que desejam participar de maneira ativa nos trabalhos para cumprir as tarefas da revolução democrática de libertação nacional. Podemos formar uma frente unida nacional democrática com partidos como o Democrático. Enfatizo que, no seio dos partidos amigos, em parte, aparece os casos de vacilação no movimento revolucionário, assim como opiniões, amiúde, opostas. Porém, com vista à frente unida, devemos realizar nosso trabalho com os partidos amigos seguindo o principio de criticar e nos unir com eles. Se queremos ganhar as amplas massas e formar uma sólida frente unida nacional democrática, devemos criar prontamente diversas organizações de massas que compreendam as de todas as classes e estratos. Agora em todas regiões há diversas organizações de massas, porém carecem todavia de órgãos de direção centrais. Enquanto consolidemos os sindicatos operários e constituídos nas fábricas e empresas, devemos organizar o quanto antes seu órgão de direção central. Ademais, devemos fundar prontamente uma organização camponesa central que tenha um sistema estrutural unitário, assim como um agrupamento feminino unificado. Em particular, devemos impulsionar ativamente o trabalho de transformar a União da Juventude Comunista na União da Juventude Democrática, uma organização juvenil de caráter mais massivo. Essa transformação vem a ser uma medida muito importante para agrupar as amplas massas juvenis e ampliar e fortalecer ao máximo seu movimento. Se na complexa situação política que hoje impera em nosso país conservamos a UJC, uma organização juvenil limitada, isto pode impedir o movimento juvenil da Coreia e incluso fragmentá-lo. Se o orientamos através da UJC, os jovens trabalhadores podem dividir-se em vários grupos. Portanto, devemos criar uma organização juvenil democrática, capaz de reunir as amplas massas juvenis. Quase todos os jovens da Coreia são filhos e filhas do povo trabalhador, principalmente de operários e camponeses, os quais no passado, sob a dominação colonialista do imperialismo japonês, estiveram submetidos à uma cruel exploração e opressão sem desfrutar de liberdade nem direito algum. Consequentemente é possível aceitar na organização juvenil democrática unificada todos os jovens, rapazes e moças, salvo um escasso número de reacionários, e organizá-los e mobilizá-los para realizar a revolução democrática e a construção do país. Enquanto criamos as organizações de massas, devemos fortalecer a direção do Partido sobre elas. Especialmente, devemos prestar profunda atenção à direção sobre as organizações femininas. No momento nosso Partido deve orientá-las de forma acertada para que sejam apontadas principalmente a tarefa da alfabetização das mulheres, a erradicação dos caducos costumes feudais e a melhora de sua vida, assim como sua incorporação ativa na construção do país e empreendam uma luta enérgica por sua realização. Deve despertar e forjar as mulheres no curso desta luta. Criando as organizações de massas e fortalecendo a orientação delas, devemos agrupar firmemente em torno de nosso Partido as amplas massas de distintos estratos: trabalhadores, camponeses, jovens estudantes mulheres, etc.e assentar sólidas bases da frente unida nacional. Para formar uma sólida frente unida nacional democrática há que elevar o papel do Partido Comunista. No seio da frente unida, o Partido Comunista tem que desempenhar um papel ativo mantendo sua independência e assegurar firmemente sua direção sobre as massas. A este propósito há que reforçar as organizações do Partido e ampliar e fortalecer continuamente seu poderio. Ademais, devemos fazer com que todos militantes do Partido, com clara consciência da política da frente unida de nosso Partido, guiem ativamente as massas de todas as classes e estratos. Que realizem antes de tudo um bom trabalho com os partidos amigos, bem conscientes da política de nosso Partido com respeito a estes. Hoje, a formação da frente unida nacional em nosso país é uma tarefa apremiante que não se pode adiar nem um só momento. Devemos impulsionar com firmeza a luta para formá-la com solidez o quanto antes. Assim, sobre a base de uma compacta união das vastas forças patrióticas e democráticas, instauraremos uma República Popular Democrática, o genuíno poder tão desejado pelo povo. Para construir com êxito um poder democrático unificado é necessário acelerar os trabalhos preparatórios começando pela Coreia do Norte, onde foram criadas condições favoráveis para a construção de uma nova pátria. Devemos formar na Coreia do Norte uma frente unida nacional democrática, que abarque as grandes forças patrióticas e democráticas de distintas classes e estratos e criar sobre esta base um órgão do poder central, de caráter provisório, que possa representar os interesses do povo. Este poder provisório terá que atrair com segurança para o lado da revolução as amplas massas populares e assentar sólidas bases para fundar um governo central unificado ao por em prática diversas medidas populares e democráticas como a solução correta do problema da terra, o restabelecimento e desenvolvimento das indústrias, a estabilização e a melhora da vida do povo, o estabelecimento da ordem pública, por em vigência um sistema eleitoral democrático, etc. Como trabalho preparatório para fundar o órgãos central do poder provisório na Coreia do Norte, tomamos uma medida concreta para organizar os departamentos administrativos, enquanto criávamos os comitês populares em todas as regiões. Os departamentos administrativos que serão organizados, deverão dirigir os ramos econômicos respectivos, estabelecer os vínculos entre todas as províncias da Coreia do Norte e por fim à ordem caótica reinante. No futuro, baseados nos consolidados órgãos locais do Poder popular e departamentos administrativos, devemos fundar um órgãos central do poder, de caráter provisório, como possa ser o Comitê Popular Provisório da Coreia do Norte, e assentar os firmes cimentos para fundar um governo central unificado. Para terminar, gostaria de referir-me, laconicamente, ao problema da terra apresentado na sessão de hoje. A solução do problema da terra é tarefa primordial na revolução democrática anti-imperialista e antifeudal. Só se resolvido com acerto este problema será possível tirar as massas camponesas do atraso e miséria seculares, liquidando as relações feudais de produção que são manilhas ao desenvolvimento de nossa sociedade, e construir uma nova Coreia democrática. Por isso, nosso Partido deve aplicar grande força a solucionar o problema da terra. Pensamos em confiscar no futuro as terras dos latifundiários e reparti-las entre os peões rurais e camponeses pobres. No que diz respeito a estas terras, devemos outorgar aos camponeses só o direito a cultivá-las, mas não o de vender ou comprar. Só assim poderemos impedir o ressurgimento do sistema de exploração no campo e realizar o desejo secular de nossos camponeses de tornarem-se donos da terra. Para uma correta solução do problema da terra é preciso preparar bem, politicamente, os camponeses Desenvolvendo no campo a luta pela implantação do sistema de pagamento do arrendamento de 30% da colheita devemos despertar os camponeses para que eles mesmos demandem com veemência a terra. Mediante seu órgão de imprensa e seus militantes, nosso Partido deverá intensificar o trabalho propagandístico para que os camponeses se incorporem ativamente à luta para obter a terra. Devemos admitir no Partido um grande número de peões agrícolas e camponeses pobres, provados e forjados no curso da luta para resolver o problema da terra, ampliar e consolidar as organizações camponesas. Camaradas Nosso Partido carrega sob seus ombros a pesa da responsabilidade de dirigir a revolução coreana, e os destinos da pátria e do povo dependem de sua atividade. Também, ou êxito ou não da causa da construção do país que afrontamos hoje em dia, depende de como nosso Partido luta. Profundamente conscientes desta tarefa histórica que o Partido tem ante de si, devemos promover com afinco a luta para vencer todos os obstáculos e dificuldades que surjam no caminho da construção do país, e esforçar-nos todas as energias para cumprir as honrosas tarefas revolucionárias assumidas para edificar uma nova pátria.

Discurso proferido por Kim Il Sung na II Reunião Ampliada do Comitê Executivo do Comitê Central Organizador do Partido Comunista da Coreia do Norte, em 15 de novembro de Juche 34 (1945).

Tradução do blog A Voz do Povo de 1945

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