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Carta Final da campanha Brasil: pela Segunda e Definitiva Independência



Há pouco mais de 3 anos, por iniciativa da Célula Comunista de Trabalhadores (CCT), União Reconstrução Comunista (URC) e outros agrupamentos, era criada a campanha Brasil: pela Segunda e Definitiva Independência. O objetivo era partir do mote dos 200 anos da declaração da independência do nosso país para denunciar o que óbvio: o Brasil é um país dominado pelo imperialismo que nunca pode ser independente de fato.


Na ocasião do lançamento da campanha já denunciávamos um cenário que se agudizou em 2022: o rebaixamento programático da chamada “esquerda” da ordem, levada pelo seu oportunismo e reformismo se resumiu a uma oposição passiva ao governo atual, esperando a salvação das eleições e ignorando a urgência da questão nacional e da luta anti-imperialista na conjuntura de mais uma crise do capitalismo mundial, ignorando qualquer possibilidade de levar a cabo uma luta patriótica em defesa do Brasil diante da pilhagem estrangeira; do outro, o governo de Bolsonaro, bancado pelos militares formados nas escolas ianques, aprofundou seu caráter antinacional e fantoche, avançando a etapa final o processo, há tempo em andamento, de entrega da nossa soberania e das nossas riquezas às mãos estrangeiras.


Diante disso, o trabalho da campanha nestes anos de resgatar a necessidade da luta patriótica e anti-imperialista se mostrou acertada, uma vez que a esquerda entregou os símbolos nacionais ao reacionarismo sem resistência e se negou a pautar a luta de libertação nacional contra o imperialismo ianque, enquanto o bolsonarismo se aproveitou da sua demagogia verde e amarela para usar o 7 de setembro para seus interesses eleitoreiros.


A campanha Brasil: pela Segunda e Definitiva Independência se encerra com a data dos 200 anos, mas não as tarefas que se impõem a partir disso.


A diária e evidente putrefação do velho Estado burguês-latifundiário brasileiro e a crise geral que abate o nosso país e condena os brasileiros e brasileiras a uma vida miserável e sem quaisquer perspectivas, entregues a todo tipo de sofrimentos, reafirma a tarefa fundamental para os verdadeiros patriotas e revolucionários de compreender concretamente as verdadeiras causas da condição de país dominado do Brasil, de se livrar de ilusões de um ou outro salvador e de reconhecer quem são os nossos verdadeiros inimigos.


Vivemos mais um momento crítico da história do Brasil, mas não diferente do que se passa nesses mais de 500 anos desde a chegada dos colonizadores. Mudam-se os protagonistas da opressão nacional, mas seguimos como um povo privado de sua soberania e superexplorados para garantir os lucros alheios.


A fome, a miséria, o desemprego, o assassinato de indígenas e camponeses, o racismo, a violência contra a mulher, a falta de educação, o pouco acesso a saúde, enfim, os inúmeros problemas que afetam os nossos irmãos e irmãs não são frutos de uma má administração ou acaso, faz parte do funcionamento da dominação imperialista, que necessita condenar centenas de milhares de pessoas a uma vida indigna e miserável para que poucos sigam garantindo seus interesses.


Por isso é necessário seguir a luta, denunciar que sempre estivemos submetidos aos interesses estrangeiros, seja por meios econômicos, políticos, culturais ou ideológicos, e que as classes dominantes – o latifúndio e a burguesia burocrática-compradora – são meros fantoches do imperialismo estadunidense, que oprimem nosso povo em troca de migalhas do amo do Norte. Assim, o chamado Estado democrático de Direito brasileiro, nascido a partir da concessão dos militares e das classes dominantes na década de 80, não nasceu para garantir os interesses dos trabalhadores do nosso país, mas para garantir que se mudasse, para tudo seguir como estava.


As razões que fomentaram a criação da campanha Brasil: pela Segunda e Definitiva Independência seguem vigentes e por isso as organizações e os militantes que construíram o trabalho da campanha seguirão lutando em outras frentes, mas com a bandeira da luta de libertação nacional do Brasil no alto, para que sigamos fomentando a luta anti-imperialista e demonstrando as massas brasileiras que somente o socialismo poderá garantir um programa para um Brasil independente, soberano e digno.


7 de setembro de 2022



SEGUE DOCUMENTO PRODUZIDO PELA CAMPANHA SOBRE O TRABALHO REALIZADO



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HISTÓRIA DAS
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