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Polícia impõe cerco e ameaça camponeses em Rondônia



Os camponeses do Acampamento Tiago dos Santos, localizado no distrito de Nova Mutum Paraná, na região de Porto Velho (RO), estão sendo cercados de forma ilegal pela polícia militar do governador Marcos Rocha (PSL). Segundo denúncia trazida pelo jornal Resistência Camponesa, os policiais estariam impedindo a entrada e saída dos camponeses e apoiadores, além da entrada de mantimentos básicos. Já começa a faltar comida, incluso leite para alimentar as crianças, conforme vídeo postado pelos próprios camponeses.


O acampamento Tiago dos Santos é moradia de mais de 600 famílias, mais de 2000 pessoas, entre homens, mulheres e crianças. Organizados pela Liga dos Campones Pobres, essas famílias lutam pela posse da terra em uma área pública, ilegalmente tomada pelo latifundiário Antônio Martins dos Santos, investigado por envolvimento em fraudes para grilagem de terras, que teriam gerado lucros de no mínimo R$ 300 milhões.

Esse ataque começou após uma forte campanha da mídia à serviço do latifúndio contra os moradores do acampamento. O estopim para o episódio foi o assassinato de dois policiais no já referido distrito, ainda que em áreas dezenas de quilômetros distantes do acampamento. Na nota da Liga, também reproduzida em nosso site, são negadas todas as acusações, sendo afirmado que o ocorrido teria sido causado por “trapalhadas, acertos de contas e fracassos destes guaxebas que usam farda”.


Como admitem até mesmo certos artigos covardes da imprensa latifundiária do Estado de Rondônia – que incitam abertamente o massacre dos camponeses, chamando-os de “criminosos” e “assassinos” – não existem provas para nenhuma das acusações. O que existe é um velho ódio contra os camponeses pobres, impulsionado por latifundiários e compartilhado por políticos sabujos, jornais vendidos e policiais ensinados a odiar os movimentos populares.


Como os cães de guarda dos latifundiários que são, os Bolsonaro também incitaram o massacre dos camponeses. Alguns dias atrás, o fascista Jair Bolsonaro postou em uma de suas redes sociais um vídeo da Liga, de outra ocasião e localidade, sem citar o contexto, em que os camponeses expulsavam a tiros de espingarda policiais que ameaçavam suas famílias. Seu filho Flávio Bolsonaro, mais conhecido por seus esquemas de corrupção, visitou ontem (09/10) o distrito onde está sendo realizado o cerco. A família do presidente parece estar diretamente engajada na campanha contra os camponeses.


Sabemos também que forças de repressão, incluindo a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), monitoram e espionam a Liga dos Camponeses Pobres. Ainda durante o governo de Michel Temer, sabe-se que o General Sérgio Etchegoyen ficou responsável por tal monitoramento (atualmente, quem dirige o GSI é Alexandre Ramagem, homem de confiança da família Bolsonaro). A justificativa na época era de que o Exército, que na ocasião já havia dado grandes passos em direção ao controle de partes essenciais do Estado, não queria ser “pego desprevenido” por manifestações populares. Não temos nenhum motivo para pensar que essa situação tenha se alterado durante o atual governo, antes acreditamos que a tendência é que essa prática tenha sido incentivada e aprofundada.


Nós do Nova Cultura e da União Reconstrução Comunista nos solidarizamos integralmente com os camponeses do Acampamento Tiago dos Santos. Seguiremos denunciando mais essa tentativa de criminalizar e desmoralizar pelos métodos mais brutais e covardes a tão necessária luta pela terra em nosso país.

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