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"Aumenta o tráfico de mulheres no mundo"


As proporções internacionais que alcançou o tráfico de seres humanos, em especial de mulheres e crianças, são comparáveis com as da escravidão. Este fenômeno, que golpeia principalmente grupos em condições de extrema necessidade, é facilitado pela falta de uma distribuição equitativa de recursos, bens e serviços, a pobreza, fome, desemprego, analfabetismo, não acesso a fontes de recursos, migrações e deslocamentos em conflitos políticos e armados.

O tráfico de pessoas cobre o mercado da exploração sexual, tanto a prostituição como a pornografia e outras formas de escravidão sexual, assim como o trabalho forçado em condições de escravidão, a integração a associações ilícitas o recrutamento por parte dos grupos armados. As pessoas traficadas enfrentam constantes privações de direitos, maus tratos, extrema crueldade e outras humilhações.

A complexidade do tratamento de seres humanos pese que seja um problema histórico se amplia estruturalmente com o pulso econômico mundial. As políticas de ajustes e os tratados de livre comércio, são os instrumentos que facilitam a mão de obra barata e não declarada. Isto não escapa ao mercado mundial do sexo onde mulheres, meninas e meninos são explorados no trabalho sexual e na pornografia.

Ainda que as demandas de emprego cresçam em relação as novas tecnologias de produção, no mercado internacional as mulheres ficam relegadas por falta de oportunidades, de capacitação e educação entre outros. 60% dos aproximadamente 900 milhões de analfabetos no mundo são mulheres, segundo dados da UNESCO. Em países latino-americanos como Haiti se registra 80% de analfabetismo, na Bolívia 50% e no Peru 45%.

Susana Chiaroti, consultora da Unidade Mulher e Desenvolvimento da Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (CEPAL), destaca que o tráfico de mulheres na América Latina cobre especialmente a demanda mais ampla no mercado internacional, no qual se envolvem redes europeias e asiáticas, mas sobretudo do Japão.

Segundo organizações não governamentais (ONGs) da União Europeia, aproximadamente 700 mil mulheres e crianças chegam ao continente conduzidas por organizações que atuam com seres humanos. Consideram que a cifra aumenta se levar em conta fins de exploração laboral.

Situação da América

O tráfico de mulheres e a prostituição na América Latina se remonta à época da conquista quando espanhóis, em cumprimento da lei de guerra, tomavam ou entregavam as mulheres ao vencedor, dando origem ao comércio sexual e criando estabelecimentos para seu exercício.

Na América Latina, o tráfico de crianças e mulheres consiste em pessoas enganadas e obrigadas por traficantes a trabalhar contra sua vontade e em condições de escravidão. Bandos organizados de traficantes utilizam métodos violentos, garantindo a intimidação das vítimas e a impunidade dos seus delitos. Em alguns casos os denunciantes são assassinados ao iniciar o processo e, em outros, as vítimas são localizadas e recrutadas novamente.

O tráfico interno concentra-se principalmente na população infantil e adolescente, ou em mães solteiras jovens. A média de idade varia de 9 a 17 anos; as vítimas vêm de povos situações nas zonas mais pobres de cada país, de onde são transferidas e obrigadas a exercer a prostituição. Em alguns casos são vendidas aos donos de prostíbulos ou estabelecimentos similares, passando a ser propriedade exclusiva de quem as adquire.

O tráfico internacional

Este atende uma demanda mais ampla, está relacionado diretamente com redes europeias que tem suas bases de operação e recrutamento de mulheres no Brasil, Suriname, Colômbia, República Dominicana e as Antilhas, para os centros de distribuição localizados na Espanha, Grécia, Alemanha, Bélgica e Holanda.

No caso latino-americano e caribenho, as redes de traficantes criaram outras modalidades de comércio que não está tipificado como um “verdadeiro tráfico”, as mulheres sabem de antemão qual será seu trabalho na Europa; contudo, desconhecem quais serão as exigências do dito mercado sexual. Quando enfrentam a realidade e se resistem a aceitar seu novo trabalho, são pressionadas e forçadas a realizá-lo.

As mulheres estão na faixa etária de 19 a 25 anos, seus estudos são de nível fundamental ou de ensino médio interrompido, seu estrato social é médio e baixo. Em alguns casos, seu primeiro contato sexual se dá com clientes europeus e, em outros, são mães solteiras sem experiência anterior na prostituição.

Para o recrutamento, as redes organizadas montaram seus centros de operações principalmente na região norte do Brasil, na região central e sudoeste da Colômbia e na República Dominicana, países de procedência da maioria das mulheres. Estas mesmas redes ampliaram seu campo de ação até o Uruguai e Venezuela. Suriname e as Antilhas são utilizadas como trânsito para as mulheres que vão para a Europa destinadas a este tipo de trabalho, assim como para as que regressam a seus países de origem.

Do Instituto del Tercer Mundo

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