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A bancarrota de Porto Rico e o anseio de independência


Nos últimos anos alguns países europeus têm sofrido duramente com o corte de salários, de direitos trabalhistas e privatizações em várias áreas, como saúde e educação, que, desta forma, em nome do pagamento de dívidas ilegítimas e de legalidade dúbia vem destruindo a vida de milhões de pessoas nesses países.


Situação bastante semelhante ocorre em um país latino-americano, mas praticamente não se fala sobre isso na grande mídia ligada ao imperialismo. Porto Rico, uma colônia dos EUA, passa desde 2008 por uma crise econômica gravíssima que provoca uma taxa de desemprego de mais de 13%. No dia 29 de Junho em pronunciamento na TV, o governador do arquipélago Alejandro Garcia Padilla declarou que a dívida de US$ 78 bilhões (80% do PIB) é impagável.


Porto Rico é um arquipélago localizado no caribe a leste da República Dominicana, foi colônia espanhola do século XVI até 1898 quando foi conquistada pelos EUA (assim como Cuba e Filipinas) durante a guerra hispano-americana, convertendo-se assim em colônia estadunidense.


Até hoje o sistema colonial de comércio exclusivo com a metrópole ainda vigora. Além disso, não controla sua moeda (o dólar) e o seu chefe de estado é o presidente dos EUA, mas o povo não pode participar das eleições presidenciais (a não ser que sejam residentes em solo estadunidense). Elegem apenas o governador, que tem poderes limitados, de modo que que em muitos assuntos internos necessita pedir autorização do Congresso estadunidense, ainda que a ilha tenha direito de eleger um único congressista.


O status colonial de Porto Rico força o país a pagar as “obrigações” da dívida antes de pagar as obrigações do Estado, por esse fato, o governo colonial está cortando salários, benefícios sociais (dos quais 40% da população são dependentes devido aos baixos salários e péssimas condições econômicas anteriores), demissões em massa dos funcionários públicos, além da privatização de várias empresas e do sistema de educação pública.


Essa situação catastrófica está avivando o desejo do povo porto-riquenho pela sua independência, mesmo sob terror psicológico que a mídia pró-EUA vem fazendo ao dizer que a independência de Porto Rico o levaria ao “caos”.


As crises da dívida externa dos países europeus periféricos e de Porto Rico é uma amostra de que esse mecanismo de dívida externa é uma ferramenta da implantação da desastrada política neoliberal que só beneficia os banqueiros, que como abutres destroem a vida das populações desses países. No caso de Porto Rico além da destruição causada pela dívida, que o próprio governador colonial assume que é impagável, se soma a isso a situação humilhante que os EUA impõem aos porto-riquenhos pelo sistema colonial em pleno vigor. Somente a independência e o natural não pagamento dessa abusiva e ilegítima dívida podem trazer um pouco de folego ao sofrido povo porto-riquenho.

por Diego Gregório

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