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"A vida revolucionária de Augusto César Sandino"


No 18 de maio se comemora o natalício de Augusto Sandino, revolucionário nicaraguense, líder da resistência contra o exército de ocupação estadunidense na primeira metade do século XX.

Nasceu em Niquinohomo, departamento de Masaya, em 18 de maio de 1895. Foi filho de Gregorio Sandino, um endinheirado fazendeiro do café e Margarita Calderón, uma indígena que trabalhava na plantação do seu pai.

Aos 9 anos foi enviado para viver com a família do seu pai, onde trabalhou como peão na plantação para ganhar a vida.

Em 1912, o jovem Sandino presenciou a primeira intervenção das tropas estadunidenses na Nicarágua, em uma sublevação liberal-conservadora contra o presidente Adolfo Díaz, que era apoiado pelos EUA.

O general liberal Benjamín Zeledón enfrentou os invasores e morreu em combate. Sandino tinha 17 anos e ficou muito impressionado com a imagem do patriota.

O começo da luta armada

Em 1921, Sandino se viu obrigado a sair do país após balear Dagoberto Rivas, filho de um destacado conservador do povo, depois de que este fizera comentários ruins sobre sua mãe. Foi peão em diversas plantações na Nicarágua, Honduras e México. Durante sua estadia no México, Sandino se vinculou com líderes de diversos grupos sindicalistas, operários, socialistas e anarquistas.

Conhece as lutas sindicais e a agressão estadunidense contra o México para conseguir o domínio de depósitos petrolíferos, assim como a Revolução mexicana e as constantes lutas da classe trabalhadora.

Em 1925, após 13 anos de ocupação estadunidense na Nicarágua o exército invasor retirou suas tropas. Em outubro deste ano ocorreu o golpe militar do general Emiliano Chamorro ao presidente Carlos José Solórzano (do Partido Conservador). Tropas norte-americanas desembarcaram novamente em Bluefields. Sandino, ao tomar conhecimento do início da Guerra Constitucionalista, decide retornar a Nicarágua, onde chegou em 1º de junho.

Em 26 de outubro de 1926 junto com trabalhadores das minas de San Albino se levantou em armas, unindo-se à causa constitucionalista.

Organizou seus combatentes e dirigiu um ataque contra o quartel conservador no povoado de El Jícaro em 2 de novembro de 1926.

Após esta vitória em combate, Sandino foi reconhecido pelos chefes militares liberais e designado General do Exército de Las Segovias, onde estabeleceu sua base de operações.

Guerra de Sandino contra o exército estadunidense

Com apenas 30 homens, Sandino começou uma guerra nacional contra os invasores estadunidenses e o governo entreguista de José María Moncada.

Em 2 de setembro de 1927, foi constituído o Exército Defensor da Soberania Nacional da Nicarágua.

Após intensas lutas e sem conseguir derrota-lo, o governo estadunidense de Herbert C. Hoover, ordenou a retirada das tropas na Nicarágua.

Com a eleição de Franklin D. Roosevelt se iniciou a negociação de paz com o governo estadunidense. Sandino enviou ao novo presidente liberal, Juan Bautista Sacasa uma proposta de paz, a qual foi aceita. Em 2 de fevereiro de 1933 oficialmente terminou a guerra.

O assassinato de Sandino

Em 21 de fevereiro de 1934, após participar de um jantar em La Loma (Palácio Presidencial), junto com o escritor Sofonías Salvatierra (ministro de Agricultura de Sacasa) e seus tenentes, generais Francisco Estrada e Juan Pablo Umanzor, convidados por Juan Bautista Sacasa, foi preso pelo major Lisandro Delgadillo, que os conduziu ao cárcere de El Hormiguero.

Os três generais, Sandino, Estrada e Umanzor foram assassinados às onze da noite pelos efetivos do batalhão que os tinha em custódia.

Dois anos depois, Anastasio Somoza tomava as rédeas da Nicarágua, derrotando ao presidente Sacasa, que era seu padrinho político. Somoza afirmou que havia recebido ordens do embaixador estadunidense Arthur Bliss Lane para matar Sandino.

Legado

A façanha libertadora que representou Augusto Sandino transcendeu as fronteiras, transformando-se em símbolo e bandeira dos povos que lutam contra a opressão e o domínio de forças externas. As ideias e pensamentos de Sandino são recordados na Nicarágua e no mundo: “Minha maior honra é surgir do seio dos oprimidos, que são o coração e a alma do povo”. Sua luta pela liberdade, pela soberania e pela justiça seguem hoje mais vigentes do que nunca.

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