top of page
  • Foto do escritorNOVACULTURA.info

"Apoiar decididamente a Grande Revolução Cultural Proletária"



A Revolução Cultural Proletária que ora se desenvolve na China é um acontecimento que marcará época na história da Humanidade. Seu significado e sua projeção só encontram paralelo na Revolução de Outubro de 1917. O valoroso povo chinês, sob a direção de Mao Tsé-tung e do Partido Comunista, abre novos caminhos para a completa vitória do socialismo. As lições decorrentes da Revolução Cultural enriquecem imensamente a doutrina do proletariado. Tal a grandeza desta revolução que muito tempo será ainda necessário para aquilatar, em toda a sua plenitude, a soma de ensinamentos que ela encerra e a profunda repercussão que terá na vida dos povos.


Passaram apenas dezessete anos desde que o povo chinês conquistou o Poder. Não obstante, a China ingressou, com a Revolução Cultural Proletária, numa nova fase da revolução socialista, fase que nenhum outro povo jamais palmilhara. O pensamento de Mao Tsé-tung, marxismo-leninismo de nossos dias, orienta e inspira as massas de centenas de milhões de chineses em seu gigantesco esforço de transformação do homem e da sociedade.


O Comitê Central do Partido Comunista do Brasil saúda a Grande Revolução Cultural Proletária e seu sábio e experimentado timoneiro, o camarada Mao Tsé-tung. Está certo de que as conquistas já obtidas são o prenúncio de novos e destacados êxitos que conduzirão a China a um grandioso e resplandecente futuro.


Conhecer o conteúdo da Revolução Cultural Proletária e assimilar suas experiências tendo em vista a luta pela libertação do povo brasileiro é um dever dos comunistas.


Presentemente na China verifica-se intenso processo de luta de classes. Durante um longo período depois da tomada do Poder pelo proletariado, ainda subsistem as classes e a luta de classes. A burguesia derrotada faz constantes tentativas para restabelecer sua dominação. Sua ideologia ainda permanece viva e se manifesta em todos os setores da sociedade. Penetra no Partido e nele encontra porta-vozes que embora se declarem comunistas, advogam, na prática, uma orientação que serve à burguesia. Tais elementos desde há muito vinham-se opondo ao caminho revolucionário e procurando impor suas opiniões errôneas.


Na China defrontam-se duas linhas antagônicas, diante das quais todos têm de se definir. A linha proletária revolucionária defendida por Mao Tsé-tung e apoiada pela esmagadora maioria do povo, e a linha burguesa reacionária preconizada por alguns dirigentes comunistas e sustentada por uma ínfima minoria da população. Uma apoia-se nas massas, no seu espírito criador, estimula suas iniciativas e sua vontade de luta. A outra teme as massas, reprime sua atividade, impede suas ações espontâneas e despreza seu potencial revolucionário. Uma se orienta no sentido de uma nova cultura e contra as ideias hábitos e costumes do passado. A outra favorece o desenvolvimento de uma cultura em essência anti-socialista e propaga as concepções e hábitos burgueses. Uma põe em primeiro plano a política e a ideologia. A outra destaca fundamentalmente o estímulo material. Uma conduz ao socialismo, a outra ao capitalismo.


A linha reacionária-burguesa tem base social nos remanescentes das antigas classes exploradoras, especialmente a burguesia, e nos membros do Partido que não transformaram suas concepções ou então o fizeram pela metade. Nas atuais circunstâncias, esta linha é, também, expressão do revisionismo contemporâneo, que se revelou na China sob as formas mais sutis. A luta em que os comunistas chineses se empenharam com firmeza contra Kruschov e seus seguidores contribuíram para descobrir os inimigos infiltrados no Partido e para desmascará-los como revisionistas e contrarrevolucionários.


O extraordinário movimento de massas que se espraia por todo o extenso território da China tem por fim tornar plenamente vitoriosa a orientação proletária e assegurar a continuidade da revolução socialista. Visa a impedir a restauração do poder dos espoliadores e procura evitar retrocesso semelhante ao verificado a partir do XX Congresso do PCUS, na União Soviética e em outros países socialistas, onde o revisionismo liquidou as conquistas do povo.


A Revolução Cultural Proletária é uma necessidade objetiva da luta que se trava, após a derrubada das classes exploradoras, entre o proletário e a burguesia, isto é, entre o caminho da total vitória do socialismo e o caminho que leva ao capitalismo. A experiência mostrou que não bastam a tomada do poder pelo proletariado, a socialização dos meios de produção e o incremento acelerado das forças produtivas. Não é suficiente acabar com o analfabetismo e levar a instrução a todo o povo. Sem realizar a revolução ideológica, sem modificar profundamente a consciência das pessoas, sem destruir radicalmente as concepções feudais e burguesas que sobrevivem na mente do homem, a revolução socialista tende a degenerar e o capitalismo acabará ressurgindo. Por isso, torna-se imprescindível a revolução cultural. E, segundo tudo indica, no quadro da revolução socialista, outras revoluções ainda terão lugar revestindo-se de diferentes formas e objetivando sempre a liquidar os obstáculos que venham a surgir na marcha da Humanidade para o comunismo.


A Revolução Cultural é o maior movimento revolucionário de massas já ocorrido em todo o mundo. É a mais cabal confirmação da tese marxista sobre o papel das massas na história criadoramente desenvolvida por Mao Tsé-tung. O povo é o principal personagem da Revolução Cultural Proletária. São as massas que, inspiradas nas grandes ideias de Mao Tsé-tung, levam a efeito as profundas transformações que se operam na maior nação asiática. Milhões de operários, camponeses, estudantes e soldados realizam portentosas manifestações e tomam parte ativa na vida política do país. Desmascaram os contrários e destituem dos postos-de-mando os que enveredaram pelo caminho que conduz ao capitalismo. Combatem tudo que é retrógrado e denunciam as ideias contrárias ao socialismo. Levam a cabo ação multilateral, abrangendo as mais diferentes esferas de atividade: a ciência e a educação, a arte e a literatura, a produção e a direção estatal, o Partido e as Forças Armadas.


Com a Revolução Cultural, tornou-se evidente que o ensinamento de Marx e Engels de que a emancipação dos trabalhadores é obra dos próprios trabalhadores aplica-se não somente à luta pela derrubada do velho poder, mas também a todo o processo de edificação da nova sociedade. Confiar nas massas é problema de importância primordial. A prática de tutelar as massas e fazê-las seguir passivamente o Partido é falsa e estranha à ideologia do proletariado. O Partido desempenha seu papel dirigente na medida em que sabe unir-se estreitamente com as massas, estimular sua iniciativa, auscultar seus anseios, generalizar suas experiências e, nesta base, orientá-las corretamente.


O método empregado na Revolução Cultural conduz as massas a se libertar pelos seus próprios esforços e a se auto-educar, com a própria experiência, no processo da luta. “As massas – assinala a Resolução do Comitê Central do PC da China, de agosto de 1966 – se educam no grande movimento revolucionário e aprendem a distinguir entre o certo e o errado e entre os modos corretos e incorretos de realizar as coisas”. Não é admissível o procedimento de fazer em lugar das massas as tarefas que a elas competem. Seria fácil aos atuais dirigentes chineses, de uma só penada, afastar de seus postos os que não mais representam os interesses do povo. Esta maneira de agir, no entanto, não serviria à auto-educação política das massas. Por isso, nenhuma destituição de dirigente do Partido ou do Estado que segue o caminho capitalista se faz através de medidas administrativas. Deve resultar da atividade consciente das massas. São elas que, em última instância, demitem dos postos de mando os propugnadores da linha reacionário-burguesa.


Milhões de pessoas vêm elevando sua consciência política e se tomam ativos construtores do socialismo. Surgem legiões de desbravadores de novos caminhos, continuadores das velhas gerações revolucionárias. Despertando a iniciativa criadora das massas, a Revolução Cultura1 revela um número incalculável de homens e mulheres cujo talento, capacidade de luta, perseverança e dedicação ao povo são postos a prova a cada instante. São os vanguardeiros da Grande Revolução Cultural Proletária. A Guarda Vermelha revolve a sociedade chinesa, fazendo ruir privilégios, preconceitos, superstições, hábitos e costumes inerentes ao regime capitalista ou ao feudalismo.


Ao contrário do que afirma a propaganda dos imperialistas e dos revisionistas, os trabalhadores chineses, ao participar ativamente da Revolução Cultural fortalecendo sua consciência de classe, fazem avançar mais rapidamente a produção. Os índices de crescimento industrial no último ano demonstram notáveis progressos na economia do país. A produção agrícola de 1966 foi uma das maiores da história da China. Multiplicam-se os inovadores, os técnicos e os homens de ciência. Grandes conquistas tecnológicas são registradas. A China alcançou um nível de desenvolvimento que a coloca em condições de produzir a maquinaria e os instrumentos mais complexos e aperfeiçoados. Haja vista a experiência nuclear com foguete teledirigido coroada de pleno êxito. As massas, ao mesmo tempo em que se empenham na revolução, fazem aumentar a produção em ritmos velozes.


Transformou-se em fenômeno de massas o combate ao imperialismo ianque e ao revisionismo contemporâneo. A ação criminosa dos imperialistas e dos revisionistas é respondida com demonstrações espontâneas de vastos setores da população. Formas de luta revolucionárias, verdadeiramente de massas, são criadas, expressando o profundo sentido popular da revolução em marcha. Nada escapa à vigilância diligente e constante do povo. Centros de espionagem, provocação e conspiração são descobertos e desbaratados pela juventude.


Desta forma, o futuro da China e da revolução socialista está, cada vez mais, nas mãos das amplas massas. Essa presença tão marcante das massas no cenário político da China é um ensinamento que os revolucionários de todo o mundo têm na mais elevada conta. O nosso Partido deve inspirar-se neste magnífico exemplo. Os comunistas não cumprirão seu papel se não forem capazes de confiar no povo, despertar sua consciência, mobilizá-lo e organizá-lo a fim de que ele mesmo faça a revolução. Tudo que impede a aproximação e a convivência dos comunistas com as massas – o sectarismo, o isolamento, as atitudes de superioridade, a jactância, etc. – precisa ser combatido. É uma condição básica para a vitória da revolução em nosso país.


No curso da Revolução Cultural, o povo chinês alcançou nova etapa na luta milenar do homem pela liberdade. A democracia proletária atingiu amplitude jamais alcançada. As vastas massas de trabalhadores expressam livremente suas opiniões e fazem sentir sua vontade soberana. Nos dias de hoje, o povo chinês desfruta uma liberdade que nenhum outro povo usufruiu em tempo algum.


Nas cidades e no campo, o sentimento renovador das massas encontra poderosa ressonância nos milhões de dazibao, afixados nos muros e paredes. Nesta singular imprensa, cada cidadão diz o que pensa e sente. Nos recintos fechados ou nas praças públicas, grandes debates são organizados pelas próprias massas. Sem necessidade de prévia autorização, realizam-se comícios e desfiles em toda parte. Guardas Vermelhos, às centenas de milhares, deslocam-se para os mais diferentes pontos do país, levando a flama da revolução. O direito de criticar, seja quem for, incorporou-se plenamente à vida da nação. Ninguém, por mais alto o posto que ocupe, está imune à crítica do povo.


Sob o impulso das massas, vai sendo introduzido sistema democrático, semelhante ao adotado pela Comuna de Paris, na escolha de membros de órgãos do Poder. Em grandes assembleias, são indicados e discutidos os nomes dos candidatos e eleitos os que melhor expressam os interesses da coletividade. Os escolhidos podem ser, a qualquer momento, afastados dos cargos pelas massas que os elegeram. Em inúmeras províncias, o governo passa diretamente às mãos das organizações rebeldes surgidas no decorrer da Revolução Cultural. A ditadura do proletariado, assim, é exercida sob a forma mais democrática. Quanto mais o Poder estiver sob o controle direto das massas revolucionárias, menores serão os perigos de burocratização e da volta ao capitalismo.


A democracia que atualmente se pratica na China responde ao verdadeiro conceito marxista-leninista de ditadura do proletariado: ampla liberdade para o povo e combate sem trégua aos inimigos do socialismo. Nada tem de comum com o liberalismo burguês que, em realidade, significa democracia para os ricos e exploradores e privação de direitos para a quase totalidade da população. Enquanto na China ninguém imo pede a ação dos estudantes, soldados, operários e camponeses – livres para manifestar seus pontos de vista e para levar adiante a revolução que lhes pertence – nos Estados Unidos os negros são perseguidos brutalmente, na União Soviética demonstrações estudantis anti-ianques são dissolvidas pela força, na Indonésia se assassinam centenas de milhares de pessoas para aterrorizar os patriotas, no Brasil o povo vive sob o guante de uma ditadura militar a serviço do imperialismo norte-americano.


A democracia proletária na China patenteia a falsidade da propaganda dos reacionários que tentam apresentar o socialismo como incompatível com a liberdade. A Revolução Cultural vem mostrar que a liberdade para os trabalhadores é inerente ao verdadeiro socialismo. Precisamente o capitalismo é que se revela inconciliável com a democracia para o povo.


A Revolução Cultural Proletária desempenha papel determinante na mobilização e preparação do povo chinês para enfrentar os Estados Unidos e seus comparsas. A agressão ianque no Vietnã e a política de “escalada” do Pentágono no Sudeste Asiático são partes integrantes da estratégia mundial dos monopolistas norte-americanos. Esta estratégia tem como centro o cerco e o ataque militar à China.


Ao despertar a consciência política das grandes massas, a Revolução Cultural capacita cada cidadão a compreender melhor a necessidade de derrocar o imperialismo estadunidense, o pior inimigo da Humanidade. Reforça o espírito internacionalista de milhões de chineses. A ajuda fraternal da China ao Vietnã é a expressão de uma solidariedade até então desconhecida nas relações entre os povos. A grande maioria da população mostra-se disposta a fazer os mais duros sacrifícios para salvaguardar as conquistas revolucionárias e cooperar com os povos oprimidos de todo o mundo na luta por sua libertação.


O povo chinês se prepara para a eventualidade de uma guerra, não teme as ameaças da Casa Branca e o conluio soviético-norte-americano nem as consequências dos ataques atômicos. O Exército Popular de Libertação, armado com o pensamento de Mao Tsé-tung, possui moral mais e1evado que o de qualquer outro exército do mundo. Os milhões de jovens da Guarda Vermelha, imensa reserva das heroicas forças Armadas, tornaram a China ainda mais poderosa. Hoje, todo o agressor, seja imperialista ou revisionista, que pisar o solo chinês, encontrará em cada cidadão um destemido e indomável combatente e será inevitavelmente derrotado.


Um novo homem vem sendo forjado nos tempestuosos embates da Grande Revolução Cultural Proletária. A luta pelo completo triunfo do socialismo exige esse novo tipo de indivíduo, inteiramente livre dos vícios, crenças e deformações das velhas sociedades de classe. É a revolução na consciência das pessoas. O egoísmo, a ambição, o carreirismo e todos os sentimentos mesquinhos não podem ter guarida nos que lutam por uma causa tão generosa como a do comunismo.


A Revolução Cultural contribui para que venha a prevalecer na sociedade a verdadeira moral proletária. Sua pedra angular é a preponderância do interesse público sobre o interesse privado. Nas sociedades onde predomina a exploração do homem pelo homem sobressai o individualismo. A moral no regime capitalista é a moral dos exploradores. Baseia-se no princípio do luxo, da obtenção do máximo de benefícios à custa dos assalariados. Cada um trata de si e de sua família, pouco se importando com a sorte dos seus semelhantes que vivem em condições subumanas. O bem-estar de uns poucos repousa no sofrimento de muitos. Predominam a cupidez e a crueldade. Mesmo quando o indivíduo se empenha em qualquer atividade social útil, na prática, o que persegue são as posições, títulos e honrarias. No socialismo, ao contrário, o interesse coletivo está acima de tudo. A moral proletária é a moral da libertação do homem de qualquer forma de exploração, da união e da solidariedade entre os trabalhadores, do repúdio aos parasitas e a todos os que vivem do trabalho alheio. A felicidade de cada um está condicionada ao bem-estar de toda a comunidade. O homem não ambiciona glória, vantagens materiais e postos-de-mando. Servir sincera e cabalmente o povo é seu dever precípuo.


Por isso, na China, esta questão é colocada com a maior ênfase. A tarefa de formar o novo homem é uma das mais complexas e difíceis e demandará bastante tempo. A Revolução Cultural encara seriamente, em vasta escala, este problema, do qual depende, em grande parte, a sorte do socialismo. Neste sentido, o pensamento de Mao Tsé-tung exerce função norteadora. Os três famosos artigos “Em memória de Norman Bethune”, “O velho tolo que removeu as montanhas” e “Servir o povo”, de profundo cunho ideológico, educam vastas massas da China no espírito do desprendimento, pertinácia, modéstia, heroísmo, abnegação e dedicação sem reservas aos interesses da coletividade. Em consequência do trabalho ideológico que vem sendo desenvolvido, começam a surgir, saídos do seio do povo, autênticos heróis de nossa época que tudo fazem pelo bem comum e não vacilam em dar suas vidas em benefício de todos.


Na China está na ordem do dia o princípio de viver e trabalhar como revolucionário proletário. A construção do socialismo é um longo processo que reclama dedicação, audácia, combate à rotina e ao conservadorismo. O indivíduo deve esforçar-se permanentemente para livrar-se das influências do capitalismo e estar à altura das novas exigências do desenvolvimento social. A Revolução Cultural salientou com todo o vigor a necessidade de atrever-se a pensar, falar e atuar audazmente – apanágio do verdadeiro revolucionário. Trazendo à tona tais questões, esta revolução atingiu a vida de cada um. Pôs em xeque o comportamento das pessoas, sobretudo o dos comunistas. Ressaltou o que há de burguês e de pequeno-burguês na conduta privada e na vida pública de numerosos cidadãos, inclusive de destacados membros do Partido. Revelou que muitos se atrasaram em relação ao avanço do movimento revolucionário na China ou se desviaram da orientação justa. Veio destacar a necessidade da reeducação, à base da autocrítica permanente, a fim de que todos se livrem das falsas concepções e trilhem o caminho do socialismo.


Mao Tsé-tung vislumbrou magistralmente a necessidade da Revolução Cultural como fase imprescindível da revolução socialista e formulou seus princípios gerais. Analisando diuturnamente a prática das massas e apoiando-se em sua iniciativa criadora, traçou a linha que vai conduzindo o movimento a êxitos cada vez maiores. Deu, assim, nova e transcendental contribuição, teórica e prática, à luta da classe operária e de todos os oprimidos.


Nos dias em que vivemos, Mao Tsé-tung é o mais fiel intérprete do marxismo-leninismo. Como ensinava Lenin, a doutrina do proletariado, elaborada por Marx e Engels, não é um dogma. É um instrumento de luta das classes exploradas e de libertação dos povos. Responde às questões suscitadas pela vida e se enriquece de maneira incessante com a atividade revolucionária. Em cada época, surgem pessoas que assimilam profundamente o marxismo, aplicam-no de forma criadora e o desenvolvem extraordinariamente, elevando-o a novos píncaros. Lenin, no período em que viveu, não só o interpretou genialmente como o enriqueceu com novas teses e conclusões. O leninismo tornou-se o marxismo da época do imperialismo e da revolução proletária. Tão grande foi sua contribuição ao marxismo que seu nome ficou indelevelmente ligado à teoria do proletariado. Stalin fez também florescer o marxismo e na direção do Partido e do Estado soviéticos alcançou remarcados êxitos. Mao Tsé-tung soube aplicá-lo, de modo criador, às condições da China e levou o povo chinês, de vitória em vitória, à completa libertação do imperialismo, do feudalismo e do capital burocrático.


Inúmeros são as contribuições de Mao Tsé-tung ao marxismo-leninismo ao terreno da filosofia, economia, ciência social, arte militar e construção do Partido. Seu pensamento dá resposta às questões mais candentes da atualidade. Enriqueceu enormemente a teoria da revolução nos países coloniais e dependentes. Formulou a doutrina e os princípios da guerra popular, cuja justeza foi comprovada não só na China como em outros lugares. Inspirados em seus ensinamentos, os chineses estão construindo o socialismo e transformando o seu país em poderosa e invencível nação. A grande batalha que os povos travam, hoje, contra o revisionismo contemporâneo tem em Mao Tsé-tung o principal ideólogo e guia. Com tudo isto, pôs nas mãos dos povos afiada arma para sua emancipação e o marxismo-leninismo atingiu novas alturas.


Por esta razão, o povo chinês e os revolucionários dos demais países, na consecução de suas tarefas, estudam com afinco o pensamento de Mao Tsé-tung. Na China, cada unidade das Forças Armadas, cada fábrica, universidade ou comuna popular vai-se transformando numa escola onde se aprende o pensamento de Mao Tsé-tung. As pessoas procuram aplicá-lo em sua atividade quotidiana. Em consequência, o marxismo-leninismo é empregado pelos homens simples para resolver problemas da vida corrente. O materialismo-dialético torna-se, de fato, um instrumento manejado pelas massas. A ideologia do proletariado vai-se apoderando da consciência de todos e preenchendo o lugar antes ocupado pela ideologia das classes exploradoras. Esta assimilação do marxismo em tão vastas proporções redundará, sem dúvida alguma, em mudanças qualitativas no pensamento do povo e na estrutura da sociedade chinesa.


Um movimento da extensão e de profundidade da Revolução Cultural Proletária provoca, inevitavelmente, o rancor e a hostilidade das forças retrógadas e também de antigos comunistas que não conseguiram assimilar a teoria do proletariado. A maior resistência à Revolução Cultural advém dos elementos que, em postos dirigentes do Partido e do Estado, adotam uma linha que leva ao capitalismo. Pela posição que ocupam, tais elementos constituem sério obstáculo ao avanço da revolução. Contra eles se volta o gume do movimento de massas da Revolução Cultural. Este movimento varre os dirigentes do Partido que temem as massas, se desligam de suas aspirações e terminam por opor-se às ações revolucionárias em que elas se empenham. As concepções não proletárias de que são portadores estão sendo desacreditadas e firmemente combatidas. Ainda que possam ter méritos no passado, os elementos que se aferram às posições errôneas, e não fazem autocríticas, são afastados de seus postos. Se assim não se procedesse, a China Vermelha correria o risco de mudar de cor. A Revolução Cultural Proletária depura o Partido dos oportunistas e dos burocratas, forja verdadeiros comunistas e robustece os partidários da orientação de esquerda, autenticamente socialista.


Contra a Revolução Cultural erguem-se, igualmente, os imperialistas, os revisionistas e os reacionários de todo o mundo. Unem-se numa Santa Aliança contra a China os monopolistas ianques, os revisionistas soviéticos, os trabalhistas ingleses, os militaristas japoneses, a camarilha governamental hindu, os renegados iugoslavos, os partidos que obedecem à batuta do PCUS e toda a escória da reação. Eles atacam, sistemática e raivosamente, a Revolução Cultural. Propagam mentiras e calúnias. Nesta campanha antichineses, em nada se diferenciam Johnson de Kossiguin, a United Press da Agência Tass, o “New York Times” da “Pravda”. Procuram enganar a opinião pública, deformando os fatos. Ao voltar-se contra a China, os reacionários oportunistas concentram seus ataques em Mao Tsé-tung. Odeiam-no porque ele dirige com sabedoria e mão firme o povo chinês e é o líder dos povos revolucionários na luta pela emancipação nacional, a democracia e o socialismo.


Esta campanha testemunha o pânico em que se encontram os imperialistas e os revisionistas face à Revolução Cultural. Os belicistas norte-americanos compreendem que ela ergue um dique intransponível aos seus planos de domínio do mundo e pressagia o fim do imperialismo. Os revisionistas soviéticos sabem que a Revolução Cultural contribui para desmascarar a sua política de traição ao socialismo e ajuda as massas trabalhadoras da União Soviética a se levantar contra o grupo krushchevista que controla a máquina partidária e estatal.


Em nosso país, os setores reacionários investem desabridamente contra a Revolução Cultural. Não passa dia sem que os jornais burgueses dediquem considerável espaço para injuriá-la. Tudo fazem a fim de que o povo não tome conhecimento da verdade. É o pavor diante do crescimento das forças revolucionárias no mundo e de que as massas populares do Brasil ingressem no caminho da libertação.


Os revisionistas do PC Brasileiro incorporam-se ao coro dos reacionários e agentes do imperialismo norte-americano no combate à Revolução Cultural. Adotam cínicas resoluções, verdadeiros insultos ao grande povo chinês que realizou uma das maiores revoluções da história e, atualmente, desfralda bem alto a bandeira do marxismo-leninismo. Destarte, revelam ainda mais sua fisionomia de oportunistas inveterados e de asquerosos seguidores do bastão de mando do PCUS.


Também existem setores ligados ao movimento democrático que ainda não compreenderam o alcance da Revolução Cultural. Fazendo restrições a este importante acontecimento, colocam-se, na prática, em oposição a ele. Apegam-se ao que possa haver de errôneo no movimento de massas daquela revolução. Os que assim procedem veem as árvores e perdem de vista a floresta. Em toda grande revolução é inevitável o surgimento de erros. Tais erros, contudo, são insignificantes diante da grandiosidade da luta. A Resolução do Comitê Central do PC da China, de agosto do ano passado, não esconde a ocorrência de erros no processo da Revolução Cultural. “Num movimento revolucionário de tal envergadura – diz a Resolução – dificilmente se pode impedir que sejam cometidos erros de uma ou outra natureza. No entanto, sua orientação revolucionário geral tem sido correta desde o início. Esta é a corrente predominante na Grande Revolução Cultural Proletária. Nessa direção geral ela continuará a avançar”. Indiscutivelmente os lados positivos dominam o panorama da Revolução Cultural. Os erros são pequenas nódoas facilmente elimináveis, que não podem obscurecer elevados objetivos.


Não é possível imaginar que um movimento da magnitude da Revolução Cultural se processe placidamente, sem abalar, em todos os sentidos, a ordem estabelecida. Os que se deixam impressionar pelos aspectos secundários da violência das massas não compreendem o que seja uma verdadeira revolução. Esta, como afirma Mao Tsé-tung, “não se faz como uma obra literária, um desenho ou um bordado; ela não se pode concretizar com tanta elegância, tranquilidade e delicadeza, ou com tanta doçura, amabilidade, cortesia, moderação e generosidade de alma. A revolução é um levante, um ato de violência pelo qual uma classe derruba outra”.


Sob a influência das ideias perniciosas do XX Congresso do PCUS, certas pessoas não têm pejo de proclamar que a Revolução Cultural é uma expressão do chamado culto a personalidade. É uma opinião estúpida e sem qualquer fundamento. O culto A personalidade é a negação frontal do papel das massas. Hoje na China, centenas de milhões de pessoas intervêm diretamente nos acontecimentos políticos e são a força motriz da Revolução Cultural. Não se pode confundir o imenso e merecido prestígio de Mao Tsé-tung, a admiração e o carinho que lhe tributam a esmagadora maioria da população chinesa e os trabalhadores de todo o mundo com o culto a personalidade. O fato de a China e os povos explorados e oprimidos contarem com um líder de seu talento e de sua envergadura constitui um fator altamente favorável a revolução mundial. É um bem para a Humanidade a existência de um chefe que alia ao seu enorme prestígio raras e valiosas qualidades de dirigente. Mao Tsé-tung exprime corretamente as necessidades do desenvolvimento da sociedade, expressa com precisão os anseios e aspirações das grandes massas dos povos. Sua liderança não foi imposta. Firmou-se num longo período de lutas em que o seu pensamento foi amplamente comprovado pela vida. Levantar bem alto o nome de Mao Tsé-tung e difundir suas ideias é fazer avançar a revolução. Os revisionistas, que manipulam o chamado culto à personalidade para atacar a Revolução Cultural não passam de rematados hipócritas e inimigos do socialismo. Invocam, hoje como ontem, o culto à personalidade para denegrir o marxismo-leninismo, tentam impor suas teses oportunistas e desarmar os povos na luta contra o imperialismo.


Os revolucionários brasileiros alegram-se com os êxitos da Revolução Cultural. Não obstante a maciça propaganda dos reacionários e revisionistas, os trabalhadores de nosso país, com a intuição que dimana da sua condição de oprimidos, pressentem de que lado está a razão. Se o imperialismo e o revisionismo se obstinam em difamar iradamente a Revolução Cultural é porque ela defende os interesses das massas.


A Revolução Cultural Proletária tem imensa significação para todos os povos. Não só porque se realiza num país cujo número de habitantes constitui uma quarta parte da população da Terra como também pelos problemas que enfrenta, problemas que se relacionam diretamente com a revolução mundial. Ao combater as injustiças sociais e pugnar em favor de uma nova sociedade livre de privilégios, a Revolução Cultural atrai a simpatia dos pobres e oprimidos da Ásia, África e América Latina.


Fase mais avançada da revolução socialista, a Revolução Cultural Proletária representa inestimável ajuda ao movimento operário, A luta de libertação nacional e A corrente de esquerda, marxista-leninista, nos países em que domina o revisionismo. É um grandioso exemplo que influi na vida de cada povo, tal como aconteceu com as maiores revoluções da história. Embora a etapa que os povos dos países coloniais dependentes atravessam não seja a da revolução cultural, esta impregna com suas ideias renovadoras, seu estilo e suas perspectivas o movimento revolucionário em seu conjunto.


Denotando seus inimigos internos, fortalecendo sua potência econômica e militar, contando com indestrutível unidade política e ideológica do povo, a China desempenha cada vez mais o papel de principal base de apoio do movimento revolucionário. Os imperialistas norte-americanos têm na China o maior entrave na execução dos seus planos de rapina e contra ela concentram seus preparativos de guerra. Por seu turno, os povos oprimidos e os trabalhadores de todo o mundo veem no povo chinês seu mais poderoso aliado e colocam-se a seu lado na luta contra a conspiração soviético-norte-americana.


O Comitê Central do Partido Comunista do Brasil manifesta o seu mais caloroso e integral apoio a Revolução Cultural Proletária e às forças revolucionárias da China. A direção do camarada Mao Tsé-tung, comprovada em mil e uma batalhas da luta de classes, vencerá quaisquer obstáculos e o povo chinês acabará derrotando todos os que se opõem à marcha da China para o socialismo. O pensamento de Mao Tsé-tung descortina novos horizontes para libertar a Humanidade dos grilhões do capitalismo. O Comitê Central está convencido que o Partido Comunista e a ditadura do proletariado na China sairão fortalecidos desta histórica jornada e mais aptos ainda para cumprir novas tarefas.


Os comunistas brasileiros devem acompanhar, com interesse cada vez maior, o desenrolar da Revolução Cultural e recolher seus valiosos ensinamentos. Com o objetivo de educar os militantes do Partido no espírito do marxismo-leninismo e de facilitar a compreensão dos problemas cardeais da revolução em nosso país, o Comitê Central considera indispensável o estudo das obras de Mao Tsé-tung. Isto muito contribuirá para uma análise em profundidade da realidade brasileira e para uma justa aplicação da verdade universal do marxismo à nossa prática revolucionária.


Viva a indestrutível amizade entre o PC do Brasil e o PC da China!


Viva a Grande Revolução Cultural Proletária!


Viva Mao Tsé-tung, líder do povo chinês e dos trabalhadores de todo o mundo!


Abril, 1967.


O Comitê Central do PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL



textura-03.png
pacoteREVOLUÇÕES.png

HISTÓRIA DAS
REVOLUÇÕES

  • Instagram
  • Facebook
  • Twitter
  • Telegram
  • Whatsapp
PROMOÇÃO-MENSAL-abr24.png
capa28 miniatura.jpg
JORNAL-BANNER.png
WHATSAPP-CANAL.png
TELEGRAM-CANAL.png
bottom of page