"URSS, baluarte da Paz e da Libertação dos Povos"
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Camaradas!
Os povos da União Soviética celebram hoje o 34.° aniversário da Grande Revolução de Outubro, iluminada pelo gênio de Lenin e que abriu à humanidade o caminho de um mundo novo, de um mundo socialista. Cada ano percorrido nesse caminho dá novos êxitos à nossa Pátria.
Toda a atividade do Partido Bolchevique e do Governo Soviético durante o período compreendido entre o 33.° e o 34.° aniversário da Revolução de Outubro da mesma forma que durante todos os anos transcorridos depois da morte do grande Lenin se desenrolou sob a sábia direção de nosso guia, o camarada Stalin. (Prolongados aplausos). Com uma perspicácia genial, o camarada Stalin orienta o Partido e o povo no meio dos mais complexos fenômenos da vida interna e internacional e traça as perspectivas de seu desenvolvimento. A inesgotável energia do camarada Stalin na direção quotidiana das grandes e pequenas cousas, sua habilidade em determinar as tarefas essenciais do Estado soviético e em orientar todas as forças no sentido de sua solução asseguram aos povos da União Soviética grandes vitórias na edificação do comunismo. (Aplausos)
O ano passado, 1950, foi o ano em que terminou o primeiro plano quinquenal de após-guerra. Os homens soviéticos assim como todos os nossos amigos no exterior acolheram com alegria a notícia da realização vitoriosa do plano quinquenal de após-guerra de restauração e de desenvolvimento da economia nacional da URSS, plano para cuja execução o nosso povo teve que lutar em condições difíceis, numa época em que curava as profundas feridas causadas pela guerra. Essa circunstância representa incontestavelmente para o povo soviético uma nova grande vitória que teve como resultado um novo aumento do poderio de nosso Estado socialista. Os êxitos da edificação pacífica provocaram uma nova elevação do nível de vida material e cultural dos trabalhadores.
No domínio da política exterior a União Soviética continuou a sua incansável luta pela paz, o que aumentou ainda mais o seu prestígio internacional.
No decorrer do ano passado se definiu ainda mais claramente em todo o mundo a existência de dois polos, de dois centros de atração. É, por um lado, a União Soviética que se encontra à frente do campo do socialismo e da democracia, centro de atração de todas as forças progressistas em luta por evitar uma nova guerra e reforçar a paz e pelo direito dos povos a regulamentar por si mesmos a sua própria vida. São, por outro lado, os Estados Unidos da América, que encabeçam o campo do imperialismo, centro de atração das forças agressivas e reacionárias em todo o mundo que procuram desencadear uma nova guerra mundial para pilhar e escravizar os outros povos.
No campo do socialismo e da democracia o ano passado foi assinalado pelo crescimento e uma coesão nova de forças, determinados pelo desenvolvimento da economia e da cultura assim como pela elevação do nível de vida dos trabalhadores. Os povos dos países de democracia popular e o grande povo chinês, que se livraram do jugo dos escravizadores imperialistas, edificam com alegria e confiança, uma vida nova, socialista, com a ajuda fraternal dos povos da União Soviética. (Aplausos)
No campo do socialismo e da democracia o ano passado foi assi- [falha no original impresso] novo agravamento das condições internas e externas, por um novo aprofundamento da crise geral e pelo enfraquecimento do sistema capitalista, pela subordinação de toda a sua economia aos objetivos criminosos de preparação para a guerra e por uma ofensiva impiedosa contra os interesses vitais dos trabalhadores.
Novos Êxitos da Construção Pacífica na URSS
Em nosso país o ano de 1951 foi marcado por um novo surto da economia e da cultura socialista. Operários, colkozianos e intelectuais que realizam um trabalho criador pacífico para o bem de sua pátria lutam com um imenso entusiasmo para que os planos do Estado sejam realizados e ultrapassados. Isso é demonstrado brilhantemente pelas cartas patrióticas endereçadas ao camarada Stalin e publicadas na imprensa, nas quais os trabalhadores da indústria, da agricultura, dos transportes e da construção comunicam as suas vitórias na produção e assumem novos compromissos na emulação socialista.
O Partido Bolchevique inspira e organiza nosso povo para a realização de heróicas façanhas no trabalho e orienta a sua energia criadora para um objetivo único, o triunfo do comunismo. As grandes idéias de Lenin e de Stalin penetram cada dia mais profundamente na consciência das amplas massas dos trabalhadores, multiplicando as suas forças e iluminando o seu caminho de luta e de vitória. Isso se traduz pela sua atitude consciente para com o trabalho, pela sua iniciativa inesgotável no cumprimento de seu dever para com a sociedade e para com o Estado. É aí que se encontra a fonte da invencibilidade de nosso regime, a fonte dos contínuos êxitos em nosso trabalho.
O balanço dos trabalhos realizados no domínio da edificação econômica no decorrer dos dez primeiros meses 'deste ano demonstra que o plano da economia nacional para 1951 será realizado e ultrapassado. (Aplausos.) A produção industrial aumentou de mais de 15% em relação ao ano passado e será o dobro da produção do ano de pré-guerra de 1940. Os fundos básicos da produção industrial aumentaram de 12% em relação ar 1950.
Um equipamento mais rico e a elevação da qualificação dos operários assim como uma melhor organização da produção permitiram aumentar de 10% a produtividade do trabalho na indústria em relação ao último ano. Dois terços aproximadamente do aumento da produção industrial serão obtidos neste ano, graças à elevação da produtividade do trabalho. Isso significa que a nossa produção industrial aumenta no essencial graças ao ininterrupto aumento da produtividade do trabalho.
Como o camarada Stalin indicou por mais de uma vez, a redução do preço de custo da produção constitui um índice da qualidade do trabalho da indústria, uma das fontes principais das acumulações na economia nacional, e representa, por outro lado, uma condição indispensável da baixa dos preços e, por conseguinte, da elevação do bem-estar dos trabalhadores. Neste ano o plano de redução do preço de custo será ultrapassado, o que permitirá obter uma economia de 26 bilhões de rublos somente na produção industrial.
Neste ano todos os setores da indústria pesada e leve conseguiram realizar um sério aumento da produção.
Aumenta consideravelmente a produção dos metais ferrosos. Em relação ao último ano, só o aumento da fabricação de ferro fundido será de 2.700.000 toneladas, da fabricação de aço de cerca de 4 milhões de toneladas e de laminados de 3 milhões de toneladas. A União Soviética produz atualmente quase tanto aço quanto a Inglaterra, a França, a Bélgica e a Suécia juntas. (Aplausos.) Nosso pessoal da indústria siderúrgica obtém agora um rendimento muito maior dos altos-fornos e dos fornos Martin. Somente deste fato resulta que em 1951 serão produzidas a mais 1.300.000 toneladas de ferro fundido e 1.350.000 toneladas de aço.
O aumento da produção dos metais não ferrosos e dos metais raros não foi menos considerável no ano corrente.
Na metalurgia ferrosa e não ferrosa se formaram admiráveis quadros de operários, engenheiros, técnicos e chefes de empresa que conhecem o seu ofício e que melhoram sem cessar a técnica da produção.
O plano de extração do carvão foi realizado com êxito. No decorrer dos últimos anos o aumento anual da extração do carvão foi em média de 24 milhões de toneladas. Atualmente, a indústria carbonífera da URSS não só satisfaz as necessidades de nosso país como ainda permitiu a criação de estoques indispensáveis.
O reequipamento técnico da indústria carbonífera realizado no decorrer dos últimos anos permitiu a mecanização total dos trabalhos penosos e que exigem abundância de mão de obra como a extração e o transporte do carvão nas galerias, os transportes subterrâneos e o carregamento do carvão nos vagões de estrada de ferro.
O governo soviético e o camarada Stalin pessoalmente têm a preocupação constante de facilitar ao máximo o trabalho dos mineiros e melhorar as suas condições de vida. Ao contrário dos países capitalistas, em que os mineiros são os homens mais oprimidos e os mais miseráveis, no Estado Soviético os mineiros são cercados de atenção e de honrarias. Na escala dos salários os operários da indústria carbonífera se encontram no grau mais elevado em comparação com os demais setores da indústria. Disso resulta contarmos com quadros permanentes e qualificados de mineiros que garantem o desenvolvimento vitorioso da indústria carbonífera.
As realizações de nossa indústria petrolífera são ainda mais notáveis. Há vários anos que o aumento anual da extração de petróleo tem sido, na URSS, de 4.500.000 toneladas. Neste ano o plano de extração de petróleo será ultrapassado. A realização de um importante programa de trabalhos de prospecção permitiu que se descobrissem ricas jazidas petrolíferas em regiões novas e se aumentassem sensivelmente as reservas industriais de petróleo prospectadas.
Realizam-se em ampla escala os trabalhos de construção e de ampliação das refinarias de petróleo. Somente as novas usinas equipadas com maquinaria nacional de primeira ordem postas a funcionar no corrente ano podem refinar seis milhões de toneladas de petróleo por ano.
Pode-se dizer com segurança que a tarefa indicada pelo camarada Stalin: elevar a extração de petróleo para 60 milhões de toneladas por ano será cumprida antes do prazo. (Aplausos)
Grandes êxitos foram obtidos no desenvolvimento da eletrificação de nosso país. Serão produzidos no corrente ano 104 bilhões de kilowatts-hora de energia elétrica, o que ultrapassa a produção de energia elétrica da Inglaterra e da França juntas. Só o aumento anual da produção de energia elétrica será, em 1951, de mais de 13 bilhões de kilowatts-hora, o que equivale a sete vezes a produção global de energia elétrica da Rússia antes da revolução.
Desenvolveu-se extraordinariamente neste ano a construção de novas centrais-elétricas. A potência total das centrais elétricas e das novas instalações que serão postas a funcionar em 1951 será de cerca de três milhões de kilowatts, o que equivale aproximadamente a cinco grandes centrais elétricas da potência da usina de Dnieprogues.
A nossa indústria química se desenvolve de ano a ano. A fabricação de adubos químicos aumentou sensivelmente e, em relação a 1950, quase duplicou a fabricação de noves produtos orgânicos tóxicos, destinados a combater as pragas das culturas agrícolas e as ervas daninhas. A produção de borracha sintética aumentou de 20% em relação ao ano passado. Os trabalhadores da indústria química, em estreita cooperação com os sábios soviéticos, conquistaram novos êxitos na solução de importantes problemas técnicos no domínio da química.
O nosso desenvolvimento econômico seria inconcebível sem o aumento e o aperfeiçoamento contínuos de toda a indústria nacional de construções mecânicas, base do progresso técnico da economia nacional.
A produção global das construções mecânicas se elevou de 21% em relação ao ano passado. A produção dos principais tipos de instalações energéticas para as centrais elétricas, de alguns duplicou e, de outros, triplicou. Estamos fabricando este ano uma turbina a vapor com uma potência de 150 mil kilowatts. É a primeira vez no mundo que se fabrica uma turbina tão poderosa, prova da maturidade da ciência e da técnica soviéticas. A fabricação de equipamento destinado às explorações petrolíferas quase duplicou em relação a 1950. A indústria de construções mecânicas produz, em 1951, mais de 400 novos tipos de máquinas diversas.
Os trabalhadores desta indústria podem se orgulhar dos êxitos alcançados na produção dos mais complexos aparelhos modernos, instrumentos de geofísica, de eletromecânica, instrumentos electrónicos aparelhos elétricos de vácuo e outros aparelhos de precisão.
Graças ao vitorioso desenvolvimento da indústria e ao aumento da produção das matérias primas agrícolas, a fabricação de artigos de amplo-consumo se amplia de maneira sensível. Neste ano, por iniciativa do camarada Stalin, o governo tomou medidas para elevar a produção de produtos alimentares e de artigos manufaturados acima das normas previstas pelo plano anual, do que resulta que a população receberá, em relação a 1950, mais produtos alimentares e artigos manufaturados, sendo que o aumento será de 24% para os tecidos, de 35% para a chapelaria, de 12% para o calçado, de 20% para a carne e conservas, de 8% para os produtos da pesca, de 35% para o azeite, de 8% para a manteiga, de 24% para o açúcar, de 33% para o chá. Esse aumento será de cerca de 100% para as bicicletas, de 25% para os aparelhos de rádio, de 11% para os relógios, de 39% para os aparelhos fotográficos, de 28% para as máquinas de costura e de 44% para os móveis. Nossa indústria já começa a fabricar em grande escala aparelhos de televisão, geladeiras, máquinas de lavar e outros aparelhos de uso doméstico.
Como vedes, nossa indústria registra importantes êxitos. Não devemos, porém, nos esquecer dos defeitos que o trabalho de certas empresas apresenta as quais, em consequência de uma má organização da produção e de uma utilização insuficiente da técnica avançada, não cumprem as suas tarefas no que diz respeito ao aumento da produtividade do trabalho e à redução do preço de custo, se permitem uma despesa supérflua de matérias primas e de combustível assim como perdas consecutivas em forma de resíduos. A anulação desses defeitos permitiria que se fizesse uma considerável economia suplementar.
Ao mesmo tempo em que realizam e ultrapassam o plano de produção global, certas empresas nem sempre cumprem as tarefas estabelecidas pelo plano do Estado quanto à fabricação de artigos essenciais. Os dirigentes dessas empresas ao que parece desejam facilitar o seu trabalho fabricando artigos que reclamam menos esforço e preocupação. Já é tempo de compreenderem que o Estado tem necessidade não de uma execução ou de uma superação qualquer do plano, mas de uma execução ou de uma superação que assegure à economia nacional a produção que esta necessita.
Em nossa economia socialista cada dirigente, qualquer que seja a importância de sua função, deve colocar os interesses do Estado acima de tudo e observar estritamente a disciplina do Estado. É preciso acabar resolutamente com a atitude em relação ao trabalho que consiste em não ver as cousas senão dentro do quadro estrito de cada setor particular, atitude que certos administradores ainda mantêm e que prejudica os interesses de nossa economia planificada.
O ano em curso foi assinalado por um novo surto de nossa agricultura socialista. O aumento do equipamento técnico da agricultura e uma melhor organização dos trabalhos permitiram que se
procedesse neste amo à colheita dos cereais em prazos mais curtos e que se reduzisse sensivelmente a perda do grão. Os kolkhozes e os sovkozes apresentaram uma colheita de trigo de alta qualidade, cumprindo antes do prazo os seus compromissos de entrega de trigo ao Estado e assegurando a constituição de estoques de sementes.
Nos últimos anos a colheita total de cereais vai, anualmente, além de 7 milhões de puds (1 pud é igual a 16,38 kg.). Neste ano colheremos mais algodão e beterraba que no ano passado. Nosso país produz atualmente mais algodão do que a Índia, o Paquistão e o Egito juntos, bem conhecidos pela sua cultura algodoeira. (Aplausos)
Os kolkhozes e os sovkozes lutam vitoriosamente pela realização do programa stalinista de desenvolvimento da pecuária socialista. O gado de propriedade dos kolkhozes se tornou, junto com os dos sovkozes, predominante no conjunto da pecuária. A ampliação da base forraginosa se torna a tarefa fundamental no domínio da pecuária.
Todo ano a agricultura recebe do Estado uma grande quantidade de máquinas ultra-modernas. No corrente ano a agricultura receberá 137 mil tratores calculados na base de 15 CV por trator, 54 mil ceifadeiras-debulhadoras, das quais 29 mil automotoras assim como dois milhões de máquinas e instrumentos agrícolas de outros tipos. Grandes trabalhos se acham em processo de realização para eletrificar a agricultura. Tudo isso permite que se mecanize ainda mais os principais trabalhos agrícolas, se facilite o trabalho dos colkozianos e se eleve a sua produtividade. No momento as estações de máquinas e tratores fazem nos colkozes mais de dois terços dos trabalhos dos campos. Em 1951, a quase totalidade dos trabalhos nos kolkhozes é feita com máquinas. Três quartos da semeadura são realizados com a ajuda de semeadeiras motorizadas; a colheita de mais de 60% das superfícies semeadas de cereais foi realizada por ceifadeiras-debulhadoras. Nos sovkozes os principais trabalhos agrícolas são quase totalmente mecanizados.
A propriedade coletiva dos kolkhozes aumenta sem cessar. Somente no decorrer do ano passado o fundo indivisível dos kolkhozes aumentou de 11%. É preciso que também no futuro os kolkhozeanos continuem a reforçar e a desenvolver ao máximo a exploração coletiva, base do progresso contínuo dos kolkhozes e da elevação do bem-estar material dos kolkhozeanos.
Os nossos transportes ferroviários, fluviais e marítimos se desenvolvem paralelamente à indústria e à agricultura. No corrente ano o tráfego de mercadorias por via férrea aumentou de 11%. Esses 11% suplementares representam, diga-se de passagem, quase que o tráfego anual total de mercadorias nas ferrovias da Inglaterra e da França. (Aplausos) Os transportes de cargas por via fluvial aumentaram de 12% e por via marítima em 7%. Ao grande exército de nossos trabalhadores em transportes se apresenta a tarefa de acelerar cada vez mais o tráfego dos vagões e obter uma melhor utilização do material rodante ferroviário e do material dos transportes fluviais e marítimos.
O nosso país realiza um vasto programa de construção. Aumenta de ano a ano o volume dos grandes trabalhos. Neste ano o volume de inversões do Estado é de 2,5 vezes superior ao volume dos investimentos efetuados no ano de pré-guerra de 1940.
As empresas de construção recebem uma quantidade cada vez maior de máquinas de tipos diferentes e se acham melhor supridas de materiais de construção. Aumentará consideravelmente em 1951 o número das escavadeiras, das raspadeiras e dos bulldozers. A produção do cimento aumentará de dois milhões de toneladas no decurso do ano. A fabricação de tijolos, de ardósia, de encanamentos de ferro, de manilhas e de outros tipos de materiais de construção aumentará sensivelmente.
Os trabalhadores da construção conquistaram alguns êxitos no que diz respeito à redução das despesas e dos prazos de acabamento das obras. Terão, entretanto, muito que fazer ainda. É preciso que logo de início se estabeleça a ordem necessária na organização dos trabalhos, se obtenha um melhor rendimento das máquinas, se organize melhor o trabalho e se reduza bastante as despesas supérfluas. É preciso que se elimine as extravagâncias que ainda existem na elaboração dos projetos e dos orçamentos e que aumentam as despesas de construção.
Ninguém ignora que as grandes obras hidráulicas que estão sendo realizadas no Volga, no Don, no Dniéper e na Amú-Dariá ocupam um lugar especial nos nossos trabalhos de construção. Essas obras não têm igual no mundo tanto pela sua amplitude como pelo ritmo de sua construção. Em todas as obras os planos de trabalho estabelecidos pelos governos para 1951 estão sendo realizados e ultrapassados vitoriosamente.
A partir de 1952 a primeira dessas obras, o canal Volga-Don, será posta em funcionamento. Com a inauguração desse canal todos os mares da parte europeia da URSS serão ligados por um único sistema de transportes. (Aplausos)
A realização dessas grandiosas obras hidráulicas permitirá que se solucione importantes tarefas da economia nacional. Só as novas centrais elétricas produzirão anualmente 22 bilhões e 50 milhões de kilowatts-hora de corrente elétrica barata, o que equivale aproximadamente à produção anual total de energia elétrica da Itália. A extensão das superfícies irrigadas e servidas por água permitirá que se colha cada ano uma quantidade suplementar de três bilhões de toneladas de algodão bruto, o que representa mais de um terço da produção anual média de algodão dos Estados Unidos, meio milhão de puds de trigo, trinta milhões de puds de arroz e seis milhões de toneladas de beterraba. O gado bovino aumentará nessas regiões de dois milhões de cabeças e o gado ovino de nove milhões.
A construção dessas obras foi empreendida por iniciativa do camarada Stalin que manifesta uma incansável solicitude para o bem e a prosperidade de nossa pátria, para facilitar o trabalho e melhorar as condições de vida dos homens soviéticos. A iniciativa do camarada Stalin recebeu o apoio caloroso de todo o nosso povo que a justo título deu a essas obras o nome de grandes obras stalinistas do comunismo. (Prolongados aplausos)
Ao contrário dos países do capitalismo, em que a produção se acha subordinada aos objetivos de lucro e de enriquecimento de um punhado de exploradores, em nosso país os interesses dos trabalhadores estão na base do desenvolvimento de toda a economia nacional. A renda nacional aumenta de ano a ano e nessa base se verifica um aumento das rendas dos operários, dos empregados e dos camponeses. Em 1951 a renda nacional da URSS aumentará de 12% em relação a 1950.
O governo soviético realiza uma política de baixa sistemática dos preços das mercadorias de consumo corrente. Em março procedeu-se a uma baixa, a quarta no decorrer dos últimos anos, dos preços à varejo estabelecidos pelo Estado dos produtos alimentares e dos artigos industriais, o que assegurou um novo aumento do salário real dos operários e dos empregados e uma redução das despesas dos camponeses na compra de artigos industriais que se tornaram mais baratos.
A cifra total dos negócios se elevará no corrente ano de 15% em relação ao último ano. Convém, entretanto, assinalar numerosas deficiências no trabalho das organizações comerciais. É sempre de maneira insuficiente que se estuda as necessidades da população, cometem-se erros na distribuição de certas mercadorias através das regiões e das repúblicas. As reservas de mercadorias nem sempre são convenientemente utilizadas. Os empregados no comércio devem melhorar seriamente o seu trabalho para satisfazer as necessidades do consumidor soviético.
O Partido e o Governo se preocupam constantemente em melhorar as condições de habitação dos trabalhadores. Neste ano cerca de 27 milhões de metros quadrados de residências serão habitados nas cidades e nos distritos operários, enquanto que no campo 400 mil casas de habitação serão construídas para os kolkhozeanos.
Podemos nos rejubilar ao constatarmos que, em consequência do contínuo aumento do bem-estar do povo e dos êxitos, alcançados no domínio da saúde pública, a mortalidade em nosso país foi duas vezes menos elevada do que no ano de pré-guerra, de 1940. (Aplausos) A mortalidade infantil se reduziu ainda mais. O aumento anual da população da URSS há já alguns anos que é superior ao aumento da população em 1940 e passa de três milhões de pessoas. (Aplausos)
Enquanto que no campo do capitalismo os monstros imperialistas andam à cata de meios “científicos” para exterminar a melhor parte da humanidade e reduzir a natalidade, entre nós, como o disse o camarada Stalin, o homem é o capital mais precioso e o bem-estar e a felicidade dos homens constituem a principal preocupação do Estado.
Os problemas da formação e da educação dos quadros especializados para todos os ramos da economia e da cultura sempre ocuparam e continuam a ocupar um lugar importante no sistema das medidas postas em prática pelo nosso Estado. No corrente ano 2.720.000 estudantes frequentam os estabelecimentos de ensino superior e as escolas técnicas secundárias. Somente em 1951 463 mil jovens especialistas saíram dos estabelecimentos de ensino superior e das escolas técnicas secundárias. Atualmente trabalham em nosso país mais de cinco milhões de especialistas que obtiveram o diploma de ensino superior e que fizeram estudos técnicos secundários. Existe um número sempre crescente de especialistas qualificados que se formaram na produção e fizeram cursos sem se desligarem da produção.
À ciência soviética cabe um papel importante em todas as nossas realizações. Nos últimos tempos os nossos sábios resolveram toda uma série de problemas científicos básicos que interessam à economia e à defesa nacionais. Em certos ramos dos conhecimentos os sábios soviéticos ocuparam o primeiro lugar no domínio do desenvolvimento da ciência universal. Um fato significativo muito recente é representado pela grande extensão e pelo sério aprofundamento da cooperação entre os sábios soviéticos e os trabalhadores da produção. Em consequência disso não só as conquistas da ciência são melhor aplicadas na produção como também a ciência se enriquece com a experiência e o pensamento criador do imenso exército dos inovadores da indústria, dos transportes e da agricultura.
O florescimento das letras e das artes representa uma das mais brilhantes manifestações do surto cultural em nosso país, encarnando em imagens concretas as grandes ideias do comunismo. As letras e as artes representam um poderoso instrumento de educação das massas no espírito do comunismo e no espírito do patriotismo soviético e do internacionalismo. Da mesma forma que nos anos precedentes, este ano foi assinalado por uma série de obras artísticas e literárias de grande valor que refletem fielmente as elevadas qualidades morais dos homens soviéticos, sua vida e sua luta para aumentar continuamente o poderio de sua pátria, pela paz e a amizade entre os povos e pela felicidade dos homens no mundo inteiro.
Ao mesmo tempo em que orientam as principais forças e recursos do país no sentido de um surto contínuo da economia e da cultura nacional, o Partido e o governo não perdem de vista a necessidade de reforçar a defesa nacional. A experiência histórica confirmou inteiramente as reiteradas advertências do camarada Stalin ao afirmar que o país do socialismo vitorioso deve, nas condições do cerco capitalista, estar constantemente preparado para rechaçar qualquer agressão eventual das potências imperialistas.
Neste ano como em todos os outros o Partido e o governo tudo fizeram para que o heroico povo soviético que constrói no entusiasmo do trabalho criador o grande edifício do comunismo, possa igualmente no futuro nada temer quanto aos destinos de seu país. (Aplausos) O exército soviético e a armada soviética, possuidores de qualidades morais e combativas sem igual e bem conhecidas no mundo inteiro, dispõem de todos os tipos de armas modernas para vibrar um golpe esmagador em todo aquele que, apesar dos ensinamentos inequívocos da história, ousar atacar de novo a nossa pátria. (Tempestuosos e prolongados aplausos)
Sabe-se que as vantagens de nosso regime social e estatal criado pela Revolução de Outubro constituem a condição decisiva de nossas vitórias. Uma das principais expressões dessas vantagens está em que o regime soviético pela primeira vez despertou e libertou as grandes forças do povo e que chamou à vida a poderosa atividade e a inesgotável iniciativa criadora das massas libertas da exploração capitalista. É precisamente essa atividade e essa iniciativa das massas que constituem a fonte essencial das forças invencíveis do comunismo. O ininterrupto melhoramento do trabalho dos organismos do Partido e dos Sovietes assim como das organizações sociais que mobilizam e organizam essa atividade criadora do povo continua como dantes sendo objetivo do zelo constante do Partido e do governo.
Os homens soviéticos alcançam invariavelmente êxitos em seu trabalho porque lhes é estranho o espírito de presunção e de suficiência, porque jamais se contentam com o que conquistaram e medem as suas realizações fundamentalmente à luz das grandes tarefas do futuro. A crítica e a autocrítica, como nos ensina o camarada Stalin, constituem uma lei de nosso desenvolvimento, um meio decisivo para se superar qualquer rotina e estagnação, tudo o que se tornou obsoleto, tudo o que morre e tudo o que impede que continuemos em nossa marcha vitoriosa. O nível de consciência das massas e a preparação ideológica e teórica dos quadros determinam numa grande medida a eficácia de crítica e da autocrítica bolcheviques. Como sempre, nosso Partido deu a sua atenção central aos problemas relativos à educação comunista das massas, à contínua elevação do nível ideológico e político dos quadros e à assimilação por esses quadros da grande doutrina de Marx, Engels, Lenin e Stalin.
Paralelamente aos novos êxitos conquistados na construção do comunismo, as forças motrizes do desenvolvimento da sociedade socialista não cessam de aumentar e de se consolidar. Cada dia da vida e do trabalho dos operários, dos camponeses e dos intelectuais de nosso país nos apresenta novas e brilhantes manifestações do patriotismo, da unidade moral e política da sociedade soviética e da amizade entre os povos da URSS. A indestrutível unidade da vontade e das aspirações dos povos de nosso país, a unidade de suas forças materiais e morais constitui uma das bases essenciais do poderio de nossa pátria. É precisamente graças a essa unidade que nosso Estado se acha em condições de realizar tarefas tão grandiosas com as quais não podiam até mesmo sonhar outrora os espíritos mais avançados da humanidade.
A União Soviética na Luta Pela Paz
A imensa amplitude da edificação pacífica em nosso país testemunha com eloquência o caráter pacífico da política exterior da União Soviética e desmascara os caluniadores que tagarelam sobre as intensões agressivas de nosso governo.
“Nenhum Estado — declara o camarada Stalin — nem mesmo o Estado soviético poderia desenvolver amplamente a indústria civil, empreender grandiosas obras tais como a construção das centrais hidroelétricas no Volga, no Dnieper e no Amü-Dariá, que exigem dezenas de bilhões de despesas orçamentárias, prosseguir em uma política de baixa sistemática dos preços das mercadorias de consumo corrente, política que também exige dezenas de bilhões de despesas orçamentárias, investir centenas de bilhões na restauração da economia nacional destruída pelos ocupantes alemães e, ao mesmo tempo, multiplicar as suas forças armadas e desenvolver a indústria de guerra. É fácil compreender que uma tal política insensata conduziria à bancarrota do Estado.”
A política de paz do Estado soviético nasceu com a Revolução Socialista de Outubro. Mais de trinta anos da história do poder soviético demonstram que a Revolução de Outubro é uma revolução de criação e de construção sistemática de uma sociedade nova, a sociedade comunista.
As guerras que nossos inimigos nos impuseram não fizeram mais do que nos atrasar na realização de nossa obra grandiosa.
Em seu informe apresentado ao XIV Congresso do Partido o camarada Stalin definiu com uma clareza extraordinária a política exterior do governo soviético.
“A base da política de nosso governo, da política exterior, é a ideia da paz. Lutar pela paz, lutar contra novas guerras, denunciar todas as medidas que visam preparar uma nova guerra... tal é a nossa tarefa”.
Nunca houve conferência ou assembleia internacional de que a União Soviética participasse em que os representantes do governo soviético não tenham apresentado propostas construtivas para evitar os conflitos internacionais e assegurar a paz e a segurança. Entretanto, na maioria dos casos os nossos esforços se chocaram com a oposição direta dos meios governamentais dos diversos Estados burgueses. A situação pouco mudou após a segunda guerra mundial, da qual os homens de Estado de numerosos países deveriam, ao que parece, tirar os ensinamentos que se impunham.
Os povos fizeram imensos sacrifícios e sofreram imensas privações para esmagar o bloco fascista de agressão, na esperança de que após a vitória teriam asseguradas condições de desenvolvimento pacífico. Em plena segunda guerra mundial o camarada Stalin já advertia que não bastava ganhar a guerra e que se tornava preciso ainda garantir uma paz sólida e duradoura entre os povos. Entretanto, o sangue de milhões de vítimas ainda estava quente nos campos de batalha quando os imperialistas americanos e ingleses começaram a fomentar uma nova guerra. Logo depois da guerra os meios governamentais dos Estados Unidos, da Inglaterra e da França enveredaram pelo caminho da violação direta dos acordos fundamentais assinados durante a guerra entre as grandes potências, pelo caminho do torpedeamento da cooperação internacional e da montagem de um bloco de agressão a fim de precipitarem os povos no desastre de uma nova carnificina mundial.
Não há necessidade de que relembremos aqui os fatos universalmente conhecidos. Basta indicar que os Estados Unidos da América restabelecem abertamente — no Ocidente na zona da Alemanha e no Oriente, na zona do Japão — esses dois focos de guerra cuja supressão custou no decorrer da última guerra milhões de vidas aos povos amantes da liberdade e lhes impôs imensos sacrifícios materiais e sofrimentos inauditos.