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O desenvolvimento das vacinas contra à Covid-19 em Cuba: esperança aos povos oprimidos



Em meio aos criminosos bloqueios econômicos por parte do imperialismo, principalmente o estadunidense, Cuba avança no desenvolvimento de vacinas contra a COVID-19. O forte e permanente ataque contra a economia e o povo cubano não é capaz de minar o desenvolvimento do país em áreas que dizem respeito a vida e o bem-estar do povo, como a saúde e educação. Cuba tem um polo científico desenvolvido, uma poderosa divisão de biotecnologia e seus próprios laboratórios, onde produz quase todas as vacinas que necessita e medicamentos de ponta. Atualmente, o país desenvolve quatro vacinas contra a Covid-19, sendo elas: Soberana 01, Soberana 02, Abdala (CIGB-66) e Mambisa. Dentre estas, a Soberana 02 e a Abdala avançam para a fase III dos testes clínicos no mês de março, sendo as que até o momento se mostraram mais seguras e capazes de alcançar uma melhor resposta imunológica ao vírus. Cuba desponta, assim, como uma possibilidade de os países assolados e subjugados pelo capitalismo mundial terem acesso a uma vacina eficaz em meio a uma desigual disponibilidade de imunizantes, decorrente da monopolização por parte dos países imperialistas.


A crise sanitária, econômica e social que assola o mundo escancara, uma vez mais, a caducidade do capitalismo e sua incapacidade de dar respostas frente às necessidades dos trabalhadores e aos desafios de nosso tempo. Isso fica evidente quando analisamos o desenvolvimento das vacinas contra a Covid-19 e a impossibilidade dos povos das nações oprimidas acessarem tais conquistas. Em contraste, evidencia-se a monopolização das vacinas contra a Covid-19, onde 10 países concentram 95% dos agentes imunizantes criados para combater a nova enfermidade. Austrália, Canadá, Japão, Reino Unido, Estados Unidos e União Europeia são os principais monopolizadores das vacinas e, juntos, já adquiriram mais de 1 bilhão de doses, número que excede em muito a quantidade necessária para vacinar suas populações.


Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a estimativa é de que a maior parte da população dos países desenvolvidos será vacinada até meados de 2022; em contrapartida, a estimativa para os países explorados é a de que a imunização em massa não será atingida antes de 2024. Dessa forma, a demagogia dos países imperialistas e seus líderes que, no início do processo de elaboração das vacinas contra a Covid-19, apontavam para o caráter de bem público que os imunizantes deveriam tomar, são desmentidas uma vez mais no processo de mercantilização da vida e da monopolização das riquezas em detrimento da exploração e do genocídio das classes trabalhadoras.

O melhor caminho para lidar com a pandemia e evitar uma tragédia com proporções ainda maiores que o catastrófico cenário atual - que seria a possibilidade de vacinar toda população mundial - é limitado pelos grandes monopólios farmacêuticos que detém respaldo “legal”, por meio das patentes, para se aproveitarem da desgraça dos povos trabalhadores, vendo nela uma oportunidade a mais para expandir seus lucros. A Pfizer/BioNTech, a Moderna e a AstraZeneca, as principais fabricantes de vacinas já aprovadas pelos principais órgãos reguladores, não podem cobrir além de 30% das necessidades da população mundial; dessa forma, além de não compartilharem a tecnologia das vacinas, reservaram a grande maioria dos imunizantes aos países desenvolvidos, sentenciando à morte milhares de trabalhadores das nações exploradas. A estimativa para as três principais fabricantes é de uma receita superior a 30bilhões de dólares com a venda das vacinas.


O esforço cubano para desenvolver vacinas contra a Covid-19 acontece em meio ao cerco cada vez maior do imperialismo, que nos últimos anos tem levado ao extremo as tentativas de isolar a ilha mesmo durante a pandemia. Dos mais de 2bilhões de dólares em ajudas internacionais destinados a pesquisa para desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19, nenhum dólar se quer chegou a Cuba. O relatório cubano apresentado em 2020 para as Nações Unidas mostrou que o prejuízo causado pelo bloqueio estadunidense superou as cifras de 5 bilhões de dólares em 1 ano. Outras medidas genocidas tomadas pelo imperialismo ianque foram a proibição de voos que transportavam suprimentos e equipamentos para o combate à Covid-19 a Cuba - entre eles, kit para testagem, respiradores, máscaras de proteção e insumos químicos.


Com todas as adversidades impostas, Cuba segue investindo no desenvolvimento de testes rápidos para controle da disseminação do vírus e, principalmente, no desenvolvimento das vacinas. A estimativa na ilha é de produzirem 100milhões de doses em 2021, número suficiente para imunizar toda população cubana (11,3milhões de habitantes), e exportar doses a outros países. Os dois imunizantes em desenvolvimento mais avançado - a Soberana 02 e a Abdala - passarão à fase III dos testes clínicos. A produção industrial da Abdala para os testes já foi iniciada, bem como a produção da Soberana 02, da qual serão necessárias mais de 300 mil doses para a realização dos estudos, onde participarão aproximadamente 44mil voluntários.


O iminente êxito cubano no desenvolvimento de uma vacina - a primeira desenvolvida integralmente por um país latino-americano - poderá beneficiar muitos povos do mundo oprimidos pelo imperialismo. O Irã, país que também sofre os cruéis ataques do imperialismo estadunidense, já tem acordos de cooperação assinados com Cuba em relação a Soberana 02, para transferência de tecnologia da vacina e para levar a cabo as provas clínicas da última etapa na República Islâmica, um passo largo rumo a imunização de seu povo.

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