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"Importância da solidariedade internacional: RPDC e Palestina"


Não é de se impressionar que muitos grupos da “nova esquerda” no Ocidente apoie a luta do povo palestino contra o sionismo, uma vez que não há uma única alma no mundo que não tenha consciência do genocídio que é realizado pelo imperialismo israelense. É lamentável, no entanto, que muitas dessas mesmas pessoas que se consideram apoiadores da Palestina sejam opositores da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) (e também de outros amigos do povo palestino, como é o caso da Síria). Em alguns casos, essas pessoas são simplesmente alienadas, mas em tantos outros podemos falar em oportunismo. Se a mídia imperialista se dedicasse a relatar, com alguma frequência, as “atrocidades” cometidas pelas autoridades palestinas, os oportunistas abririam mão de seu apoio ao povo palestino sem pestanejar.

A luta do povo palestino, não obstante, será para sempre legítima. Não é responsabilidade de nenhum “esquerdista” dizer para qualquer povo oprimido pelo imperialismo como eles devem conduzir sua resistência ou quem são seus aliados. A República Popular Democrática da Coreia (RPDC) e a Palestina sempre foram países amigos e aliados. Um encontro de solidariedade foi realizado em Abril deste ano (2017) para celebrar os 50 anos de relações diplomáticas entre os dois países. Desde o surgimento do Estado da Palestina, tanto ela como a RPDC estabeleceram embaixadas em ambos os países. Do outro lado da zona desmilitarizada, pode-se ver o regime fantoche da Coreia do Sul junto de seus senhores imperialistas - como os Estados Unidos, Japão, Israel, além de outras potências mundiais. Muito antes da maioria dos países ocidentais, que possuem relações muito bem estabelecidas com Israel, a RPDC já dirigia críticas bastante contundentes e severas ao país. “A fim de ocultar seu papel como desestabilizador da paz no Oriente Médio, os sucessivos governos israelenses tem sido capazes de falar sobre um ‘acordo de mísseis e cooperação nuclear’ entre a RPDC e os países do Oriente Médio. Não contente com isso, recentemente chegou a criticar o digno sistema social de nosso país”.

Para ver quem está de qual lado, a zona desmilitarizada oferece uma boa visão de como os diferentes países e governos enxergam questões vitais, como os direitos humanos. A Coreia do Sul, que é apoiada pelas forças imperialistas, é reconhecida por estas como o governo legítimo da Coreia; enquanto que as forças anti-imperialistas reconhecem a República Popular Democrática da Coreia como o governo legítimo da nação coreana. Temos, naturalmente, aqueles países que eram anti-imperialistas e posteriormente passaram para o lado do imperialismo. Quando o dinheiro e o capitalismo se tornaram mais importantes que a soberania e a liberdade em alguns países, estes quiseram abrir novos mercados ao tentar reconstruir relações com o regime fascista sul-coreano. O povo palestino está longe de ter sequer esta oportunidade, uma vez que o opressor israelense continua roubando seu território. O dia em que o povo palestino derrotar o inimigo sionista, é improvável que eles se esqueçam quem são seus verdadeiros amigos, e os oportunistas que encontramos no Ocidente não estarão entre eles.

Os povos coreano e palestino dividem muitas coisas importantes em comum – uma luta contra um invasor estrangeiro em seus respectivos territórios; uma luta pela liberdade e a soberania de todo seu povo; mas, o mais importante, é o ideal que compartilham. Uma vez que ambos os povos forjaram sua amizade como irmãos em armas contra um inimigo em comum - as forças imperialistas -, é difícil de acreditarmos que os laços de amizade entre eles se rompam naturalmente, a não ser que um golpe pró-imperialista seja bem sucedido. Uma tentativa de golpe foi realizada pelo Fatah, com apoio norte-americano, em junho de 2007, mas fracassou.

Durante uma recepção dada pelo embaixador palestino em Pyongyang, em homenagem ao aniversário do querido líder Kim Jong Il, o diplomata falou em seu discurso que: “a trajetória revolucionária de Kim Jong Il é um enorme exemplo de como um líder de Estado, possuidor de um pensamento brilhante e enormemente criativo, se dedicou à liberdade do país, à felicidade de seu povo e à vitória dos povos oprimidos” e observou:

“O povo coreano está dando um novo salto e realizando inovações em todas as áreas para construir a economia socialista sob a liderança do Marechal Kim Jong Un, que está conduzindo os avanços necessários para construir uma nação próspera, como sucessor da causa do presidente Kim Il Sung e Kim Jong Il”. A história de Jandallae Safarini (também conhecida como a filha adotiva palestina do presidente Kim Jong Il) nos diz muito sobre o verdadeiro amor e cuidado que o querido líder Kim Jong Il tinha com todos.

A solidariedade entre ambos os países e o apoio que a RPDC deu ao povo palestino em sua justa luta por sua pátria pode até mesmo ser considerado em termos de poderio militar. Durante a guerra do Yom Kippur em 1973, a RPDC enviou jatos militares (além de pessoal não-combatente) que estiveram diretamente envolvidos em combates contra as forças aéreas israelenses. O primeiro choque entre pilotos coreanos e israelenses foi no dia 06 de outubro – o primeiro dia de guerra. Houveram, naturalmente, mais interceptações durante a guerra. Esta foi, de fato, uma demonstração de solidariedade com os povos árabes. Uma vitória contra Israel resultaria que a Cisjordânia e a Faixa de Gaza voltariam a ser território palestino, conforme demandado pela Organização de Libertação da Palestina (OLP) e por Yasser Arafat. Desde a criação do Estado da Palestina em 1988, a RPDC reconhece sua soberania sobre todo o território israelense, com exceção das Colinas de Golã, que a RPDC reconhece como parte da Síria.

A RPDC fornece e continuará fornecendo apoio nos campos diplomático, educacional, cultural e militar ao povo palestino em sua luta legítima pela liberdade e independência. O fato da RPDC fornecer treinamento e apoio militar para movimentos de libertação nacional no Oriente Médio é muito incômodo para os imperialistas. Os Estados Unidos afirmam que ao menos 5 navios norte-coreanos foram interditados enquanto “transportavam armas para o Irã ou para algum de seus aliados não-estatais, como o Hamas ou o Hezzbollah”. Além disso, a RPDC possui um longo histórico de apoio a grupos armados palestinos. Nos anos 70, acredita-se que a RPDC forneceu apoio para a Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP) e para a Organização de Libertação da Palestina (OLP). Yasser Arafat visitou a Coreia Popular repetidas vezes enquanto era presidente da OLP, e os militantes desta organização muitas vezes treinavam na Coreia Popular. O imperialismo norte-americano, que constantemente tenta sabotar o sistema social e econômico da RPDC, chegou a “ordenar” que este país pagasse 378 milhões de dólares por um ataque realizado pela FPLP no aeroporto de Lod, em Israel, em 1972. Durante a campanha de bombardeios israelenses - que matou mais de 2100 palestinos (em sua enorme maioria civis) em Gaza no verão de 2014 -, a RPDC foi mais uma vez ao tribunal internacional contra Israel, pelo apoio dado ao Hezzbollah, uma vez que este último havia ferido cidadãos americanos-israelenses com ataques de foguete durante a Segunda Guerra do Líbano em 2006... E também, uma vez mais, uma corte norte-americana “ordenou” que o Irã pagasse uma indenização de 10,5 bilhões de dólares por conta dos atentados de 11 de setembro, mesmo o Irã não tendo absolutamente nenhum envolvimento com o ataque ou com qualquer organização acusada de realiza-lo.

O que Israel e os sionistas pensam sobre a RPDC e o Marechal Kim Jong Un não é segredo. Eles declararam, como mencionado no início do artigo, seu ódio por este país. Em agosto de 2015, o jornal sionista “independente” Jerusalem Post tinha a seguinte manchete: “De fato, a Coreia do Norte está diretamente ligada com quase todas as ameaças enfrentadas por Israel, e está na hora do Estado judeu fazer algo a respeito”. Quando o generalíssimo Kim Jong Il disse: “Eu sou objeto de críticas ao redor do mundo. Mas penso que, desde que esteja sendo criticado, estou no caminho certo”, ele se referia aos imperialistas. A RPDC chegou mesmo a desconsiderar Israel como um “Estado satélite do imperialismo”, uma vez que entende que ele não deve ser reconhecido como um Estado. Coisa que o querido líder Kim Jong Il sabia muito bem.

Do jucheireland.wordpress.com

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