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"22 de junho de 1941: o início da Grande Guerra Patriótica"



Há 80 anos, na madrugada de 22 de junho de 1941, a Alemanha iniciou a invasão à União Soviética, de forma surpresa e sem uma declaração oficial de guerra. Sob o nome Barbarossa, Adolf Hitler enviou tropas alemãs em uma operação militar contra a URSS em meio a Segunda Guerra Mundial. Reproduzimos aqui um excerto da obra “A Grande Guerra Patriótica da URSS” lançado pelo selo Edições Nova Cultura.


[...] A Grande Guerra Patriótica do povo soviético contra os agressores fascistas começou em condições difíceis da Segunda Guerra Mundial, cujas chamas já ardiam na Europa, sendo parte integrante e seu acontecimento principal. As chamas desta guerra, desencadeada no outono do ano de 1939 pelo bloco de Estados fascistas (Alemanha, Itália e Japão), com a conivência dos imperialistas dos Estados Unidos, Inglaterra e França, se aproximaram, em 1941, das fronteiras da URSS. Ao derrotar em 1940 a França e outros Estados da Europa Ocidental, a Alemanha hitlerista assegurou sua retaguarda oeste e reforçou consideravelmente seu poderio militar. Ficaram a sua disposição, enormes recursos econômicos e militares dos numerosos países que invadiu. O Comando Supremo da Wehrmacht dispunha do armamento, equipamentos e equipes de 180 divisões francesas, tchecoslovacas, inglesas, belgas, holandesas e norueguesas.


Quase 6,5 mil empresas industriais dos países ocupados da Europa Ocidental produziam, em 1941, armas, munições e equipes para o Alto Comando alemão. Mais de 3 milhões de operários estrangeiros trabalhavam na indústria da Alemanha.


A economia dos Estados satélites da Europa também estava posta a serviço da colossal máquina de guerra de Hitler: Romênia cobria 60% das necessidades de petróleo; Hungria fornecia matéria-prima para a fundição de alumínio e comestíveis; Bulgária, produtos alimentícios; a matéria-prima estratégica chegava a Alemanha de Portugal, Espanha e Turquia.


O plano estratégico de agressão à URSS foi minuciosamente elaborado pelo Estado Maior alemão e codificado com o nome de “Barbarossa”, e aprovado por Hitler em dezembro de 1940. Baseando-se neste foi preparado o chamado plano geral “Ost”, cuja cruel encarnação constituía o programa de aniquilação à sangue e fogo do Estado soviético, do extermínio da maioria dos seus povos, deixando vivos uns 14 milhões na qualidade de escravos para os colonizadores fascistas. A realização destes canibalescos projetos tinha que se dar pelo método da “guerra relâmpago” que tanto êxito trouxera às hordas hitleristas no Ocidente e iludiu o generalato nazista. Evidentemente, este era um plano irrealizável, de caráter aventureiro, que partia da subestimação das forças da União Soviética. Contudo, os dirigentes nazistas se prepararam escrupulosamente para a guerra no Leste. Estes alimentavam singular esperança na força de choque dos grandes agrupamentos de tanques, apoiados por uma potente aviação.


Para a agressão à União Soviética, junto com a Alemanha se preparavam também todos os Estados do bloco fascista-militar – Itália, Finlândia, Romênia e Hungria. As tropas dos Estados que entravam neste bloco contavam com 10,4 milhões de efetivos, 90.250 peças de artilharia e morteiros, 6.677 tanques e canhões autopropulsados, 13.691 aviões de combate, 459 embarcações de guerra dos tipos principais, entre eles 260 submarinos. Em uma determinada etapa da guerra teve a intenção de entrar em conflito com a URSS o Japão militarista, cujas tropas terrestres, 50 divisões, encontravam-se próximas da fronteira soviético no Extremo Oriente. As Forças Armadas da União Soviética contavam ao iniciar a guerra (junho de 1941) com 5.373 mil homens, mais de 6.700 canhões e morteiros, 1.861 tanques, mais de 2.700 aviões militares de novos tipos, 276 embarcações de guerra dos principais tipos, incluso 212 submarinos. O primeiro escalão estratégico das tropas soviéticas, ao longo das zonas fronteiriças ocidentais, contava com 2.680 mil homens, 37.500 canhões e morteiros, 1.475 tanques e 1.540 aviões militares de novos tipos. A custódia das fronteiras soviéticas estava a cargo das unidades e destacamentos de guarda-costeiras e tropas do interior com cerca de 100 mil homens. Possuindo considerável superioridade de forças, que em muitas direções era de 3 a 4 vezes, e favorecidas pelo fator surpresa da agressão, as hordas germano-fascistas conseguiram nas primeiras horas de guerra, assestar golpes demolidores sobre as regiões militares fronteiriças.


Conforme o determinado pelo plano “Barbarossa” as gigantescas concentrações das Forças Armadas alemãs foram espalhadas ao longo da fronteira oeste da União Soviética para empreender uma ofensiva, em três direções estratégicas: a de Leningrado (o Grupo de Exércitos “Norte”), a de Moscou ou principal (o Grupo de Exércitos “Centro”) e a de Kiev (o Grupo de Exércitos “Sul”). Os hitleristas iniciaram a guerra subitamente, atacando covardemente a União Soviética. Durante os combates travados nas zonas de fronteira, os alemães fascistas pretendiam cercar e aniquilar as principais forças do Exército soviético, para apoderar-se rapidamente dos importantes centros da URSS e acabar vitoriosamente a guerra antes da chegada do inverno. Em 22 de junho de 1941, a guerra, como uma enorme catástrofe nacional, caiu sobre o pacífico povo da URSS. Este dia, ao amanhecer, as tropas nazifascistas irromperam de surpresa no território da nossa Pátria. Conjuntamente com a Alemanha entraram na guerra os exércitos da Hungria, Finlândia, Romênia e, posteriormente, Itália.


Seguindo o chamamento do Partido Comunista, ao uníssono do seu coração, todo o povo soviético se alçou na sagrada e decidida luta contra o feroz e desleal inimigo. O Comitê Estatal de Defesa (CEO), órgão extraordinário que se formou nos primeiros dias da guerra sob a presidência do Secretário Geral do Comitê Central do PC(b) da URSS, J. V. Stalin, exercia a direção do partido e estatal do país, concentrando em suas mãos toda a plenitude do poder e encaminhando os esforços da frente e da retaguarda a um objetivo comum: a derrota do inimigo. O Partido e o Komsomol enviaram seus melhores filhos à frente, quadros experimentados e dirigentes das organizações partidárias, sindicais, dos Sovietes e da juventude. No total, no primeiro meio ano de guerra, se incorporaram às Forças Armadas 1,1 milhão de comunistas e 2 milhões oriundos do Komsomol. Esta medida desempenhou importante papel na elevação do espírito combativo e moral entre a tropa, no fortalecimento da disciplina e firmeza.


Nenhum outro país do mundo, à exceção da URSS, poderia ter suportado e rechaçado os ataques da gigantesca máquina militar fascista. O povo soviético entrou intrepidamente na luta mortal contra o odioso inimigo, não tremeu, não baixou sua cabeça. Os chamamentos do Partido converteram-se em seu lema de combate: “Morte aos invasores fascistas!” “Tudo para a frente, tudo para a vitória!”.



Disponibilizamos o PDF da primeira edição para leitura aqui.


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