top of page
textura-03.png
  • Foto do escritorNOVACULTURA.info

A Costa do Marfim e a ONU: Algumas reflexões quatro anos depois do golpe


Há quatro anos, a Costa do Marfim, país situado na região oeste da África, com uma população de 21,5 milhões de habitantes, economia agrária baseada principalmente na exportação de Cacau e ocupando o 149º lugar no ranking de IDH mundial, vivia uma guerra civil relâmpago e era bombardeado por “forças de paz” da ONU. Esse texto pretende rememorar esses acontecimentos e propor sobre eles certas reflexões necessárias, partindo do ponto de vista do marxismo-leninismo. Colônia francesa desde o fim do século XIX, a Costa do Marfim tornou-se independente em 1960, sendo governada desde então pelo ditador pró-ocidental, Félix Houphouet-Boigny, até sua morte em 1993. Libertando-se dos entraves do colonialismo, o país experimentou então um período de ápice de crescimento econômico nos anos 1970 e 1980, com crescimento anual médio de 8%, porém aumentou ao mesmo tempo sua dependência ao modelo agroexportador e o endividamento externo que, em 2011, já alcançava a cifra de mais de 8.500 milhões de dólares. Henri Konan Bédié, sucessor de Boigny, imprimiu um caráter étnico-nacionalista ao regime, instituindo a política de “Ivoirité” (Marfinidade). Deposto pelos militares, em 1999, seu sucessor, Laurent Gbagbo, não eliminou a política de Ivoirité. As rivalidades da política do país, caracterizada pela exclusão das populações do norte, oeste e centro do país, consideradas não-marfinenses, levou a guerra civil de 2002 a 2007, em meio a qual, as forças da ONU, os capacetes azui