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Greve dos petroleiros segue e Petrobras é obrigada a negociar

Foto do escritor: NOVACULTURA.infoNOVACULTURA.info

Após uma reunião de negociação sem avanços na segunda-feira, a Petrobras cancelou a continuidade do dialogo com a FUP (Federação Única dos Petroleiros) agendado para terça (10). Apesar de nova reunião ter sido marcada para hoje (11), a FUP e FNP (Federação Nacional dos Petroleiros) denunciaram diversas atitudes unilaterais e irresponsáveis cometidas pela empresa desde o início das negociações.


Diante da intransigência da empresa, a greve nacional dos petroleiros chega ao seu décimo primeiro dia com os sindicatos chamando os trabalhadores a fortalecer a greve em todos os Estados.


No Campo Petrolífero de Canto do Amaro (RN), um dos maiores do país, os trabalhadores terceirizados realizaram no dia de ontem assembléia conjunta com trabalhadores da Petrobras e registraram-se novas adesões à greve. Na Bacia de Campos (RJ), com a recente adesão da P-15, já são 50 plataformas cujos trabalhadores cruzam os braços. Destas, 26 estão completamente paradas. Na Bahia, onde os sindicatos já estimam que a greve comprometeu quase metade da produção de óleo, novas adesões foram registradas no Terminal de Regaseificação do Estado (TRBA). Também na Fabrica de Fertilizantes (Fafen-BA) os trabalhadores realizaram hoje um piquete, buscando atrair mais companheiros ao movimento grevista.


Esta já é a maior greve da categoria desde a lendária greve de 95, e segue com crescente adesão e impactos cada vez mais significativos na produção (e também, por consequência, nas finanças) da empresa. Mesmo assim, a diretoria se mostra completamente inflexível, recorrendo a arbitrariedades (multas aos sindicatos, prisões de dirigentes, assédios de diversos tipos, etc.) para lidar com o movimento dos trabalhadores. Estes, através principalmente de seus sindicatos, vêm denunciando as praticas anti-sindicais e criminosas da empresa ao mesmo tempo que prometem responder com o fortalecimento da greve.

por Guilherme Nogueira

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